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Fechamento | Ibovespa e dólar fecham em baixa, repercutindo alta da Selic e baixa dos Fed Funds

Publicado por: Broadcast Exclusivo

conteúdo de tipo Leitura4 minutos

Atualizado em

19/09/2024 às 17:39

Por Gustavo Boldrini e Luana Reis, do Broadcast

São Paulo, 19/09/2024 - A Bolsa e o dólar caíram nesta quinta-feira, com investidores repercutindo as decisões de juros da véspera no Brasil e nos EUA. Por aqui, a taxa Selic subiu 25 pontos-base, para 10,75% ao ano, o que gerou um sentimento de aversão a risco, elevou os rendimentos dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) e levou o Ibovespa a recuar 0,47%, aos 133.122 pontos.

Já no mercado de câmbio, o corte de 50 pontos-base na taxa de juros dos Estados Unidos (Fed Funds) pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) enfraqueceu o dólar e favoreceu o real, que ganha em momentos de aumento do diferencial de juros entre Brasil e EUA. Assim, a moeda americana fechou o dia em baixa de 0,69% no mercado à vista, a R$ 5,4242, menor valor desde agosto.

Na Bolsa, entre os papéis mais líquidos, os bancos tiveram destaque negativo, em dia de baixo apetite no mercado acionário. No fechamento, Bradesco (BBDC4) recuou 1,38%, Banco do Brasil (BBAS3) teve baixa de 1,20% e Santander (SANB11) cedeu 0,72%.

A maior baixa do dia ficou por conta da petroleira Brava Energia (BRAV3), que derreteu 9,40% após informar que a paralisação da produção do campo Papa Terra deve permanecer ao menos até dezembro.

A alta de 1,67% do petróleo Brent também não foi suficiente para animar Petrobras, cujos papéis tiveram movimento divergente: o ordinário (PETR3) em baixa de 0,30%, e o preferencial (PETR4) em alta de 0,33%.

O destaque positivo do dia entre as ações mais relevantes do Ibovespa foi Vale (VALE3), que ajudou a evitar perdas maiores da Bolsa ao subir 1,20%, refletindo ganhos do minério de ferro na Ásia.

Veja também: Petróleo e minério de ferro costumam mexer com o Ibovespa: entenda por quê

As maiores altas do dia no índice vieram da Marfrig (MRFG3, +4,32%) e BRF (BRFS3, +4,20%). Sem notícias do setor no radar do mercado, Rafael Passos, sócio e analista da Ajax Asset, destaca que ontem as ações encerraram o pregão em forte queda e se recuperam, com o forte fluxo na Bolsa.

Corte de juros pelo Fed favorece NY

O corte de juros contundente pelo Fed, acompanhado de um discurso do presidente do BC americano, Jerome Powell, com pouca preocupação em torno de um risco de recessão, fez com que investidores corressem para ativos de risco, beneficiando as bolsas ao longo do dia.

O índice Nasdaq fechou em forte alta de 2,51%, enquanto o S&P 500 subiu 1,70% e o Dow Jones avançou 1,26%. A ação da Tesla saltou 6,99% e foi um dos destaques do dia, após a empresa sinalizar que caminha para seu melhor trimestre de entregas na China, o maior mercado de veículos elétricos.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que a decisão do Fed foi "um sinal importante à nação, indicando que a inflação caiu e os juros serão reduzidos para que a economia continue crescendo".

O mercado cripto também reagiu positivamente à queda dos juros americanos, em meio à busca do investidor por mais tomada de risco em ativos voláteis. Além disso, um relatório da BlackRock com visão positiva para o bitcoin também favorece o clima.

O bitcoin avançava 5,18% nas últimas 24 horas até 16h20, a US$ 63.310,65, segundo a Binance. Na máxima em 24 horas, a criptomoeda tocou US$ 63.850,00. O ethereum, por sua vez, tinha ganhos de 6,30%, a US$ 2.464,00 no mesmo intervalo.

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