BB: Inadimplência (90 dias) é de 3,0% no 2tri24, alta de 0,27 p.p. em 12 meses
Publicado por: Broadcast Notícias
4 minutos
Atualizado em
08/08/2024 às 09:20
Por Matheus Piovesana e Cícero Cotrim
A inadimplência da carteira de crédito do Banco do Brasil foi de 3,0% no segundo trimestre deste ano, alta de 0,27 ponto porcentual (p.p.) na comparação com o mesmo período do ano anterior. Na comparação com o primeiro trimestre, houve alta de 0,10 p.p.. Os números consideram os atrasos acima de 90 dias.
No balanço, o BB afirma que seu índice de inadimplência está abaixo do Sistema Financeiro Nacional (SFN), que atingiu 3,20% em junho - uma queda de 0,30 p.p. frente ao mesmo período de 2023.
Na carteira de crédito destinada a pessoas físicas, a inadimplência era de 4,81%, uma retração de 0,46 p.p. frente ao segundo trimestre de 2023. Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, a inadimplência para esse segmento cresceu 0,04 ponto.
A redução da inadimplência na carteira para pessoas físicas foi puxada pelo cartão de crédito, cuja inadimplência caiu 2,28 p.p. em um ano, de 9,23% para 6,95%. Segundo o BB, isso reflete uma série de medidas adotadas nos últimos anos, com 79,7% do volume financeiro da carteira de cartão de crédito PF concentrado nas modalidades à vista e de parcelado sem juros.
A carteira de pessoas jurídicas tinha inadimplência de 3,38%, alta de 0,80 p.p. no comparativo anual. Neste período, a inadimplência em recebíveis cresceu 0,43 p.p. (3,02% para 3,45%); a de capital de giro passou de 1,90% para 2,85%; e a de investimento subiu de 0,66% para 0,83%.
Já na carteira destinada ao agronegócio, o índice de inadimplência estava em 1,32% no fim de junho, um aumento de 0,74 p.p. em um ano. O banco afirma que o resultado foi "impactado por questões conjunturais que afetaram o fluxo de caixa do produtor rural, que atuam principalmente na cultura da soja." O BB o maior banco no crédito ao agronegócio no País.
Em outro indicador de qualidade da carteira, a nota das operações, houve uma piora na média. A proporção de nota de crédito AA - a mais alta, de acordo com as normas do Banco Central - na carteira aumentou de 58,1% para 60,4% em um ano. Mas a proporção agrupada entre AA e C diminuiu de 92,2% para 91,8%, enquanto a razão que estava nos níveis entre D e H, de menor qualidade, aumentou de 7,8% para 8,2%.
Contato: matheus.piovesana@estadao.com e cicero.cotrim@estadao.com
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