conglomerados de prédio em fundo azul

Empresa da Cosan, Moove faz pedido para IPO na Bolsa de Nova York

Publicado por: Broadcast Exclusivo

conteúdo de tipo Leitura3 minutos

Atualizado em

01/10/2024 às 17:19

Por Aline Bronzati, do Broadcast

São Paulo, 01/10/2024 - A Moove, empresa do grupo Cosan que opera com a fabricação e venda de lubrificantes, lançou nesta terça-feira as condições para se listar na Bolsa de Nova York (Nyse), nos Estados Unidos, apoiada pela fundo europeu CVC Capital Partners. A oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) pode avaliar a empresa entre R$ 10 bilhões e R$ 11 bilhões (US$ 1,9 bilhão) e quebrar um jejum de três anos sem aberturas de capitais em Wall Street.

A Moove e os seus acionistas esperam precificar o IPO no intervalo de preço de** US$ 14,50 a US$ 17,50, com a oferta de 25 milhões de ações ordinárias**. No topo da faixa indicativa de preço, a empresa pode levantar até US$ 503,125 milhões, considerando o lote adicional de 3,750 milhões.

As informações constam no documento enviado hoje à Securities and Exchange Commission (SEC), que regula o mercado de ações americano, duas semanas após a empresa anunciar a sua intenção de se listar na Nyse.

A Moove é uma das cotadas para reabrir o mercado para IPOs brasileiros nos EUA, fechado desde 2021, quando o Nubank listou as suas ações. Além dela, a Brazil Potash, uma empresa sediada no Canadá que detém 100% da Brasil Potássio, também entrou com pedido na SEC para um IPO na Nyse, em agosto.

Profissionais de bancos de investimento esperam que o início da queda dos juros no país pavimentem o caminho para uma retomada mais vigorosa dos IPOs em Wall Street e também no Brasil. A visão é a de que após três anos sem ofertas, há uma fila de bons nomes para vir a mercado, embora o perfil seletivo dos investidores deva restringir o acesso a companhias com bom histórico.

A gestora de private equity CVC adquiriu uma participação de 30% na Moove por US$ 588,6 milhões em 2019. A empresa informa ainda que após a oferta, a Cosan permanecerá como acionista controlador, com 60,4% do seu capital social.

Prospecto preliminar

O objetivo da oferta é levantar recursos para novos investimentos, capital de giro e aquisições, conforme o prospecto da operação. A Moove diz, contudo, que não tem acordos ou compromissos de aquisições ou investimentos materiais neste momento.

Os bancos JPMorgan, BofA Securities, Citi, Itaú BBA, BTG Pactual e Santander serão os coordenadores globais da oferta. Goldman Sachs, Jefferies e Morgan Stanley também atuam na operação.

A fabricante de lubrificantes informa no prospecto à SEC que teve receita de R$ 5 bilhões nos seis primeiros meses deste ano, uma queda de 1,6% ante igual intervalo do ano passado. Por sua vez, o lucro líquido foi de R$ 237,6 milhões no período, revertendo o prejuízo de R$ 58,4 milhões de um ano antes. Já o seu Ebitda ajustado totalizou R$ 690,2 milhões no primeiro semestre, alta de 9,0% em um ano, conforme o documento.

"Operamos um mercado complexo e dinâmico e que é crítico para os nossos clientes nas áreas industrial, comercial e de consumo", diz a companhia, no prospecto. A Moove nasceu da compra dos ativos de lubrificantes da ExxonMobil pela Cosan em 2008. A empresa ainda mantém o que chama de uma "aliança estratégica" com a petrolífera americana.

O UBS BB destaca os bons números da Moove em relatório recente. Melhores estratégias comerciais e de fornecimento levaram à expansão nas margens operacionais, enquanto os volumes ficaram relativamente estáveis no segundo trimestre, conforme o banco.

Quer dar uma nota para este conteúdo?

Falar com o assistente virtual do BB no WhatsApp
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência e personalizar os conteúdos de acordo com a nossa Política de Privacidade.