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Anbima cria guia sobre inteligência artificial para apoiar uso 'ético' da ferramenta no mercado
Publicado por: Broadcast Exclusivo
4 minutos
Atualizado em
24/07/2024 às 16:59
Por Bruna Camargo, Gabriel Hirabahasi e Gustavo Boldrini, do Broadcast
São Paulo, 24/07/2024 - Enquanto o Congresso Nacional espera a volta do recesso parlamentar para poder levar adiante o projeto de lei (PL) de regulamentação da inteligência artificial no País, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) publicou um guia com orientações para empresas do mundo dos investimentos que desejam utilizar sistemas de IA.
O guia incentiva a adoção ética da tecnologia, identifica tendências, aponta as principais aplicações e riscos e estabelece diretrizes para o desenvolvimento, a aquisição e o uso responsável de IA pelas organizações.
O diretor-executivo da Anbima, Zeca Doherty, afirma que há uma grande disparidade no conhecimento do mercado sobre tecnologias como a inteligência artificial, que têm se expandido rapidamente. "Queremos que todos estejam 'na mesma página', entendam o potencial da tecnologia e estejam prontos para implementar ou até mesmo desenvolver sistemas de IA", diz o executivo.
Na avaliação do executivo, a IA pode agilizar tarefas repetitivas, aprimorar a tomada de decisões, hiper personalizar a interação com clientes e ajudar a criar produtos inovadores. "A IA abre um leque de possibilidades para o mercado de capitais, com potencial de aumentar a receita e a produtividade das instituições", diz Doherty.
No entanto, as empresas precisam de uma "uma visão 360º sobre a tecnologia e seus efeitos" para ter uma implementação eficaz, completa.
Cinco princípios
O guia de boas práticas da Anbima para o uso de sistemas de inteligência artificial é baseado nos princípios definidos pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) para a gestão responsável dos sistemas de IA. São cinco princípios:
- Crescimento inclusivo, desenvolvimento sustentável e bem-estar: priorizar resultados benéficos para os colaboradores e para o planeta
- Valores centrados no ser humano e na justiça: ter valores centrados nos direitos das pessoas
- Transparência e explicabilidade: fornecer informações para a compreensão geral dos sistemas, suas interações e resultados
- Robustez, segurança e proteção: garantir que o uso de IA funcione adequadamente, de forma que não
represente um risco de segurança - Responsabilidade: ter regras e procedimentos para o bom funcionamento dos sistemas de IA
Como está o PL da inteligência artificial?
O projeto de lei que regula a inteligência artificial no Brasil deverá ser levado para votação no Senado após o fim do recesso parlamentar, no início de agosto, segundo o relator do PL, o senador Eduardo Gomes (PL-TO). A regulamentação tem autoria e apoio do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Na semana passada, Pacheco usou o apagão cibernético global causado por uma pane no sistema da Crowdstrike para reafirmar a importância do tema.
sse ambiente nos alerta para os riscos da segurança cibernética, e nos lembra ser essencial a regulamentação da inteligência artificial, projeto de minha autoria, para que tenhamos um cenário mais claro, seguro e adequado em relação ao uso de ferramentas virtuais e seus efeitos práticos sobre a sociedade", afirmou o senador em nota.
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