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Mercado

Taesa (TAEE11) 1T24: IGP-M e eventos não recorrentes anulam benefício da expansão

BB analisa resultados do 1o TRI 24: A Taesa divulgou ontem (8/5), após o fechamento do mercado, seu resultado referente ao 1T24, levemente negativo em nossa visão, em função do impacto da deflação acumulada pelo IGP-M sobre parte de sua receita a partir de julho de 2023 e outros eventos não recorrentes que anularam os benefícios da expansão recente.

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Leitura3 minutos

Atualizado em

09/05/2024 às 13:35


Em 29 de abril, a proposta do conselho de administração para distribuição de dividendos adicionais de R$ 390,3 milhões ou R$ 1,13 por unit, equivalente a 3,2% de retorno sobre o último fechamento, foi aprovada em AGO e serão pagos em 16 de maio, com base na posição acionária de 3/5. E ontem, junto à divulgação do resultado do 1T24, foi aprovado pelo conselho a distribuição de JCP no montante de R$ 144,9 milhões ou R$ 0,42 por unit, com pagamento em 27/6, com base na posição acionária de 13/5, equivalente ao retorno de 1,2% sobre o último fechamento.

A receita regulatória consolidada veio em R$ 584 milhões no 1T24 (-2,4% a/a), sofrendo impacto (i) de maior PV devido a um problema na sustentação de cabos numa das torres de Janaúba que provocou indisponibilidade em janeiro mas que pode ser compensado no futuro, (ii) do reajuste negativo pelo IGP-M em -4,4% sobre parte de suas concessões a partir de julho e (iii) da queda de 50% da RAP da ATE III, que anularam os benefícios da expansão com o início operacional de Saíra e de novas fases de Sant’Ana e o reajuste positivo pelo IPCA sobre parte da receita.

Os custos e despesas operacionais apresentaram forte alta na comparação anual, em descompasso com a dinâmica da receita devido a eventos não recorrentes no valor de R$ 10,1 milhões. O total de custos e despesas operacionais ex-depreciação somaram R$ 99 milhões no 1T24 (+29,8% a/a), puxados pelos custos com pessoal em função de (i) pagamento de PLR superior ao provisionado, (ii) reajuste salarial anual e (iii) início operacional de Saíra, e por serviços de terceiros e outros que foram pressionados por baixa de ativos já prevista em Sant’Ana e maiores serviços de limpeza, conservação e viagens.

Com o impacto da deflação do IGP-M sobre a receita e da alta nos custos e despesas operacionais, o EBITDA consolidado apresentou queda de 7,1% na comparação anual, vindo em R$ 485 milhões no 1T24, com perda de 4,2 pontos percentuais em relação ao 1T23.

Por outro lado, o resultado de equivalência patrimonial contribuiu positivamente mais uma vez, somando R$ 108 milhões ao resultado do 1T24, favorecido pelo benefício fiscal SUDENE em Aimorés e Paraguaçu e baixa de tributos diferidos com alteração de regime tributário de ETAU para lucro presumido, além do reajuste das RAPs pelo IPCA, compensando parte da receita reajustada pelo IGP-M.

O resultado financeiro também pesou no trimestre na comparação anual em função de maior endividamento com captações de debêntures. O resultado financeiro líquido ficou em -R$ 303,9 milhões no 1T24 (+7,9% a/a).

O lucro líquido regulatório foi R$ 193 milhões no 1T24, queda de 10% na comparação anual devido às dinâmicas negativas de receita e custos, mas parcialmente compensadas pela eficiência tributária gerada com a incorporação dos ativos ATE III, Sant’ Ana e Saíra no final de 2023 reduzindo em R$ 16 milhões o imposto de renda e a CSLL neste trimestre.

A dívida líquida consolidada da companhia encerrou 2023 em R$ 8,8 bilhões (+6,1% a/a), levemente acima do reportado um ano antes e no fim de 2023, elevando ligeiramente a alavancagem medida pela relação dívida líquida e EBITDA dos últimos 12 meses que ficou em 4,4 vezes.

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