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Cteep (TRPL4) 2T24: maior RBSE compensa alta de custos; neutro
BB analisa resultados do 2o TRI 24
Publicado por: Análise BB
3 minutos
Atualizado em
01/08/2024 às 15:17
A Cteep divulgou ontem (31/07), após o fechamento do mercado, seu resultado referente ao 2T24, que segue beneficiado pela recomposição da indenização da RBSE, a partir de julho de 2023, e pelo crescimento com novos projetos e investimentos em reforços e melhorias entrando em operação, compensando o crescimento das principais linhas de custos em ritmo acima da inflação.
A receita líquida regulatória consolidada no 2T24 foi de R$ 1,1 bilhão, alta de 24,7% em comparação ao 2T23, e somou R$ 2,2 bilhões no 6M24 (+24,5% a/a), impulsionada pelo novo ciclo de RAP iniciado em julho, que trouxe a recomposição integral da receita de RBSE, o reajuste pelo IPCA acumulado em 12 meses (+3,9%) e pelo início operacional de novos ativos (Itaúnas e Triângulo Mineiro), bem como de 67 projetos de reforços concluídos nos últimos 12 meses. A receita líquida regulatória ex-RBSE foi de R$ 525,9 milhões no 2T24 (+2,7% a/a) e somou R$ 1.047 milhões no 6M24 (+2,3% a/a) com os novos projetos e reforços e o reajuste anual pelo IPCA compensando o aumento da parcela de ajuste no ciclo atual de RAP.
O total de custos e despesas operacionais ex-depreciação somou R$ 203,6 milhões no 2T24, alta de 14,6% na comparação anual, com a principal linha de custo, com pessoal em alta de 21% a/a incluindo-se os gastos com previdência ou 9% a/a sem este custo. A segunda maior linha de custo, de serviços de terceiros, mostrou dinâmica semelhante, com alta de 22,7% a/a. No 6M24 o total de custos e despesas ex-d&a somou R$ 393,5 milhões (+14,7% a/a), com pessoal crescendo 19,9% na comparação anual incluindo gastos previdenciários ou 9,3% sem estes gastos e serviços de terceiros em alta de 11,2% a/a. Os custos com pessoal tem sido majorados com aumento do quadro de colaboradores para fazer frente à expansão em andamento e os serviços de terceiros com a implementação da ISSO 45.001.
Assim, o EBITDA veio em R$ 908 milhões no 2T24, forte alta de 27,3% na comparação anual, e somou R$ 1,8 bilhão no 6M24 (+26,9% a/a), beneficiado principalmente pela recomposição da RBSE que mais que compensou o aumento dos custos. A margem EBITDA ficou em 81,7% no 2T24 e 82,3% no 6M24, ficando 1,5 p.p. acima da margem reportada um ano antes.
O resultado financeiro do 2T24 foi negativo em R$ 240 milhões, montante 6,6% menor que o apresentado no 2T23, favorecendo a comparação anual devido aos maiores rendimentos de aplicações financeiras e menor despesa de variação monetária decorrente de menor variação do IPCA.
O resultado do trimestre também foi favorecido, mais uma vez, pela equivalência patrimonial, adicionando R$ 99 milhões no 2T24 (+20,4% a/a). No 6M24 a contribuição de equivalência foi de R$ 178 milhões (+27,4% a/a). Esse resultado foi beneficiado principalmente pela IE Madeira, que contou com reversão de provisão de PV e redução de endividamento e pela IE Garanhuns que também reduziu endividamento e contou com entrada operacional de reforços, além dos reajustes de RAP por IPCA. O lucro líquido regulatório consolidado já excluindo a participações minoritárias veio em R$ 425 milhões no 2T24 (+62,9% a/a) e somou R$ 834,8 milhões no 6M24 (+47,2% a/a).
As ações (TRPL4) sofreram forte pressão em julho, em decorrência da venda relevante de 93 milhões de ações detidas pela Eletrobras, ao preço de R$ 23,50 por ação, aproximadamente 15% inferior ao preço de tela do momento do anúncio da oferta. Nossas expectativas e projeções para a companhia se mantêm e entendemos o preço atual como boa oportunidade de compra.
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