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Hypera confirma proposta de combinação de negócios com EMS, que envolve OPA

Publicado por: Broadcast Exclusivo

conteúdo de tipo Leitura3 minutos

Atualizado em

21/10/2024 às 15:49

Por Beatriz Capirazi e Cristiane Barbieri, do Broadcast

São Paulo, 21/10/2024 - A Hypera confirmou há pouco que recebeu hoje uma oferta pública de aquisição de ações (OPA) e de combinação de negócios da EMS, conforme antecipado pelo Broadcast .

Por meio de fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia informou que o Conselho de Administração tomará providências para avaliação diligente da proposta, incluindo a contratação de assessores externos.

Mais cedo, o Broadcast antecipou que a EMS (NC Farma Participações) apresentou uma proposta de combinação de negócios com a Hypera, que poderá criar a maior empresa do setor farmacêutico da América Latina, segundo fontes.

Caso o negócio seja aprovado, a nova companhia nascerá com receita líquida anual de quase R$ 16 bilhões e Ebtida de quase R$ 5 bilhões. A oferta precisa ser aprovada pelo conselho de administração da Hypera, bem como pelas autoridades reguladoras.

A nova empresa criaria uma líder em todas as áreas da indústria: medicamentos de prescrição, genéricos, vendidos fora do balcão e hospitalares. A EMS é a maior fabricante de genéricos do País e a Hypera tem marcas líderes de categoria como Doril, Buscopan, Benegrip, Merthiolate, Engov, entre outros. A participação de mercado da nova empresa no Brasil vai ser de 17%.

De acordo com fontes, pela proposta, a EMS fará uma oferta pública de aquisição (OPA) de até 20% do capital da Hypera. O preço oferecido será de R$ 30 por ação, valor 17% superior ao do fechamento de sexta-feira. A adesão não é obrigatória aos acionistas. Caso a oferta seja aceita na totalidade, a EMS desembolsará R$ 3,8 bilhões e os recursos virão da própria empresa.

Apesar de ambas companhias terem faturamento semelhante, Carlos Sanchez, da EMS, deve passar a ser o maior acionista da empresa combinada, com cerca de 60% do capital. Isso porque a EMS tem caixa líquido, em torno de R$ 500 milhões, enquanto a Hypera tem dívidas que somam R$ 8,2 bilhões e alavancagem (dívida líquida sobre Ebitda) de 3,5 vezes. Caso o negócio seja concretizado, essa relação cai para 1,54 vez na companhia combinada.

  • As negociações para a concretização do negócio começaram há tempos, entre Sanchez e João Alves de Queiroz Filho, o Junior, da Hypera. Segundo fontes, ambos veem grandes ganhos de sinergia no negócio. Essa otimização aconteceria com a concentração de produção em fábricas, negociação com fornecedores de insumos médicos e de embalagens, logística, bem como na distribuição.

O efeito também poderia ser visto em pesquisa e desenvolvimento já que, nos últimos anos, as duas tem avançado nessa área. As sinergias viriam ainda da força de vendas. Hoje, as duas têm grandes equipes de propagandistas para visitar consultórios médicos e farmácias para emplacar seus produtos e poderiam também otimizar suas promoções.

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