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Sanepar (SAPR11) 4T23: receita mantém dinâmica forte com maiores investimentos, positivo.

BB analisa resultados do 4o TRI 23: Consideramos os resultados do trimestre e consolidado de 2023 excelentes, mas já incorporados em nossa avaliação, em que estimamos o preço-alvo muito próximo ao preço atual das ações, e por isso, mantemos nossa recomendação neutra.

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Leitura3 minutos

Atualizado em

09/02/2024 às 16:58


A Sanepar divulgou seu resultado referente ao 4T23 e exercício de 2023 ontem (8/2), após o fechamento de mercado, trazendo mais uma vez (i) boa evolução em volumes faturados e impacto positivo do reajuste tarifário, (ii) dinâmica de custos e despesas também ainda favorável, com impacto positivo do novo plano de renegociação de créditos já dando bons frutos por todo o ano, mas neste trimestre sendo limitado por algumas linhas.

A receita líquida veio em R$ 1.697 milhões no 4T23, alta de 15% a/a, favorecida pelo reajuste tarifário de 8,23% em maio de 2023, bem como na expansão do volume faturado (+6,7% a/a em água e +9,0% a/a em esgoto) estimulado pelo clima, pela redução de perdas e pela expansão no número de ligações de água (+1,1% a/a) e de esgoto (+3,0% a/a) com os investimentos recentes. Em 2023 a receita somou R$ 6.292 milhões, em alta de 10,9% a/a, com crescimento anual do volume produzido de 3,4% em água e do volume coletado de esgoto em 7,5%.

Os custos e despesas operacionais excluindo depreciação e amortização somaram R$ 974 milhões no 4T23, montante 11,6% superior ao reportado um ano antes (4T22), em ritmo inferior ao crescimento da receita, porém mais forte que o reportado nos últimos trimestres. A alta foi puxada por energia elétrica e serviços de terceiros crescendo acima da receita e continuou sendo beneficiada pela gestão de créditos com o novo programa de parcelamento de dívida de clientes. Em 2023 o total de custos e despesas ex-D&A foi R$ 3.4 bilhões (+0,1% a/a), também favorecidos pela recuperação de créditos.

O EBITDA no 4T23 veio em R$ 722 milhões (+20,1% a/a) com margem EBITDA de 42,6% e somou R$ 2,8 bilhões em 2023 (+27,7% a/a), com margem EBITDA de 44,9%.

O resultado financeiro do 4T23 prejudicou o trimestre, vindo negativo em R$ 141 milhões (+111% a/a), com o impacto não recorrente R$ 87 milhões da extensão e uniformização de prazo de vencimento de 319 contratos de prestação de serviço realizado em outubro ajustando a contabilização do ativo financeiro. Em 2023 o resultado financeiro foi negativo em R$ 323 milhões (+33% a/a). Por fim, o lucro líquido no 4T23 foi de R$ 365 milhões, alta de 3,9% na comparação anual, somando R$ 1,5 bilhão em 2023, em alta de 30,6% na comparação anual.

O resultado reportado deu continuidade à tendência positiva apresentada nos últimos trimestres, que garantiram forte alta das ações no mercado, porém a dinâmica de custos e despesas neste trimestre foi menos benéfica, e ressaltamos que o momento positivo apresentado pela companhia já está contemplado em nossa avaliação, na qual estimamos o preço justo das units em R$ 27,50, próximo ao preço atual de mercado e portanto sem potencial de valorização, nos levando a manter nossa recomendação Neutra para os papéis.

Enxergamos espaço no balanço para maior distribuição de dividendos mesmo com o plano de investimentos robusto, o que inclusive levaria a um maior uso de capital de terceiros otimizando a estrutura de capital, com impacto positivo na taxa de desconto usada em nossa avaliação.

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