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Número de aplicações do Open Finance no Brasil quadruplica em 2 anos, diz Capgemini

BB se destaca entre aplicações no Brasil, segundo pesquisa

Publicado por: Broadcast Exclusivo

conteúdo de tipo Leitura4 minutos

Atualizado em

28/06/2024 às 16:26

Por Adriana Chiarini, do Broadcast

São Paulo, 28/06/2024 - O Open Finance está crescendo no Brasil e tem potencial para muito mais. O número de casos de uso a partir do compartilhamento de dados dos clientes entre instituições financeiras no País aumentou de 48 há dois anos para mais de 200, afirmou Jamile Leão, head de Open Finance da Capgemini, consultoria de tecnologia. "Pelo volume de instituições, esse número ainda é pequeno", pondera ela, que é responsável pela pesquisa Índice de Maturidade do Open Finance 2024, recém-divulgada.

Jamile Leão participou do painel "Open Finance: Casos de uso, futuro do ecossistema e oportunidades de negócios", no stand do Banco do Brasil dentro do evento Febraban Tech, em São Paulo. "Mais uma vez, o Banco do Brasil foi apontado pelos players do mercado como melhor case do Brasil", afirmou a coordenadora do estudo, que está na segunda edição. O BB ficou em 1º lugar, com 8% das citações dos entrevistados, o Nubank em 2º, com 4%, e o Itaú em 3º, com 3%, seguidos por Bradesco e PicPay com 2%, e Santander, com 1%.

O Índice de Maturidade do Open Finance no Brasil aumentou de 6,43 em 2023 para 6,70, em 2024, sendo que este ano os critérios foram mais rigorosos. Se tivessem sido mantidos, o índice seria de 6,95. Ou seja, houve melhora. Mas nem tudo são flores. Em relação ao consumidor pessoa física foi notada uma queda, de 5,34 para 4,70, com os critérios mais rigorosos. Se fossem os mesmos, o índice seria de 5,08. São diversas as causas para a queda. A pesquisa da CapGemini detectou pessoas que deram seu consentimento a alguma instituição financeira para compartilhamento de seus dados, mas se decepcionaram por não serem contatadas posteriormente. "Esse cara se vinga depois", disse Jamile, explicando que diante dessa situação, a pessoa retira seu consentimento do aplicativo.

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O relatório da Capgemini diz que "um abismo começa a se desenhar" entre o grupo que está mais avançado e o que está mais atrasado na implantação do Open Finance. Mas, de forma geral, ela comentou que as instituições já entenderam que o Open Finance só vai crescer no Brasil quando os clientes forem apresentados aos casos de uso da tecnologia.

"Observamos o sucesso quando o Open Finance foi contextualizado no momento adequado e gerou valor para o cliente", disse Filipe Preve, gerente executivo do time responsável pela implementação do projeto no Banco do Brasil. No painel, ele citou exemplos relacionados a mais de R$ 10 bilhões em transações de Open Finance no BB. Um deles é a facilidade do cliente de atualizar o cadastro e o limite de crédito. "Tem um benefício operacional para o cliente, facilidade de atualizar um cadastro e o banco orçar mais limite", disse Prevê.

Segundo ele, o BB concedeu mais de R$ 5 bilhões em limites de crédito recalculados e ampliados e mais R$ 2 bilhões em investimentos foram captados, porque os dados do Open Finance permitiram ao banco "fazer uma prospecção mais qualificada, mais assertiva, gerando serviço para o investidor".

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Na aplicação de análise de crédito, o BB já liberou R$ 1,3 bilhão em crédito a pessoa física, principalmente CDC (crédito direto ao consumidor) e R$ 1,9 bilhão para pessoa jurídica, contou o gerente.

De acordo com o relatório da pesquisa da Capgemini, que também traz uma comparação entre países, o modelo brasileiro de Open Finance é visto como o melhor do mundo e um dos pontos de destaque é a segurança. "O Brasil é reconhecido mundialmente por seus padrões de segurança no Open Finance. Não há nenhum registro de vazamento de dados ou ciberataques ao ecossistema até hoje", atesta o relatório.

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