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Onde investir em agosto?

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Leitura6 minutos

Atualizado em

27/08/2024 às 11:21

Todo mês, a partir dos acontecimentos na economia, o BB apresenta as carteiras sugeridas de investimentos para diferentes perfis de investidores. Elas combinam diferentes aplicações em proporções de risco e oportunidade adequadas para investidores que vão desde os mais conservadores até os mais arrojados.

A nossa Carteira de Alocação é estrategicamente pensada com base no seu perfil de investidor e, por meio de uma curadoria mensal realizada pelos nossos especialistas, te dá acesso a diferentes soluções de investimento.

O dólar segue entre os ativos com maior retorno em 2024. No ano, a moeda americana acumula valorização de 16,33% ante o Real.

Em parte, essa valorização é reflexo da busca do capital estrangeiro por investimentos mais seguros, resgatando valores de mercados emergentes e direcionando para o mercado americano: tanto na renda fixa, que se aproveita da manutenção da taxa de juros americana em nível elevado, como na renda variável, que vem surfando a onda da inteligência artificial.

E justamente esta é a outra classe de ativos que vem se destacando no ano. O S&P 500, com mais uma alta em julho chegou a um acumulado de 15,78% em 2024.

E o Nasdaq, índice de referência para ações de tecnologia, teve uma correção no mês passado, mas permanece também com retornos expressivos no ano.

Nas nossas carteiras sugeridas de investimentos, essa classe está recomendada para todos os perfis, exceto para o mais conservador, e o percentual vai de 3% a 13% do total aplicado, dependendo do nível de risco tolerado pelo investidor.

Apesar deste desempenho positivo, o mercado internacional segue de olho nas eleições nos Estados Unidos. O atentado recente ao candidato Donald Trump, a desistência de Biden, e o consequente lançamento da candidatura de Kamala Harris pelo partido Democrata, trouxeram maiores incertezas para o mercado que acabam por aumentar a volatilidade dos ativos.

Mesmo o Bitcoin, que por muito tempo seguiu como um ativo a margem do sistema financeiro tradicional, teve alta superior a 7% no último mês, muito impactada pelas falas pró cripto do candidato Donald Trump na Bitcoin Conference, no Tennessee.

Aqui no Brasil, o Copom manteve a taxa Selic em 10,50% ao ano, e o mercado segue acreditando que não teremos mais cortes nas próximas reuniões. Alguns gestores, inclusive, acreditam até que há a possibilidade de novas altas.

Acompanhando a Selic, o CDI, teve retorno de 0,91% em julho. Sem alterações na taxa básica de juros, essa segue sem grandes mudanças em relação aos últimos meses.

Para ativos pós fixados indexados ao CDI, as nossas carteiras indicam participação de 15% a 78%, dependendo do perfil.

No mês passado o IPCA-15 veio um pouco acima do esperado. E temos observado, por meio do boletim Focus, a desancoragem das expectativas de inflação tanto para 2024 como para 2025, e, também, o aumento da inflação implícita em diferentes vértices.

Esses números contribuem ainda mais para que o mercado acredite que pode levar ainda algum tempo para voltar a cair a Selic.

Para investimentos indexados à inflação, nossas carteiras sugerem de 5 a 18% do total investido, de acordo com cada um dos 4 perfis.

Com este cenário de estabilidade da taxa básica de juros, mantivemos os percentuais sugeridos para os ativos prefixados. Assim, seguimos com sugestões que vão de 6 a 8%.

Nosso principal índice para as ações, o Ibovespa, fechou julho com alta significativa de 3,02%. O fluxo positivo de capital estrangeiro na bolsa de valores brasileira, depois de meses de fluxos negativos, contribuiu para este resultado. O índice encerrou o mês aos 127 mil 651 pontos. O BB-BI segue com sua projeção para o Ibovespa, e estimam que o índice pode alcançar 138.000 pontos ao final de 2024.

Para o perfil conservador, não recomendamos a inclusão de renda variável, devido a sua volatilidade. Para as demais a recomendação vai de 9 até 26%.

E pra fechar todas as recomendações, mantemos os mesmos percentuais sugeridos para a classe de multimercados. Essa fatia da carteira é dedicada aos fundos que misturam diferentes classes de ativos a fim de equilibrar a relação de risco e retorno.

  • Os percentuais indicados vão de 9 a 22% do total investido, dependendo do perfil de investidor. Com isso, a gente fecha as sugestões para agosto.

Para os próximos meses, importante estar de olho em alguns eventos. No exterior: as eleições americanas, que estão bem acirradas, podem trazer bastante volatilidade aos mercados e o vencedor pode trazer novos direcionamentos para a economia.

E, no Brasil, estamos acompanhando a implementação do pacote de contingenciamento de 15 bilhões de reais anunciado pelo governo, para que a meta fiscal deste ano seja cumprida.

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