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Neoenergia 2T24: resultado morno, com dinâmicas distintas entre segmentos e linhas de custos

BB faz análise de resultados da Neoenergia no 2T24

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Leitura2 minutos

Atualizado em

24/07/2024 às 13:43


A Neoenergia divulgou ontem (23/7), após o fechamento do mercado, seu resultado referente ao 2T24, que consideramos morno, com bom crescimento de volume nas Distribuidoras também beneficiadas por menor PCLD porém ainda sofrendo impacto de maiores perdas de energia e crescimento de PMSO em ritmo superior à receita, enquanto o resultado de Geração foi impactado pelo encerramento do contrato de sua usina Termopernambuco.

Recomendação de ações

Apesar do resultado morno, a queda de ~10% acumulada no ano abre grande potencial de valorização frente ao nosso preço alvo para as ações NEOE3 e elevamos neste momento nossa recomendação de Neutra para Compra.

Resultado

A receita líquida consolidada veio em R$ 11,4 bilhões (+5,3% a/a) e, excluindo-se a receita de construção, veio em R$ 9,2 bilhões (+3,0% a/a) no 2T24. No 6M24 somou R$ 23,1 bilhões (+1,2% a/a) e R$ 18,9 bilhões (+1,1% a/a) ex-construção. O aumento foi estimulado principalmente por maior consumo de eletricidade em função do clima mais quente levando ao crescimento de volume distribuído em 8,1% a/a no 2T24 e de 8,4% a/a no 6M24.

No segmento de redes, essa dinâmica na Distribuição foi limitada pela não consolidação, a partir do 4T23, dos ativos de Transmissão vendidos para o GIC. No segmento de Geração houve impacto positivo da consolidação integral da UHE Dardanelos a partir de setembro de 2023, limitada pelo fim do contrato de venda da energia da Temopernambuco em 14/5/24.

Custos e despesas

Os custos não gerenciáveis somaram R$ 4,8 bilhões no 2T24 (+2,7% a/a) e totalizaram R$ 9,8 bilhões no 6M24 (+1,6% a/a), tendo a principal linha (compra de energia elétrica) apresentado estabilidade nos dois períodos na comparação anual, enquanto menores custos com combustível para geração térmica compensaram parcialmente maiores custos com transporte de energia.

As despesas gerenciáveis (ex-depreciação e construção) somaram R$ 1,4 bilhão no 2T24 (+0,9% a/a), com aumento de despesas com pessoal (+5,0% a/a) e serviços de terceiros (+7,3% a/a) em ritmo acima da inflação do período sendo compensados pela redução de 24,92% a/a nos custos com PCLD. As despesas de PMSO apresentaram alta de 4,1% a/a no 2T24, somando R$ 1,2 bilhão, e no 6M24 somaram R$ 2,8 bilhões (+2,6% a/a).

EBITDA e lucro

O EBITDA veio em R$ 2,9 bilhões no 2T24 (+6,3 % a/a), correspondendo à margem EBITDA de 25,9%, beneficiado pela estabilidade no total de custos e despesas frente ao crescimento de receita, enquanto no 6M24 somou R$ 6,4 bilhões (+0,5% a/a) com margem de 27,9%.

O lucro líquido destinado aos acionistas (ex-minoritários) somou R$ 815 milhões no 2T24 (+12,0% a/a) e R$ 1,9 bilhão no 6M24 (-0,1% a/a).

DIscalimer

 Este é um relatório público e foi produzido pelo BB-Banco de Investimento S.A. (“BB-BI”). As informações e opiniões aqui contidas foram consolidadas ou elaboradas com base em informações obtidas de fontes fidedignas e de boa-fé, tendo sido tomadas medidas razoáveis para assegurar sua exatidão no momento de publicação. Contudo, o BB-BI não garante que tais dados sejam totalmente isentos de distorções e não se compromete com a veracidade dessas informações. Todas as opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data presente e derivam do julgamento de nossos analistas de valores mobiliários (“analistas’), podendo ser alteradas a qualquer momento sem aviso prévio. O BB-BI não garante o lucro e não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas nesse material, que tem por finalidade apenas informar e servir como instrumento que auxilie a tomada de decisão de investimento, não devendo ser  interpretado como material promocional, recomendação, oferta ou solicitação de oferta para comprar ou vender quaisquer títulos e valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros. Investimentos nos mercados financeiros e de capitais estão sujeitos a riscos de perda superior ao capital investido. A rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura. Nos termos do art. 22 da Resolução CVM 20/2021, o BB-BI, em conjunto com o Conglomerado Banco do Brasil S.A. (“Grupo”), declaram que (i) podem ser remunerados por serviços prestados ou possuir relações comerciais com a(s) empresa(s) analisada(s) neste relatório ou com pessoa natural ou jurídica, fundo ou universalidade de direitos, que atue representando o mesmo interesse dessa(s) empresa(s); (ii) podem possuir participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% do capital social da(s) empresa(s) analisada(s), e poderão adquirir, alienar ou intermediar valores mobiliários da(s) empresa(s) no mercado. 

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