MME/Silveira: leilão é mais um passo para viabilizar todo nosso potencial de energia renovável
Publicado por: Broadcast Exclusivo
6 minutos
Publicado em
18/12/2023 às 10:31
Atualizado em
18/12/2023 às 10:31
Por Ludmylla Rocha, Wilian Miron e Luciana Collet
São Paulo, 15/12/2023 - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, classificou o leilão de empreendimentos de transmissão de energia elétrica realizado na manhã de hoje na B3, em São Paulo, como um sucesso, tendo em vista que foram viabilizados projetos que permitirão novos investimentos em geração de energia renovável, a partir da ampliação da capacidade de escoamento de energia gerada no Nordeste até o principal centro de carga, no Sudeste.
"Cumprimos com o propósito de contratar linhas de transmissão para reforçar os investimentos em energias limpas e renováveis - eólica, biomassa e solar - fazendo com que o Brasil se consolide ainda mais como grande protagonista da transição energética no mundo", disse o ministro, após o leilão, afirmando ter sentimento de "dever cumprido".
Segundo ele, a expectativa é que diante do reforço no escoamento a partir da construção de novas linhas contratadas em leilões haja a atração de mais de R$ 200 bilhões em investimentos eólico, solar, biomassa e hidrogênio verde no Nordeste.
"O Brasil quer usar essa energia para reindustrializar o País, combatendo desigualdades ainda muito latentes na sociedade, através da geração de emprego e renda", disse.
Silveira destacou que, somado ao certame realizado em junho, foram mobilizados neste ano R$ 40 bilhões em linhas de transmissão.
"Esses leilões, na verdade, estão atrasados, deveriam ter sido feitos há quatro ou cinco anos, mas enfim, são um passo fundamental para que a gente possa fazer do Brasil o grande protagonista da transição energética do mundo."
O leilão ofertou três lotes, que envolvem a construção de empreendimentos em cinco estados - Goiás, Maranhão, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins, somando 4.471 km em linhas de transmissão e 9.840 megawatts (MW) em capacidade de conversão nas subestações. Silveira destacou que, embora os empreendimentos impactem diretamente cinco Estados, terão reflexos positivos nos demais.
O ministro destacou a estratégia traçada em conjunto com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de atrair competição para o certame, especialmente para o lote 1, correspondente a uma grande linha de transmissão em corrente contínua, tecnologia dominada por poucos players no mundo.
Os chineses da State Grid levaram o projeto ao ofertar um deságio de 39,9% em relação a receita anual permitida (RAP) máxima definida pelo edital. O projeto deve consumir mais de R$ 18 bilhões em investimentos, segundo estimativas da Aneel. O lote recebeu propostas também da Cymi, Construções e Participações e Consórcio Olympus, formado por Alupar e Mercury Investments.
Considerando também os outros dois lotes ofertados, arrematados pelo Consórcio Olympus e pela Celeo Redes, o deságio médio foi de 40,85%. "Ou seja, é mais de R$ 1,5 bilhão por ano de economia para o consumidor de energia o Brasil", disse.
Contato: ludmylla.rocha@estadao.com; wilian.miron@estadao.com; luciana.collet@estadao.com
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