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Neoenergia 3T24: receita em alta e bom controle de despesas gerenciáveis ofuscados por maior custo com energia

BB faz análise de resultados da Neoenergia no 3T24

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Leitura3 minutos

Atualizado em

23/10/2024 às 15:33


A Neoenergia divulgou ontem (22/10), após o fechamento do mercado, seu resultado referente ao 3T24, trazendo bom crescimento de receita e bom controle de despesas operacionais gerenciáveis, mas impactado por forte alta de custos com energia e maiores despesas tributárias reduzindo margens e lucro.

Resultado

A receita líquida consolidada veio em R$ 12,2 bilhões (+10,7% a/a) e, excluindo-se a receita de construção, veio em R$ 9,7 bilhões (+6,3% a/a) no 3T24. No 9M24 somou R$ 35,3 bilhões (+4,3% a/a) e R$ 28,7 bilhões (+1,1% a/a) ex-construção. O aumento foi estimulado principalmente por maior consumo de eletricidade em função do clima mais quente, levando ao crescimento de volume distribuído em 6,2% a/a no 3T24 e de 7,8% a/a no 9M24, além do aumento de 1,9% no número de clientes nos últimos 12 meses.

No segmento de redes, essa dinâmica na Distribuição ainda é limitada na comparação anual pela não consolidação, a partir do 4T23, dos ativos de Transmissão vendidos para o GIC. No segmento de Geração, há impacto positivo da consolidação integral da UHE Dardanelos a partir de setembro de 2023, mas por outro lado impacto negativo do fim do contrato de venda da energia da Temopernambuco em 14/5/24, que continua tendo despesas de conexão com a rede de transmissão. A antecipação do início do novo contrato da usina térmica de junho de 2026 para outubro de 2024 traz perspectivas positivas neste segmento já para o próximo trimestre, que deve contar com boa ocorrência de despacho dado o atual cenário hídrico.

Custos e despesas

Os custos não gerenciáveis somaram R$ 5,4 bilhões no 3T24 (+8,7% a/a) e totalizaram R$ 15,2 bilhões no 9M24 (+4,0% a/a), tendo a principal linha (compra de energia elétrica) apresentado forte alta no trimestre (+16,8% a/a) vindo também pouco acima da receita ex-construção no 9M24 (+5,3% a/a).

As despesas gerenciáveis (ex-depreciação e construção) somaram R$ 1,3 bilhão no 3T24 (+2,2% a/a), com aumento de despesas com pessoal (+3,9% a/a) e serviços de terceiros (+3,1% a/a) em ritmo abaixo da inflação do período, beneficiados ainda pela redução de 3,9% a/a nos custos com PCLD. As despesas de PMSO apresentaram alta de 3,0% a/a no 3T24, somando R$ 1,2 bilhão e R$ 3,5 bilhões (+4,6% a/a) no 9M24. O destaque nestas linhas é da distribuidora Neoenergia Brasília apresentando forte redução de despesas.

EBITDA e lucro

O EBITDA veio em R$ 2,9 bilhões no 3T24 (+3,3 % a/a), correspondendo à margem EBITDA de 24,2% (-1,7 p.p.), crescendo abaixo da receita e com queda de margem devido à maiores custos com energia e reajustes tarifários negativos na parcela B de distribuidoras indexadas ao IGP-M. No 9M24 o EBITDA somou R$ 9,4 bilhões (+1,3% a/a), em linha com o mesmo período no ano passado.

O lucro líquido ex-minoritários somou R$ 841 milhões no 3T24 (-45,6% a/a) e R$ 2,8 bilhões no 9M24 (-20,2% a/a) com queda explicada pela forte base comparativa beneficiada por crédito tributário e reavaliação de ativos.

Discalimer

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