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Mercado

Arezzo conclui fusão com Grupo Soma e passa a negociar com o código de ações AZZA3

Publicado por: Broadcast Exclusivo

conteúdo de tipo Leitura4 minutos

Atualizado em

01/08/2024 às 14:28

Por Talita Nascimento e Luana Pavani, do Broadcast

São Paulo, 1/08/2024 - A Arezzo&Co e o Grupo Soma concluíram ontem sua fusão e a partir desta quinta-feira, 1 de agosto, as ações passam a ser negociadas com o código AZZA3. A companhia resultante, denominada Azzas 2154 S.A., tocou nesta manhã a campainha na B3 para iniciar a negociação do novo ticker que representa as duas empresas juntas. Na sessão de hoje da bolsa de valores, o papel sobe 1,09%, cotado a R$ 49,18.

O CEO da Azzas, Alexandre Birman, considera que o novo papel que passou a ser negociado hoje e que substitui as ações de Arezzo&Co e Grupo Soma, atrai mais investidores pelo volume negociado. "A companhia se torna uma large capital ", disse, com o termo em inglês para se referir a segmento de companhias de grande porte em bolsa; ao contrário das de menor valor de mercado, do tipo "small cap".

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Birman reforçou que hoje 65% dos papéis da empresa negociados na Bolsa estão com investidores estrangeiros e que o fato de passar a movimentar cerca de R$ 250 milhões por dia na Bolsa atrai um nível mais alto de investidores.

Segundo o executivo, o foco da companhia está no longo prazo e tem como maior intuito contribuir para o cenário da moda na América Latina. Segundo ele, as duas companhias têm diferenças de estilo, mas não de cultura. "Não somos uma empresa em que um usa terno e o outro usa camiseta e bermuda. Somos muito parecidos", afirmou, durante a cerimônia na Bolsa.

Na parte da operação, um dos alvos da gestão agora é conseguir responder a tendências de moda de forma mais rápida, com ciclos de produção mais curtos que permitam movimentos dentro de uma mesma estação.

Birman, afirmou hoje que o resultado do grupo no primeiro semestre de 2024 foi muito bom, com crescimento em mesmas lojas (abertas há mais de 12 meses) em todas as marcas. Ele revela que há números positivos da marca Hering também pela frente. Aliás, um dos gatilhos mais esperados para o negócio após a fusão de Arezzo e Grupo Soma é a retomada de resultados da Hering. "Existe expectativa grande em relação ao turnaround da Hering", disse há pouco.

Com a consumação da incorporação, o capital social foi elevado em R$ 578,9 milhões, por meio da emissão de 95.500.607 novas ações ordinárias e subscritas pelos administradores Grupo Soma, na proporção de suas respectivas participações. O saldo remanescente do acervo líquido da companhia, no valor de R$ 5,2 bilhões, foi destinado à conta de reserva de capital da Azzas 2154.

A negociação ainda definiu 0,121695988348 novas ações de emissão da Azzas 2154 para cada ação do Grupo Soma. Ao final, o capital social da Azzas 2154 passa a ser de R$ 2,3 bilhões, dividido em 206.489.813 ações ordinárias. Devido à incorporação, conforme acordo celebrado em 4 de fevereiro, o Grupo Soma foi extinto.

A companhia combinada alcança um faturamento próximo de R$ 12 bilhões e passará a comercializar calçados, bolsas, itens de moda masculina, feminina e infantil, incluindo roupas e acessórios por meio de suas 34 marcas e mais 2 mil lojas, próprias e franquias.

Além de Birman, a estrutura de governança conta com Roberto Luiz Jatahy Gonçalves como CEO da unidade de negócios de vestuário feminino. Rony Meisler permanecerá como CEO da unidade AR&Co e Thiago Hering continua como CEO da Hering.

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