produção de caixa de papelão

Setorial Papel e Celulose | Outubro 2024

Especialistas do BB analisam os indicadores setoriais mais recentes de papel e celulose.

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Leitura7 minutos

Atualizado em

11/11/2024 às 11:38


Em setembro, as ações das empresas do setor acompanharam o movimento da taxa de câmbio ao longo do mês, enquanto no acumulado de outubro até agora as units da Klabin se descolam negativamente, refletindo a expectativa do mercado de resultados mais fracos no 3T24, que serão divulgados em 04/11.

Desempenho das ações do setor

Celulose

Na Europa, os preços de celulose continuaram arrefecendo, com a fibra longa encerrando o mês de setembro em US$ 1.581/t (-US$ 28/t m/m) e a fibra curta em US$ 1.286/t (que representa uma forte queda de US$ 98/t m/m). Os estoques nos portos da região mostraram incremento relevante em relação aos meses anteriores e encerraram o mês de agosto acima da média dos últimos 3 anos, o que pode indicar uma desaceleração da demanda à frente dada a nítida melhora da situação de abastecimento dos estoques na região.

Na China, a fibra longa permaneceu estável em relação ao mês anterior, em US$ 694/t, mas na fibra curta os preços continuaram com forte queda (-US$ 49/t m/m), levando as cotações a encerrarem o mês de setembro em US$ 570/t, refletindo a situação de baixa rentabilidade das papeleiras da região e a elevação da oferta global de celulose principalmente pela adição de capacidade de produção. A queda nos preços possibilitou a recuperação das importações de fibras no país, que atingiram 2,8 Mt (+20,8% m/m).

Exportações

Em agosto, o volume brasileiro de exportações de celulose foi de 1,7 Mt em setembro, o que representa uma alta de 37,2% em relação ao mês anterior – retomando ao patamar médio mensal de 2024. O valor médio por tonelada ficou em US$ 607 (-1,5% m/m, equivalente a US$ 9,5/t), e a receita de exportações voltou a superar a marca de US$ 1 bilhão (+35% m/m), que só tinha sido atingida uma vez anteriormente, no último mês de julho.

A recuperação ocorreu em razão do reaquecimento dos embarques para a China, que haviam reduzido no mês anterior em razão da fraca demanda no país, e tiveram incremento de 52% m/m em setembro, para 750 kt. Assim, o país se manteve na liderança absoluta entre os principais importadores, com 44% do total (+4 p.p. m/m).

As exportações de papel tiveram incremento de 8,7% em relação ao mês anterior, para 189 kt. Já o valor médio por tonelada teve ligeira queda de 1,4% m/m e ficou em US$ 1.001/t (-US$ 14/t), e a receita de exportações foi de US$ 189 milhões (+7,2% m/m). O crescimento foi impulsionado pela categoria de Imprimir&Escrever, que teve incremento de 14%m/m no volume embarcado e se manteve no topo dos embarques com 55% de participação (+2 p.p. m/m).

Papel

Dados mais recentes do setor de papel mostram ligeiro avanço na produção de embalagens de papel e papelão, bem como um volume resiliente de expedição de papelão ondulado, mas a confiança do empresário do setor perdeu força, embora ainda indique expectativa de expansão da atividade.

Após o recorde histórico observado em agosto (376 kt), a expedição de caixas, acessórios e chapas de Papelão Ondulado recuou 6,0% m/m em setembro para 354 kt, mas se manteve acima da média mensal histórica. Com relação à distribuição setorial, os dados mais recentes mostram estabilidade na participação dos setores em relação ao mês anterior.

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