Setorial Papel e Celulose | Setembro 2024
Especialistas do BB analisam os indicadores setoriais mais recentes de papel e celulose.
Publicado por: Análise BB
7 minutos
Atualizado em
11/11/2024 às 11:40
As ações da Klabin continuaram acompanhando de perto o movimento da taxa de câmbio ao longo do mês de agosto, enquanto o desempenho dos papéis da Suzano mostrou maior volatilidade.
Desempenho das ações do setor
Celulose
Na Europa, os preços de celulose interromperam a sequência de altas iniciada no final de 2023 e começaram a arrefecer, com a fibra longa encerrando o mês de agosto em US$ 1.608/t (-US$ 14/t m/m) e a fibra curta em US$ 1.384/t (-US$ 56/t m/m). Os estoques nos portos da região tiveram ligeiro incremento em relação ao mês anterior, mas ainda não foram completamente reabastecidos. Por outro lado, a situação atual em outras regiões, como a desaceleração econômica na China e a possibilidade de recessão nos EUA, pesou sobre a confiança da indústria e na demanda por fibras.
Na China, a fibra longa permaneceu estável em relação ao mês anterior, em US$ 695/t, mas na fibra curta houve uma significativa correção de US$ 122/t, levando as cotações a encerrarem o mês de agosto em US$ 619/t, refletindo a combinação de arrefecimento da demanda de fibras, a baixa rentabilidade das papeleiras da região e a elevação da oferta global tanto pela melhora gradual das restrições (greves, manutenções não programadas etc.) como pela adição de capacidade de produção.
Exportações
O volume brasileiro de exportações de celulose foi de 1,2 Mt em agosto, o que representa uma queda de 28,2% em relação ao mês anterior. Por outro lado, o valor médio por tonelada continuou avançando e ficou em US$ 620 (+0,9% m/m, equivalente a US$ 5,0/t). Ainda assim, com relação à receita de exportações, a forte retração no volume levou a uma queda de 27,2% em relação ao valor recorde de julho, e ficou em US$ 765 milhões. Parte da queda é explicada pela redução de 33,8% m/m dos embarques para a China, que ficaram em 493 kt, embora o país tenha se mantido na liderança absoluta entre os principais importadores, com 40,0% do total (-2,8 p.p. m/m).
As exportações de papel tiveram redução de 8,7% em relação ao mês anterior, para 173 kt. Já o valor médio por tonelada continuou avançando e atingiu US$ 1.014/t (+2,1% m/m e equivalente a US$ 21,2/t), e a receita de exportações ficou em US$ 176 milhões (-6,8% m/m). Os embarques mantiveram-se pulverizados, de forma que os cinco principais destinos – Argentina, Chile, EUA, Peru e Equador – representassem 46% do total.
Papel
Dados mais recentes do setor de papel mostram um avanço na produção de embalagens de papel e papelão, além da recuperação da confiança do empresário do setor, que atingiu 53,3 pontos, maior patamar desde outubro/2022.
A expedição de caixas, acessórios e chapas de Papelão Ondulado atingiu o volume recorde de 371 kt em julho, que representa um avanço de 8,5% m/m. Com relação à distribuição setorial, os dados mais recentes mostram estabilidade na participação dos setores em relação ao mês anterior.
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