Onde investir em outubro

Publicado por: Análise BB

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Atualizado em

08/10/2024 às 11:43


Você provavelmente já ouvir falar das famosas Bets, certo? Essas plataformas de apostas esportivas, que se multiplicaram no Brasil, e agora entraram no radar do Governo para terem uma maior regulamentação.

Segundo o Ministério da Fazenda, mais de 500 sites dessas empresas poderão ser retirados do ar nas próximas semanas. Mas o que isso tem a ver com investimentos? Nada. Aposta sempre foi aposta.

Aposta nunca foi investimento, e é importante entender a diferença para tomar melhores decisões financeiras. Enquanto as apostas dependem do acaso, investimentos podem ser planejados e têm fundamentos econômicos por trás deles.

Bom... e aí? Como performaram os mercados em setembro?

O Ibovespa teve uma queda significativa, mais de 3%, devolvendo boa parte do expressivo ganho de agosto. Apesar do tão aguardado início do ciclo de cortes de juros dos Estados Unidos ter finalmente começado, isso não se traduziu diretamente em oportunidades para a nossa bolsa nacional – pelo menos por enquanto.

No mesmo dia da decisão do FED, o COPOM reiniciou um ciclo de apertos monetários por aqui, buscando reancorar as expectativas de inflação. E esse aumento das taxas de juros trouxe novos desafios e oportunidades. O CDI teve um ganho de cerca de 0,83% em setembro, e foi o destaque da renda fixa.

Os ativos prefixados ficaram aquém, com o IRF-M fechando em 0,34%, e os indexados à inflação sentiram bastante as mudanças de cenário, e encerram o mês no negativo.

A decisão do Banco Central de reiniciar o ciclo de apertos monetários, levando a Selic a 10,75% ao ano, é significativa, mas mais importante ainda é ficar de olho nas expectativas para as próximas decisões.

Neste contexto, vale ressaltar que estamos vivenciando um momento uma crise hídrica no país, afetada diretamente pela longa estiagem em diversas regiões , afetando a produção agrícola e culminando na elevação do preço da energia elétrica.

Esses dois fatores elevam a inflação projetada de curto prazo, reforçando a necessidade de atuação contracionista do Banco Central.

Olhando um pouco para fora, nos Estados Unidos, como já vimos, o Federal Reserve reduziu os juros em 50 pontos-base. Movimento que animou os mercados globais. Por lá as bolsas fecharam no positivo, com o S&P 500 valorizando 2,02%, e o Nasdaq 2,48%.

Na China um grande pacote de incentivos econômicos foi anunciado para tentar reaquecer a economia. O minério de ferro disparou no final de setembro, o que contribuiu para alta expressiva das ações de companhias mineradores como a Vale, cujas ações ordinárias subiram mais de 6%.

Já as criptomoedas, como Bitcoin e Ethereum, apresentaram altas ainda maiores, impactadas principalmente por essa queda de juros.

E o que esperar para outubro?

Mantivemos nossa alocação inalterada para o mês de outubro quando comparado ao mês de setembro, o que chamamos de posicionamento neutro, mas como o conceito de diversificação nos ensina, mantendo uma parte alocada em cada classe de ativo.

E é claro que nosso time combinou investimentos adequados para cada perfil de investidor, calibrando a relação risco x retorno.

Para o perfil conservador, seguimos recomendando uma distribuição equilibrada entre ativos de renda fixa e fundos multimercado. Com a alta da Selic, ativos pós-fixados estão entregando bons rendimentos, mantendo uma relação interessante de risco e retorno.

Já para o perfil moderado, sugerimos dentre outros, um pouco mais de exposição a ativos indexados à inflação, que tendem a se beneficiar em um cenário de alta de juros. Além disso, há participação em renda variável, tanto no Brasil quanto no exterior.

Falando sobre o perfil arrojado, os investimentos no exterior têm uma participação maior na carteira recomendada, reforçado pela diminuição do fed funds, que tende a levar os investidores a assumirem maior risco. Recomendamos 8% de participação nesses ativos.

Para o perfil agressivo, mantemos a exposição em todas as classes de ativos, mas reforçamos a exposição a ativos de maior risco. Quando combinados, ativos de renda variável no brasil e no Exterior assumem parcela significativa da alocação, em torno de 40%.

Ah, além dos fundos de investimentos sugeridos em nossas carteiras, para a classe de ações, temos carteiras específicas, como 5+, fundamentalista e ASG para clientes que preferem investir diretamente no mercado acionário.

Todas essas sugestões são baseadas em projeções e no que já aconteceu até aqui, mas o cenário econômico pode mudar, e com ele, nossas recomendações. E lembre-se, investir não é apostar, por isso saber seu perfil de investidor e diversificar seus recursos é essencial.

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