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Iniciando a colheita: confira análise do resultado da Simpar no 1T24

Segundo o BB Investimentos, a Simpar entregou no 1T24 um resultado positivo.

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Leitura5 minutos

Atualizado em

13/05/2024 às 13:52


A Simpar apresentou um resultado positivo no 1T24, em nossa opinião, impulsionada pelos bons resultados das principais empresas do grupo. Destaque para a receita bruta de R$ 10 bilhões (+23% a/a) e para o EBITDA Consolidado de R$ 2,4 bilhões (+22% a/a), com 75% tendo sido gerado por contratos de longo prazo, o que sugere maior resiliência e previsibilidade para os próximos trimestres. Além disso, o Capex Líquido de R$ 2,9 bilhões (-33% t/t) e o ROIC de 12,1% (2,8 p.p. e 0,1 p.p. acima do custo de capital de terceiros e do no nosso WACC calculado, respectivamente) também merecem menção. Pelo lado negativo, destacamos a ainda alta alavancagem de 3,8x Dívida Líquida / EBITDA UDM do grupo e a performance abaixo das expectativas da Automob, que teve margens impactadas pelos custos de integração com suas empresas recém adquiridas.

A Simpar tem reforçado que o momento de maior investimento nas empresas de seu portfólio já passou e que, daqui em diante, o foco será na extração de valor e geração de caixa, sem a necessidade de capital adicional, conduzindo a companhia naturalmente a uma trajetória orgânica de desalavancagem e maior retorno ao acionista. Em nossa leitura, não obstante os riscos envolvidos, os resultados do 1T24 apontam nessa direção e nos deixam otimistas para os trimestres à frente.

Movida. A Movida apresentou um resultado positivo no 1T24, em nossa opinião (confira análise aqui), com destaque para o segmento GTF, pilar principal da tese de investimento da companhia. Bons números no segmento Rent-a-Car (RAC) e, em especial, em Seminovos, também ajudaram o resultado. No consolidado, a companhia encerrou o trimestre com receita líquida de R$ 3,0 bilhões (+11,8% a/a), EBITDA de R$ 1,1 bilhão (+21,0% a/a), EBIT de R$ 612 milhões (+26% a/a) e lucro líquido de R$ 47 milhões (+131% a/a).

JSL. A JSL reportou receita líquida de R$ 2,1 bilhão (32% a/a), EBITDA ajustado de R$ 403 milhões (+32% a/a) e lucro líquido ajustado de R$ 49 milhões (+56% a/a), refletindo a combinação de crescimento orgânico e inorgânico da companhia. As aquisições realizadas em 2023 contribuíram para a ampliação da atuação em setores-chave, como e-commerce, químicos e agronegócio, e devem continuar avançando ao longo de 2024.

Vamos. A Vamos avançou para nível recorde no volume de ativos implantados, demonstrando forte desempenho do segmento de locação. Mas foi no segmento de Concessionárias que observamos maior destaque, com sinalização de melhora no ritmo de vendas de caminhões e de linha amarela. Por outro lado, a linha verde contribuiu pouco para o trimestre. A receita líquida foi de R$ 1,7 bilhão (+2,6% a/a), EBITDA de R$ 820 milhões (+24% a/a) e lucro líquido de R$ 183 milhões (+8,2% a/a).

As ações da Simpar acumulam variação de -35% em 2024 e de -22% em 12 meses, contra +18% e -4% do Ibovespa nos mesmos períodos, respectivamente. Investidores acompanham, principalmente, o desempenho da Movida, que passa por desafios na venda de seminovos, e da Vamos, na linha de concessionárias, embora o 1T24 já tenha demonstrado sinais positivos, acima de nossa expectativa e de consenso. As ações SIMH3 fecharam o pregão de sexta-feira praticamente de lado e hoje, no momento da confecção deste relatório, sobem 1,30%, indicando reação relativamente neutra do mercado.

Para os próximos trimestres, esperamos continuação dos bons resultados das companhias investidas e alívio no resultado financeiro, à medida que a holding reduza os níveis de alavancagem aliada à redução das taxas de juros. Por isso, mantemos recomendação de compra para SIMH3, com preço-alvo de R$ 9,60 para o final de 2024.

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