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Economia

Reunião do Copom tem apostas variando entre corte de 0,5 pp ou 0,25 pp

Publicado por: Broadcast Exclusivo

conteúdo de tipo Leitura3 minutos

Atualizado em

07/05/2024 às 12:22

Por Daniel Tozzi Mendes, Marianna Gualter, Luana Pavani e Gabriela Jucá, do Broadcast

Os dados abaixo do esperado do relatório de empregos dos Estados Unidos ajudaram a consolidar a queda dos juros negociados no mercado futuro nesta sexta-feira (03). O dado externo junto com o resultado também abaixo do esperado da produção industrial brasileira foi interpretada por parte dos analistas como sinal de arrefecimento econômico. Isso mostra que as taxas de juros em ambos os países, EUA e Brasil, tendem a cair, para poder reavivar a economia daqui em diante. Para usar o jargão do mercado, os indicadores apresentados no encerramento desta semana praticamente autorizam os bancos centrais a manter postura "dovish" (baixista) em suas políticas monetárias.

A curva de juros no mercado local nesta tarde mostra um aumento da aposta em um corte de 50 ponto porcentual na taxa Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, dia 8 de maio. Apesar da elevação, a aposta em um corte de 0,25 ponto porcentual segue majoritária, de acordo com levantamento do Projeções Broadcast .

A aposta de 0,25 pp, que era minoritária há duas semanas, agora está no cenário-base de 25 de 45 casas consultadas, portanto, a maioria, com 55%. Essa proporção era de 12% em pesquisa realizada no último dia 18 de abril.

A mediana para a Selic no fim do atual ciclo de cortes subiu de 9,50% para 9,75%, em comparação a pesquisa realizada no dia 18 de abril. A mediana para a Selic no fim de 2024 também subiu, de 9,5% para 9,75%.

  • A mediana para 2025 permaneceu estável em 9,00%. Entre 41 casas que enviaram estimativas, 27 (66%) veem a Selic ao final de 2025 menor do que no final do atual ciclo de cortes.

O Copom divulga a sua decisão de juros na próxima quarta-feira, 8, a partir das 18h30.

A percepção de que o Federal Reserve (Fed) pode deixar para cortar os juros nos EUA apenas uma vez este ano, provavelmente em setembro, e as declarações recentes do presidente do BC, Roberto Campos Neto, sobre o aumento das incertezas do cenário fomentaram no mercado a interpretação de que a autoridade monetária vai abandonar o plano de voo comunicado em março, de redução de 0,50 pp.

Leia também: Como a decisão de juros nos EUA pelo Fed impacta seus investimentos?

O aumento da incerteza também foi incorporado ao cenário da Pezco, mas com uma interpretação diferente dos próximos passos do BC. Para o economista Helcio Takeda, o Copom ainda deve realizar um corte de 0,50 ponto em maio, mas agora essa deve ser a última redução do ciclo. Antes, Takeda estimava cortes até setembro, com Selic terminal de 9,0%.

A mudança, afirma, refletiu a deterioração de três fatores: a percepção do cenário internacional, a política fiscal doméstica e as expectativas de inflação.

"Diante do discurso do Banco Central de que há um aumento das incertezas, um desafio maior na desinflação adicional para convergir à meta, parece ser prudente pausar e avaliar", afirma o economista, que acrescenta que a atividade econômica e, especialmente, o mercado de trabalho tem apresentado um desempenho mais forte do que o esperado.

Para o BB, o cenário mais provável é de um corte de 25bps, o que levará a Selic para 10,50% ao ano. "Importante ficarmos atentos também aos indicadores de inflação, nacionais e internacionais, assim como em possíveis resoluções para os conflitos geopolíticos, o que pode despressurizar os mercados", diz o especialista em estratégia de alocação do BB, Yuri Storch.

Confira o relatório completo aqui

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