refinaria de petróleo de tubos com válvulas

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Análise Setorial | Petróleo e Distribuição de combustíveis | Julho 2024

BB apresenta dados setoriais de petróleo e distribuição de combustíveis.

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Leitura6 minutos

24/07/2024 às 10:48

Atualizado em

24/07/2024 às 12:24


A PetroReconcavo e 3R Petroleum assinaram um acordo de entendimentos para analisar a viabilidade técnica e econômica de uma parceria para compartilhar infraestrutura de escoamento, compressão, medição e processamento de gás natural detida pela 3R na Bacia Potiguar. A transação, se concretizada, pode trazer ganhos mútuos, na medida em que a produção da PetroReconcavo é escoada pelo Ativo Industrial Guamaré, da 3R, e essa parceria teria mais ganhos para ambas do que a eventual construção de uma UGPN pela PetroRecôncavo, como aventado recentemente.

Em paralelo, prossegue a operação de fusão entre 3R e Enauta, com um cronograma tentativo de último dia de negociação dos papéis da Enauta em 31/07/24, e início da negociações das ações da 3R emitidas após a incorporação da Maha Holding e das ações da Enauta a partir de 1º de agosto. Se acatada a proposta nestes termos,** os acionistas da Enauta receberão 0,805013 ação ON da 3R para cada ação ON da Enauta**.

O Sindipetro-AM aponta que a Refinaria da Amazônia (Ream), comprada da Petrobras em 2022 pelo grupo Atem, está com sua produção paralisada, operando apenas como estrutura de apoio logístico para a distribuição de derivados importados. A Atem responde que está em processo de manutenção, mas de acordo com o coordenador do Sindipetro-AM, “não se vê ritmo e movimentação de parada de manutenção, processo que exige contratação de empregados para acompanhar e fazer o serviço. O que estamos vendo é a demissão de trabalhadores, mais de 40 deles foram desligados nos últimos dias”. A análise condiz com estudo promovido pelo Ineep em abril, que trouxe dados da ANP indicando que “a utilização do refino caiu 62%, saindo de um volume processado de 1,7 milhões de m³ em 2022 para o valor de 673 mil m³ em 2023”. O Ineep também publicou em junho um estudo apontando que, na região norte, tanto a gasolina comum quanto o diesel S10 apresentaram valores ~5% superiores em comparação com outras regiões nos últimos 12 meses. Ao mesmo tempo, notícias da mídia local vêm sinalizando que a Petrobras busca recomprar o ativo, possibilidade inicialmente rechaçada pela Atem.

Petrobras e fontes renováveis: i) a ANP aprovou a comercialização de combustível marítimo (bunker) com 24% de biodiesel. Os testes mostraram funcionamento dos motores similar ao uso de bunker exclusivamente fóssil, sem ocorrências ou problemas com equipamentos. Com esse teor de 24% de mistura, a redução de gases de efeito estufa ficou entre 17% e 19%, sugerindo o biodiesel como promissora opção para utilização como combustível renovável para uso no transporte marítimo; ii) Petrobras e Braskem concluem testes de produto químico com conteúdo renovável. Os testes em escala industrial indicaram a possibilidade de produzir uma corrente de Hidrocarbonetos Leves de Refinaria (HLR), rica em eteno, com etanol como matéria prima. O produto do teste foi enviado à Braskem e o hidrocarboneto com conteúdo renovável foi processado com sucesso na unidade industrial de Santo André (SP).

A alta demanda por equipamentos e a escassez de fornecedores levou a Petrobras a adiar pela sexta vez o prazo de entrega de propostas na licitação para contratar o afretamento de até dois barcos de apoio do tipo PSV, usados no transporte de suprimentos de plataformas. A dificuldade se estende para FPSOs, com impactos nos projetos SEAP e Barracuda/Caratinga e na contratação de sondas. Com isso, uma possibilidade seria mudar a forma de contratação dos FPSOs ou construir unidades próprias, o que pode levar a atrasos no atual cronograma.

A Vast Infraestrutura, empresa do Grupo Prumo, assinou um contrato de 20 anos com a Vibra Energia para a utilização de um novo terminal que será construído no Porto do Açu (RJ) e se transformará na principal porta de entrada de óleos básicos da distribuidora para a fabricação de lubrificantes. A Vibra irá ocupar cerca de 20% da capacidade de tancagem do terminal e a expectativa é de que a parceria permita a substituição de parte da tancagem atualmente contratada com terceiros, trazendo redução de custos, e melhor logística de importação e abastecimento de óleos básicos para sua fábrica de lubrificantes da linha Lubrax.

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