EUA/Janet Yellen: entregamos junto com Brasil e outros países US$ 5,3 bilhões para fundo global

Por Isadora Duarte

Brasília, 27/07/2024 - A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, afirmou que o país ajudou a entregar juntamente com o Brasil e outros países o aporte de US$ 5,3 bilhões para o Fundo Global do Meio Ambiente. Segundo Yellen, é a maior reposição do fundo, com foco significativo na biodiversidade. "Os projetos variam desde ajudar o Suriname a desenvolver infraestrutura portuária, preservando sua biodiversidade costeira e marinha, até a programação em toda a região amazônica que apoia paisagens sustentáveis. E temos trabalhado com o Brasil durante sua presidência do G20 para garantir que o financiamento por meio dos fundos climáticos seja efetivamente implantado e fácil de acessar para maximizar o impacto de nossos recursos", disse Yellen, durante a participação em um evento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) na Amazônia com a presença da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.

A secretária do Tesouro americano destacou que o país apoia os fundos multilaterais de clima e meio ambiente. "Para ajudar os países a reverter a perda biodiversidade, ao mesmo tempo em que fortalecem suas economias e promovem a ação climática", pontuou. "A Amazônia para nós sempre é outra iniciativa importante. Acredito que a Amazônia mostra que estamos em um novo momento no combate contra as mudanças climáticas e a perda de biodiversidade", acrescentou.

Yellen lembrou que as convenções sobre mudanças climáticas e biodiversidade começaram a ser adotadas a partir da Cúpula do Rio em 1992 no Brasil. "Fizemos um progresso significativo desde então, incluindo o direcionamento de bilhões de dólares para proteger a biodiversidade da Amazônia. Mas, apesar dos nossos esforços, a Amazônia hoje está se aproximando de um perigoso ponto de inflexão", observou, apelando para um foco maior para proteção da Amazônia.

Para Yellen, os ministros das Finanças de cada país que compõem a Amazônia estão impulsionando a agenda de preservação e recuperação do bioma. "Guiana e Bolívia estão se preparando para vender créditos de carbono de alta integridade por meio da Coalizão LEAF. A Colômbia está investindo em corredores verdes para cidades. A Amazônia para sempre é uma plataforma crítica para facilitar a coordenação regional e o intercâmbio sobre o que funciona e o que não funciona", apontou, elogiando os projetos econômicos e ambientais da região. "Todos nós reconhecemos que interromper e reverter a perda da natureza e da biodiversidade é um imperativo econômico, inclusive para os quase 50 milhões de pessoas que vivem na Amazônia, cujas vidas e meios de subsistência dependem dos ecossistemas da Amazônia e seus serviços", afirmou Yellen, citando as comunidades indígenas da região.

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