Magazine Luiza (MGLU) 2T24: positivo; ganho de market share e de margens
BB analisa resultado do 2º TRI 2024 como positivo, com crescimento de market share e de margens
Publicado por: Análise BB
7 minutos
Atualizado em
09/08/2024 às 13:33
A Magazine Luiza reportou resultados positivos no 2T24, em nossa opinião, com relevante crescimento de vendas mesmas lojas nas estruturas físicas (+16%), aumento de margem bruta (+2,1 p.p.) e de margem EBITDA ajustada (+2,6 p.p.) no comparativo anual, além de reverter o prejuízo apresentado no mesmo período do ano passado, e apresentar resultado líquido positivo por mais um trimestre.
Apesar de a companhia ter apresentado queda nas vendas do 1P (on-line com estoque próprio), o canal teve um aumento de margem bruta de 3 p.p. e foi o principal responsável pelo incremento na margem bruta total.
Desempenho das Ações e Perspectivas
As ações MGLU3 apresentam queda superior a 40% desde o início do ano, sofrendo o impacto da manutenção da taxa Selic em patamares elevados e seguindo o movimento de outros papéis mais cíclicos da bolsa. Entendemos que a companhia continua apresentando bons números, em linha com sua estratégia de foco em rentabilidade e lucratividade.
Somado a isso, a parceria com a AliExpress, o pagamento da dívida de curto prazo, a melhoria na geração de caixa e o cenário macroeconômico que, no geral, está positivo para o setor de consumo, nos indicam boas perspectivas para o futuro da empresa. Por esses motivos, mantemos nosso preço-alvo para o final de 2024 em R$ 36,80 e a recomendação de Compra.
Desempenho Econômico-financeiro
As vendas totais atingiram R$ 15,4 bilhões, 4,5% superior na comparação anual e abaixo das nossas expectativas (-2,1% r/e). Enquanto as vendas do 1P (on-line com estoque próprio) retraíram 1,2% a/a (-5,9% r/e), os destaques ficaram com as vendas do canal 3P (marketplace), que cresceram 4,0% a/a (-3,8% r/e) e, especialmente das lojas físicas, que apresentaram um incremento ainda maior, chegando a 14,2% a/a, acima das nossas projeções (+5,7% r/e).
Vale mencionar que o crescimento das vendas mesmas lojas nas estruturas físicas da companhia foi mais um ponto positivo, ficando em 16%. Com isso, a receita líquida consolidada somou R$ 9,0 bilhões, número 5,1% superior ao mesmo período do ano passado (-1,8% r/e).
Por mais um trimestre, as margens operacionais também merecem destaque. O lucro bruto cresceu 12,7% a/a e a margem bruta atingiu o patamar de 30,9%, maior margem bruta dos últimos sete anos. O valor é 2,1 p.p. superior ao mesmo período do ano passado e 0,9 p.p. acima das nossas estimativas.
Seguindo o mesmo movimento da margem bruta, a margem EBITDA Ajustada fechou o trimestre em 7,5%, com um incremento de 2,6 p.p. a/a, em linha com nossas projeções (+0,2 p.p. r/e). Segundo a companhia, ambos os indicadores foram puxados pela receita de serviços e, principalmente, pelo aumento da margem bruta de mercadorias do e-commerce com estoque próprio (1P), beneficiada pelo repasse total do DIFAL.
Destaques 2T24
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