caminhão amarelo carregando resíduos de mineração

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CSN Mineração (CMIN3) 2T24: BB-BI analisa resultado, veja preço-alvo e recomendação

Forte desempenho operacional e financeiro leva ao melhor resultado em três anos

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Leitura4 minutos

Atualizado em

13/08/2024 às 13:11


O resultado reportado pela CSN Mineração no 2T24 foi positivo, em nossa opinião, impulsionado pelo bom desempenho de volumes e pela redução de custos, que compensaram a queda nos preços médios realizados de minério de ferro no período.

A companhia atingiu volume de produção própria recorde trimestral, em linha com a estratégia de incremento da produção própria em detrimento de compras de terceiros, e entregou 10,4 Mt (+13,8% t/t), enquanto o volume de vendas avançou 18% t/t para 10,8 Mt. Por outro lado, o preço médio realizado ficou em US$ 58,64/t (ante R$ 61,76/t no 1T24) refletindo a queda nas cotações da commodity no período e o mix de vendas com minério de menor qualidade. Como resultado, a receita líquida teve crescimento de 18,3% t/t, para R$ 3,3 bilhões.

A elevação dos volumes também levou a uma maior diluição de custos fixos e contribuiu para a queda de 10,2% t/t no custo caixa C1, que ficou em US$ 21,20/t. O frete marítimo manteve-se estável em relação ao trimestre anterior, mas em um patamar elevado, ainda refletindo a necessidade de desvios de rotas em razão de conflitos geopolíticos no Oriente Médio, bem como os altos preços de combustíveis e a forte demanda por navios de cargas para exportação. A combinação de todos esses fatores levou a um incremento de 44,1% t/t no EBITDA ajustado para R$ 1,6 bilhão, e de 6,8 p.p. t/t na margem EBITDA ajustada, que atingiu 48,7% (queda de 14,9 p.p. t/t).

Além disso, o resultado financeiro foi positivo em R$ 436 milhões (revertendo os R$ 44 milhões negativos do 1T24), beneficiado pelo aumento das receitas financeiras provenientes de hedge de preço de minério e pela desvalorização cambial. Na última linha, a empresa reportou lucro líquido R$ 1,5 bilhão (+170% t/t), o maior resultado desde o 2T21.

Empresa reportou avanço tanto no resultado operacional como financeiro

O capex foi de R$ 407 milhões (ante R$ 253 milhões no 1T24) e inclui a parcela destinada aos projetos de expansão, de R$ 106 milhões, que embora tenha avançado significativamente em relação aos R$ 42 milhões desembolsados no 1T24, ainda reflete um ritmo lento na execução dos projetos de expansão. A companhia reiterou sua estimativa de investimentos para 2024, de R$ 2 bilhões, o que, para ser atingida, demandaria uma forte aceleração dos desembolsos no 2S24, já que estes somaram R$ 660 milhões no 1S24. Além disso, em teleconferência para apresentação do resultado do 2T24, a companhia afirmou que há discussões sobre alguns fatores que poderiam gerar um novo atraso ao cronograma, bem como sobre iniciativas para limitar uma mudança relevante nos prazos estimados atualmente, mas que ainda não houve conclusão e uma nova atualização poderá ser divulgada no CMIN Day no final do ano.

Papéis CMIN3 seguem com elevada volatilidade mas tiveram forte alta em reação ao bom resultado reportado no 2T24

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