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Além de conversar com seu assessor de investimentos, que tal aprender o que ele faz?

Assessor de investimentos tem o papel de fazer uma orientação especializada ao investidor de acordo com seus objetivos

Publicado por: Broadcast Exclusivo

conteúdo de tipo Leitura6 minutos

Atualizado em

27/06/2024 às 11:00

Por Gustavo Boldrini, do Broadcast

O mundo dos investimentos apresenta muitas oportunidades, mas também muitos riscos para quem decide entrar nele por conta própria. Nesse sentido, a ajuda profissional é importante não só para quem está começando, mas também para quem já tem certa experiência no mundo dos investimentos para atingir seus objetivos.

Segundo a 7ª edição da pesquisa Raio-X do Investidor Brasileiro, publicada em abril pela Anbima, a maior parte da população investidora tem o gerente ou assessor de investimentos como fonte mais buscada para tomar decisões de investimento, seja presencialmente ou de forma online.

Como um assessor de investimentos pode te ajudar?

O assessor de investimentos, que também pode ser chamado de especialista ou gerente de investimentos, é um profissional que atua na orientação personalizada a clientes sobre como e onde investir o seu dinheiro.

Geralmente ele está associado a um banco ou corretora, e tem como objetivo ajudar o investidor a traçar seu perfil de risco e definir as estratégias para atingir suas metas financeiras por meio dos investimentos.

Para o cliente, a vantagem de ter um assessor de investimentos ao seu lado é a possibilidade de personalizar sua estratégia. Para isso, é preciso que o profissional e o investidor estejam na mesma página, conversando com frequência, numa relação de confiança. Assim, o assessor pode conhecer a situação financeira e os objetivos do seu cliente e traçar a estratégia mais adequada.

O assessor de investimentos também tem a missão de acompanhar a rentabilidade da carteira dos seus clientes, podendo sugerir eventuais ajustes ao longo do tempo, conforme as projeções de mercado.

"Como assessora de investimentos, minha rotina envolve analisar mercados, personalizar estratégias de investimento e manter comunicação frequente com os clientes para ajustar suas carteiras", conta Lívia Paula, assessora de investimentos do BB.

A função de assessoria de investimentos é regulada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e o marco regulatório dessa profissão foi editado pela autarquia em fevereiro de 2023, nas Resoluções CVM 178 e 179.

Como se tornar um assessor de investimentos?

O profissional pode ser funcionário de uma corretora ou banco, mas também pode atuar de forma autônoma, associado a um ou mais escritórios de agentes autônomos de investimentos (AAIs). A Associação Brasileira dos Assessores de Investimento - ABAI indica alguns cursos em finanças, com descontos para associados.

Já a Ancord - Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias mantém parcerias educacionais para emissão de certificados e também cursos livres e gratuitos.

É o caso do PEAB, em conjunto com a gestora de investimentos BlackRock, uma plataforma que oferece cursos e conteúdos exclusivos e gratuitos, que contam pontos para o Programa de Educação Continuada, da Ancord. O PEC dos AIs, por sua vez, em parceria com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), exige uma pontuação mínima obrigatória para que os assessores possam manter seu credenciamento, sem necessidade de novo exame de certificação.

Isto posto, para atuar na área, o assessor de investimentos precisa obter certificados, que no Brasil são emitidos pela Anbima e pela Ancord.

Já a associação AIs Livres oferece aos inscritos um curso gratuito para o PEC da Ancord, que conta pontos para a renovação da certificação, em parceria com a T2 Educação. Lá nessa plataforma há outros preparatórios para diversas certificações e também cursos livres, como matemática financeira com a calculadora HP-12C, entre outros.

Quem pode se tornar assessor de investimentos?

O assessor de investimentos não precisa necessariamente de uma formação acadêmica na área de economia e finanças para atuar na área, mas deve ter amplo conhecimento sobre o funcionamento do mercado financeiro e os diversos produtos disponíveis.

As principais certificações que um profissional precisa para atuar como assessor de investimentos são o CPA e o CEA da Anbima e o Certificado de Assessor de Investimentos, emitido pela Ancord em parceria com a FGV.

Leia também: Entenda quais são as principais certificações do mercado financeiro

A certificação CFP também é desejável, embora esteja mais diretamente relacionada à profissão de planejador financeiro. "Ter CFP garante conhecimento aprofundado e altos padrões éticos, proporcionando confiança e acesso a um serviço financeiro abrangente, além de oferecer para o investidor maior vantagem na gestão do seu portfólio", diz Lívia Paula, do BB.

O CPA (Certificado Profissional Anbima) costuma ser a porta de entrada das certificações do mercado financeiro e é obrigatório para gerentes e profissionais de instituições financeiras que atuam na venda ou oferta de produtos de investimento. A primeira etapa é o CPA-10, que dá a possibilidade de atuar junto ao cliente pessoa física, e depois vem o CPA-20, que permite a atuação junto aos segmentos de alta renda, private, corporativo e investidores qualificados.

Caso queira, o profissional já pode buscar direto a certificação CPA-20, que inclui o currículo exigido também no CPA-10. Dados da Anbima mostram que, em junho de 2024, existem 268.690 certificados CPA-10 e 192.061 certificados CPA-20 válidos no País.

Há também o CEA (Certificado de Especialista em Investimento Anbima), para quem quer trabalhar com a indicação de produtos financeiros aos clientes, além de exercer as atividades de CPA-10 e CPA-20. O diferencial do CEA para as duas primeiras certificações é a exigência do conhecimento de cálculos e conceitos básicos de estatística.

A partir de 2026, os nomes das certificações da Anbima serão modificados. O passo a passo da transição entre o atual modelo e o novo processo de certificações de distribuição de produtos de investimento será divulgado no segundo semestre de 2024 pela entidade. Não será preciso pagar um novo exame ou fazer uma nova prova. Em janeiro de 2026, CPA-10, CPA-20 e CEA deixarão de existir, e serão oferecidas três certificações: CPA, C-Pro I (Certificado Profissional Anbima de Investimento) ou C-Pro R (Certificado Profissional Anbima de Relacionamento).

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