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Spreads em queda? Confira a leitura dos dados mensais do mercado bancário de novembro

Recuo da inadimplência geral é o grande destaque, reforçando o clima incrementalmente positivo visto desde meados do ano.

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Leitura5 minutos

Atualizado em

24/05/2024 às 15:46


Dados do mercado de ações

O índice do setor financeiro (IFNC) operou acima do Ibovespa em novembro, diante de uma safra de balanços e perspectivas mais benignas. Nossas seleções figuram entre os melhores desempenhos. 

Dados Mensais

Os dados de crédito de setembro, divulgados pelo Bacen em 5/dezembro*, tiveram como destaques: (i) avanço da carteira de crédito SFN no comparativo mensal (+0,1%), puxado principalmente pela PF na modalidade Livre, que variou 0,7% na comparação mensal. No comparativo anual, vimos continuidade da desaceleração (+7,3%, ante +8,0% no mês anterior); (ii) ligeiro recuo da inadimplência geral (3,4% ante 3,5% em setembro), ainda que na modalidade livre tenhamos presenciado dinâmicas difusas, com PF estável e PJ avançando 10 bps; e (iii) queda de 90 pontos base no spread geral e de 30 pontos base no ICC, que atingiram 20,3%, e 22,1% respectivamente.

Leitura e perspectivas

Os dados de crédito do Bacen relativos a outubro trouxeram uma continuidade da atmosfera mais benigna capturada desde meados do ano, em especial com a provável inflexão da inadimplência na visão geral, ainda que a mesma continue avançando marginalmente nas modalidades Livre e PJ. Quanto ao crescimento do estoque de crédito, na variação anual vimos em outubro o atingimento da projeção atualizada tanto de Bacen quanto Febraban, que oscilam entre 7,3% e 7,4% para 2023, o que também deve marcar o patamar previsto de inflexão, já que para 2024 as projeções das duas entidades oscilam entre 8% e 8,5%. Também foi possível depreender no discurso dos bancos de nossa cobertura ao longo da temporada de balanços do 3T o retorno de certo apetite para impulso de carteira nos próximos períodos, tendo como principais catalisadores o processo de queda da Selic em andamento e a descompressão já sentida na inadimplência. Em nossa análise, para 2024, ainda que os riscos não estejam plenamente dissipados, estamos diante de uma atividade bancária rumo à normalização, com queda nos spreads compensada por maiores volumes e despesas com provisões menores, dado o mix mais conservador instalado nas safras mais recentes e o provável recuo na inadimplência.

Concessões e saldo

Concessões ajustadas sazonalmente avançam 1,9% a/a, evidenciando retomada de certo ímpeto. Saldo de crédito atinge R$ 5,59 trilhões, levando a proporção crédito/PIB a 51,6%, em predominante estabilidade.

Crescimento

A desaceleração do crédito, vista com mais força desde meados de 2022, já leva o crescimento no comparativo anual a 7,3%, atingindo antecipadamente a variação projetada pelo Bacen para 2023 (7,3%).

Inadimplência

Inadimplência geral (90 dias) recua enquanto sobre créditos livres denota estabilidade. Destaque positivo para Créditos Livres PF, no menor patamar desde dezembro de 22, desenhando declínio. PJ é a atual preocupação.

ICC e Spread geral

ICC começa a desenhar queda, com contribuição preponderante da modalidade livre. Já o spread geral arrefece no mês. Com a inflexão dos juros, devemos ver ambos em tendência de queda.

Provisões e cobertura

Nível de provisões e cobertura buscam gradualmente uma normalização, após o período de stress da pandemia.

Endividamento e Comprometimento de renda

O comprometimento de renda começa a desenhar um recuo mais firme após o atingimento do maior nível da série histórica em 2023. Endividamento recua marginalmente.

Endividamento e renegociações (composição)

Volume de renegociações mostra arrefecimento mensal, enquanto Inadimplência desta linha busca uma normalização após o recuo significativo nos últimos meses.

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 Este é um relatório público e foi produzido pelo BB-Banco de Investimento S.A. (“BB-BI”). As informações e opiniões aqui contidas foram consolidadas ou elaboradas com base em informações obtidas de fontes fidedignas e de boa-fé, tendo sido tomadas medidas razoáveis para assegurar sua exatidão no momento de publicação. Contudo, o BB-BI não garante que tais dados sejam totalmente isentos de distorções e não se compromete com a veracidade dessas informações. Todas as opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data presente e derivam do julgamento de nossos analistas de valores mobiliários (“analistas’), podendo ser alteradas a qualquer momento sem aviso prévio. O BB-BI não garante o lucro e não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas nesse material, que tem por finalidade apenas informar e servir como instrumento que auxilie a tomada de decisão de investimento, não devendo ser  interpretado como material promocional, recomendação, oferta ou solicitação de oferta para comprar ou vender quaisquer títulos e valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros. Investimentos nos mercados financeiros e de capitais estão sujeitos a riscos de perda superior ao capital investido. A rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura. Nos termos do art. 22 da Resolução CVM 20/2021, o BB-BI, em conjunto com o Conglomerado Banco do Brasil S.A. (“Grupo”), declaram que (i) podem ser remunerados por serviços prestados ou possuir relações comerciais com a(s) empresa(s) analisada(s) neste relatório ou com pessoa natural ou jurídica, fundo ou universalidade de direitos, que atue representando o mesmo interesse dessa(s) empresa(s); (ii) podem possuir participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% do capital social da(s) empresa(s) analisada(s), e poderão adquirir, alienar ou intermediar valores mobiliários da(s) empresa(s) no mercado. 

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