ícone de digital humana iluminado sob superfície escura

Real digital é batizado de Drex e deve viabilizar 'smart contracts'

Publicado por: Broadcast Exclusivo

conteúdo de tipo Leitura3 minutos

Publicado em

08/08/2023 às 20:56

Atualizado em

30/09/2024 às 17:16

Sumário do conteúdo a seguir:

Por Gustavo Boldrini e Thaís Barcellos, do Broadcast

São Paulo, 08/08/2023 - O Banco Central anunciou que a iniciativa do real digital será chamada de Drex. A expectativa é de que os testes com os consumidores finais comecem entre o fim de 2024 e o início de 2025. Atualmente, o Drex está em fase de piloto.

Em Live semanal do BC, o coordenador da iniciativa na autarquia, Fabio Araujo, afirmou na segunda-feira que o Drex fará parte da "família" do Pix. "Estamos dando um passo a mais nessa família do Pix que a gente criou, e fez tanto sucesso", disse.

O real digital, ou Drex, é um criptoativo do tipo CBDC, que significa "moeda digital de banco central", na sigla em inglês. Trata-se de uma versão digitalizada da moeda soberana de um país, que terá o mesmo valor que a moeda física, mas existirá apenas em formato digital. Com isso, a CBDC só pode ser emitida por autoridades monetárias, os bancos centrais. No caso do Drex, a moeda será produzida e regulada pelo BC seguindo as regras do Sistema Financeiro Nacional.

Drex deve facilitar smart contracts

Uma das principais facilidades que o Drex deve trazer para o dia a dia da economia é a redução de algumas burocracias em processos como a venda de imóveis, de veículos ou até mesmo de serviços. Essa tecnologia é conhecida como smart contract , numa tradução livre, "contrato inteligente".

A ideia de smart contract é a execução automática de um contrato entre duas partes por meio da tecnologia blockchain , que é a base de moedas digitais como o Bitcoin e o Ethereum, e também será a do Drex. Segundo Fabio Araujo, isso reduzirá os custos dos processos. "Hoje, toda vez que eu contrato um advogado, tenho um custo. A partir da construção de um smart contract, ainda terá um custo, mas parece que será mais barato do que o que temos hoje. Estamos trabalhando para construir essa tecnologia para que seja muito mais barata", afirmou.

CBDCs pelo mundo

O Brasil faz parte de um grupo de 71 países do mundo que estão estudando uma moeda digital no formato de CBDC. Alguns deles, como a Suécia, a China e a Coreia do Sul, estão em fase de execução dos projetos-piloto. Cerca de nove países já lançaram as suas CBDC.

A ideia é de que a CBDC brasileira seja uma alternativa ao uso de cédulas físicas. A princípio, o real digital poderá ser convertido para qualquer outra forma de pagamento hoje disponível, como o depósito bancário convencional ou real físico.

BB se conecta à rede do real digital

O Banco do Brasil que finalizou o processo de desenvolvimento interno e se conectou à rede blockchain criada pelo Banco Central para o piloto do Drex, iniciando sua participação nos testes da CBDC brasileira.

A expectativa do BC é de que todos os participantes do piloto do real digital estejam conectados ao sistema, os chamados "nós validadores", até meados de agosto, para que os testes em si sejam iniciados em setembro.

Veja também: Quatro perguntas e respostas para entender sobre o Real Digital

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