pessoas sob estrada indo a caminhos contrários

Quem são os finfluencers, influenciadores de finanças que alcançam milhões de brasileiros

Celebridades das finanças em redes sociais somam mais de 200 milhões de seguidores em busca de dicas sobre ações, criptomoedas, CDBs e fundos

Publicado por: Broadcast Exclusivo

conteúdo de tipo Leitura3 minutos

Atualizado em

15/10/2024 às 17:22

Sumário do conteúdo a seguir:

Por Gustavo Boldrini e Luana Pavani, do Broadcast

Os influenciadores digitais estão por toda a parte, e no mundo das finanças não é diferente. Nos últimos anos, os chamados "finfluencers", influenciadores que se dedicam a produzir conteúdos sobre finanças, têm crescido em número e alcance, o que motivou até uma regulação da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) sobre o tema. Afinal, de quem é a responsabilidade sobre uma recomendação de investimentos feita por uma celebridade das redes sociais?

No final de 2023, a Anbima lançou regras sobre a contratação de influenciadores de finanças por parte de instituições financeiras para fins de publicidade e marketing. O objetivo foi trazer mais transparência e garantir que a instituição se responsabilize pelo conteúdo publicitário ou de marketing veiculado pelos seus finfluencers contratados.

Segundo uma pesquisa recente da Anbima sobre o setor, referente ao segundo semestre de 2023, foram mapeados 534 finfluencers no Brasil, 3,7% a mais do que no primeiro semestre. Mas o que impressiona é o número de seguidores dos finfluencers: passou de 176,3 milhões de pessoas seguindo esses perfis em redes sociais para 208 milhões, alta de 18% em seis meses.

  • É muita gente, e esse povo todo está atrás de dicas de como aplicar bem o dinheiro e entender mais sobre finanças de um jeito mais descontraído e amigável.

Quem são os finfluencers?

A Anbima considera um finfluencer aquele influenciador digital que dedica seus conteúdos ao mundo das finanças. Na contagem da entidade, são considerados influenciadores que respondem a quatro aspectos principais: performance das postagens, aderência temática às finanças, constância de publicações e autoria dos conteúdos.

Segundo a Anbima, os finfluencers têm hoje um papel de destaque na educação financeira dos brasileiros. Eles conquistaram essa posição em uma trajetória consistente, transformando-se em uma relevante fonte de informação para o público e ponte entre as instituições financeiras e o investidor.

As redes sociais mais usadas são X, Instagram, Facebook e YouTube, nesta ordem de distribuição de posts por mídia, e os produtos mais citados são mercado de ações, ações brasileiras e criptomoedas. Os produtos citados pelos finfluencers com mais engajamento junto ao público são fundos, CDBs e fundos imobiliários, conforme a sexta edição da pesquisa "FInfluence - quem fala de investimentos nas redes sociais".

  • No atual ranking de finfluencers, os perfis de maior relevância nas redes são, em ordem: Bruno Perini/Você mais Rico; Economista sincero; O Primo Rico; Investidor Sardinha; Flávio Augusto; Riqueza em Dias; Nathalia Arcuri; Pablo Spyer; Primo Pobre; e Berman Trader.

Mas é preciso cuidado ao lidar com influenciadores de finanças, por isso, a Anbima recomenda que o investidor preste atenção à credibilidade de quem está produzindo o conteúdo. Uma das formas de se verificar isso é saber se a pessoa que está sugerindo investimentos possui alguma certificação de especialista e/ou gestor de investimento (como CPA-10, CPA-20, CEA, CGF, CGE e CGA) ou a CFP, certificação internacional de planejadores financeiros.

Leia também: Além de conversar com seu assessor de investimentos, que tal aprender o que ele faz?

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