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Onde investir em setembro

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Leitura6 minutos

Atualizado em

05/09/2024 às 08:16


O que rende mais? Renda Fixa ou Renda Variável? Dá pra saber qual será o melhor investimento nos próximos meses?

Já adianto que essa não é uma pergunta fácil de responder. Mas se a gente olhar pra trás essa resposta não só é possível como também é muito fácil de ser dada.

Olhando para agosto, por exemplo, a renda variável teve uma das melhores performances. O Ibovespa, o principal índice da bolsa de valores brasileira rendeu mais de 6%.

E o CDI, principal referência para a renda fixa, teve ganho de menos de 1% no mesmo período.

Olhando pra trás, a gente consegue ver também que as famosas criptomoedas não foram muito bem no mês: o Bitcoin caiu mais de 8% e o Ethereum despencou mais de 20%

Mas e daqui pra frente? É possível saber qual será o melhor investimento nos próximos 30 dias?

Pode não ser possível cravar com certeza, mas é possível analisar os eventos passados e as expectativas futuras pra combinar um pouco de cada tipo de investimento e montar uma carteira diversificada para o seu perfil de investidor.

Vamos pensar sobre o mês de agosto. O que fez a renda variável ir tão bem por aqui? Tem muita coisa envolvida, mas uma das principais causas foi o fluxo positivo de capital estrangeiro que nossa bolsa recebeu pelo segundo mês consecutivo.

E aqui vale a máxima: quanto mais gente comprando ações, mais o preço tende a subir.

Não foi só isso, claro. Tivemos uma melhora do apetite global a riscos, com o iminente início do ciclo de cortes de juros do FED, seguindo um movimento já iniciado pelo Banco Central Europeu.

Mas não é todo mês que a renda variável vai bem assim. Em alguns meses essa classe perde pra renda fixa em termos de rentabilidade e inclusive fica no campo negativo. Esse sobe e desce a gente chama de volatilidade.

E por conta do nível dessas oscilações é que não recomendamos essa classe de ativos para o perfil de investidor conservador atualmente.

Para setembro, recomendamos uma distribuição equilibrada entre ativos de renda fixa e fundos multimercado, pois entendemos que essa combinação encontra uma boa relação de risco e retorno para este perfil.

Olhando mais para a renda fixa, é bom ficarmos de olho nas próximas decisões do Copom sobre a taxa Selic. A última reunião do Comitê manteve a nossa taxa básica de juros em 10,50% ao ano.

Mas tudo indica que um novo ciclo de alta dessa taxa pode ser iniciado a partir do dia 18 de setembro.

Se a taxa de fato subir, o CDI passará a entregar rendimentos mais altos, mas não é só isso.

Acreditamos que se o Copom optar por uma política monetária mais rígida no curto prazo, a classe de ativos indexados à inflação poderá capturar maiores ganhos nos vencimentos mais longos.

Para o perfil de investidor moderado, sugerimos 8% dessa classe, além, claro, de outros investimentos de renda fixa.

E a partir desse perfil, já sugerimos participação em renda variável, tanto no Brasil quanto no exterior, pois esse tipo de investidor já tolera um pouco mais de risco, em busca de melhores retornos.

E por falar em exterior, as bolsas lá fora também tiveram retornos positivos. Não tão expressivos quanto a bolsa brasileira, mas ainda acima de boa parte dos índices de renda fixa.

O S&P 500, principal índice da bolsa de Nova York, fechou com alta de 2,28%, enquanto o Nasdaq, maior referência para as ações das empresas de tecnologia, encerrou o mês com alta de 1,10%.

Nos Estados Unidos mantemos a atenção na corrida presidencial e nas futuras decisões sobre os juros por lá. Essas variáveis podem impactar as bolsas e refletir nos investimentos que sugerimos por aqui.

Para o perfil arrojado, a classe de investimentos no exterior tem mais peso recomendado do que nas primeiras carteiras apresentadas. Atualmente recomendamos 8% de participação nesses ativos.

E por último, pensando num investidor que tem ainda mais tolerância a risco, a carteira Agressiva sugere uma concentração ainda maior em ativos mais voláteis, tanto no Brasil quanto no exterior.

Claro que esses ativos estão recomendados em conjunto com investimentos mais estáveis como ativos pós fixados. Mas pensando numa estratégia que busca maior retorno, apesar do maior risco, acreditamos que esses percentuais estão bem equilibrados.

Todas essas sugestões levam em consideração o que passou e as projeções que nós e o mercado de forma geral esperamos dos indicadores econômicos.

Mas mesmo reunindo essas projeções, e olhando para tudo que aconteceu no mercado até aqui, não é possível dizer com certeza qual será o melhor investimento nos próximos meses. Isso porque os cenários mudam e com ele a gente sempre ajusta nossas estimativas.

E é justamente por conta desse risco de mudança que a diversificação é essencial. Todas as nossas sugestões estão detalhadas no relatório completo.

Nele, você consegue encontrar ainda outras sugestões de investimentos como ações e fundos imobiliários.

  • Um abraço e até a próxima!

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