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Sanepar (SAPR11) 1T24: custos disparam e anulam crescimento da receita, mas EBITDA avança

BB analisa resultados do 1o TRI 24: Consideramos o resultado do trimestre positivo, com manutenção do crescimento de receita mas, por outro lado, houve forte avanço de custos e despesas, gerenciáveis e não gerenciáveis, incluindo PDD, algumas impactadas por eventos não recorrentes porém interrompendo a tendência recente de ganho de margens.

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Leitura3 minutos

Atualizado em

13/05/2024 às 14:15


A Sanepar divulgou seu resultado referente ao 1T24 ontem (9/5), após o fechamento de mercado, trazendo mais uma vez (i) boa evolução em volumes faturados e impacto positivo do reajuste tarifário, porém desta vez com os custos avançando ligeiramente acima da receita, interrompendo o movimento recente de expansão das margens de lucro.

A receita líquida veio em R$ 1.698 milhões no 1T24, alta de 16,8% a/a, favorecida pelo reajuste tarifário de 8,23% em maio de 2023, bem como na expansão do volume faturado (+7,9% a/a em água e +9,3% a/a em esgoto) estimulado pelo clima quente e pela expansão no número de ligações de água (+0,9% a/a) e de esgoto (+2,8% a/a) com os investimentos recentes.

Os custos e despesas operacionais excluindo depreciação e amortização somaram R$ 923 milhões no 1T24, montante 16,9% superior ao reportado um ano antes (1T23), em linha com o ritmo de crescimento da receita, interrompendo a tendência recente de custos avançando menos que a receita, desta vez sendo pressionado nas linhas de pessoal, serviço de terceiros e energia elétrica, que cresceram acima da receita, em função de pagamento de indenizações trabalhistas de R$ 69 milhões e maiores custos de manutenção de redes e de serviços de cobrança. Houve piora ainda na PDD, na comparação anual, mas principalmente devido à base comparativa forte, que contou com reversão de provisão no 1T23 com o novo programa de parcelamento de dívida de clientes. Esses efeitos anularam a redução de 5% em custos com materiais.

O EBITDA do 1T24 veio em R$ 774 milhões (+16,6% a/a), em alta ligeiramente abaixo a da receita e com margem EBITDA de 45,6%, mostrando estabilidade na comparação anual (-7 bps).

O resultado financeiro do 1T24 contribuiu positivamente para a comparação anual, vindo negativo em R$ 74,5 milhões, apenas 5% superior ao reportado um ano antes, favorecido por maior receita com juros de clientes em atraso que compensou maior despesa financeira decorrente de maior endividamento bruto.

Por fim, o lucro líquido no 1T24 foi de R$ 379 milhões, alta de 18,7% na comparação anual, beneficiado pelo resultado financeiro e portanto crescendo acima da receita.

O resultado reportado mostrou continuidade à tendência positiva de expansão da receita mas interrompeu o movimento de custos e despesas decrescentes visto nos últimos trimestres. Mantemos nossa recomendação neutra e nosso preço alvo para as units em R$ 27,50, mas enxergamos possibilidade de aumento na distribuição de dividendos, frente a baixa alavancagem de 1,5 x medida pela relação entre dívida líquida e EBITDA dos últimos 12 meses.

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