rolos de papel alinhados lado a lado

Setorial Papel e Celulose | Novembro 2024

Especialistas do BB analisam os indicadores setoriais mais recentes de papel e celulose.

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Leitura7 minutos

Atualizado em

19/11/2024 às 12:54


As ações do setor têm apresentado alta volatilidade e, de maneira geral, seguem acompanhando o movimento do dólar. Desde outubro, as ações da Suzano têm se destacado positivamente, refletindo também os bons números apresentados no 3T24.

Desempenho das ações do setor

Celulose

Na Europa, os preços de celulose continuaram arrefecendo, principalmente na fibra curta, que encerrou o mês de outubro em US$ 1.190/t (que representa uma queda de US$ 95/t m/m e uma correção de US$ 250/t desde o pico em julho). Já na fibra longa, a queda tem sido gradual (-US$ 32/t m/m) e os preços seguiram resilientes em US$ 1.549/t. Os estoques nos portos da região continuaram se elevando, o que pode indicar uma desaceleração da demanda à frente dada a melhora substancial da situação de abastecimento na região.

Na China, a fibra longa também se manteve resiliente e mostrou um incremento de US$ 19/t m/m, cotada a US$ 713/t, enquanto na fibra curta, após a forte correção nos meses anteriores, as quedas desaceleraram para US$ 9/t m/m, levando as cotações a US$ 560/t no encerramento de outubro, refletindo um movimento de reestocagem para atender à demanda sazonal do 2º semestre. Ainda assim, o último dado disponível (setembro) indica que as importações de fibras no país tiveram queda de 4,7% m/m e somaram 2,6 Mt.

Exportações

Em outubro, o volume brasileiro de exportações de celulose foi de 1,76 Mt em outubro, o que representa uma alta de 6,7% m/m e o maior patamar mensal de 2024. O valor médio por tonelada ficou em US$ 553 (-9,5% m/m, equivalente a US$ 58/t), e a receita de exportações ficou em US$ 975 milhões (-3,4% m/m).

A recuperação ocorreu em razão da recuperação dos embarques para a China após a redução substancial nos meses anteriores em razão da fraca demanda no país, e tiveram incremento de 47% m/m em outubro, para 1,1 Mt. Assim, o país se manteve na liderança absoluta entre os principais importadores, com 62% do total (+18 p.p. m/m).

As exportações de papel teve redução de 5,0% em relação ao mês anterior, para 179 kt. Já o valor médio por tonelada teve queda de 2,4% m/m e ficou em US$ 969/t (-US$ 32/t), e a receita de exportações foi de US$ 174 milhões (-8,0% m/m).

Papel

Dados mais recentes do setor de papel mostram ligeiro avanço na produção de embalagens de papel e papelão, bem como um volume recorde de expedição de papelão ondulado. Além disso, a confiança do empresário do setor voltou a se elevar e continua indicando expectativa de expansão da atividade.

A expedição de caixas, acessórios e chapas de Papelão Ondulado atingiu volume recorde de 391 kt em outubro, que representa um avanço de 10,5% m/m. Com relação à distribuição setorial, os dados mais recentes mostram estabilidade na participação da maioria dos setores, exceto os setores de produtos alimentícios e de horticultura, cujas representatividades aumentaram em relação ao mês anterior, em detrimento da redução do setor de produtos farmacêuticos, perfumaria e cosméticos.

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