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Mercado

Renda fixa e crédito privado: relatório quinzenal (27/05/24)

O BB-BI analisa os principais indicadores que impactam as decisões de investimento em renda fixa e crédito privado.

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Leitura6 minutos

Atualizado em

27/05/2024 às 10:44


Panorama econômico

A instabilidade do cenário econômico internacional continua se refletindo no preço dos ativos domésticos. No início da semana passada, falas dos dirigentes do Fed em relação à melhora da dinâmica de inflação nos EUA contribuíram para o recuo dos yields, mas, na última quarta-feira, a divulgação da ata da reunião do Fomc, que ocorreu nos dias 30 de abril e 1º de maio, trouxe um tom mais duro diante da opinião de alguns dirigentes que se mostraram dispostos a elevar os juros da economia americana, caso seja necessário, aumentando a pressão sobre os prêmios de risco globais e repercutindo diretamente nos juros futuros brasileiros.

No Brasil, o Boletim Focus divulgado em 20/05 mostrou revisões pessimistas do mercado, com a piora das expectativas para a taxa Selic ao final de 2024 (que passou de 9,75% para 10,0%) e para a inflação em 2024 e 2025, ambas com elevação, refletindo a desancoragem e o ambiente de maior incerteza em relação aos próximos passos da política monetária.

Curva de juros

Na última semana, a curva de juros nominal brasileira teve abertura de prêmios em toda a sua extensão, refletindo a deterioração das expectativas do mercado para indicadores do mercado doméstico, evidenciada no Boletim Focus, além dos impactos do cenário externo, especialmente relacionados às incertezas quanto ao momento e a velocidade que ocorrerão os cortes de juros nos EUA.

A curva de DI futuro precifica, neste momento (em 23/05), uma taxa Selic de 10,39% para dez/2024, 10,75% para dez/25 e 11,08% para dez/26, este último bem acima da mediana das expectativas do mercado (que espera 9,0% para a taxa terminal tanto para 2025 quanto para 2026). A desancoragem das expectativas de inflação foi o fator predominante para elevação substancial dos prêmios na curva de juros e, considerando o balanço atual de risco versus retorno, enxergamos alocações com durations curtas mais atrativas, inclusive de ativos indexados à inflação, dado que toda a curva real de juros segue acima dos 6,0% a.a.

Índices de Debêntures da Anbima - IDA

Os papéis atrelados ao IPCA, como os que compõem as carteiras teóricas do IMA-B e do IDA IPCA, são os destaques de desempenho no mês de maio até o momento, acompanhando o fechamento nos prazos curtos e médios da curva de juros reais.

Evolução de desempenho

O IMA-B, carteira teórica que espelha títulos indexados ao IPCA, teve o melhor desempenho em maio até o momento, acompanhando o fechamento da curva de juros reais em comparação ao mês anterior, especialmente nos vértices mais curtos – em linha com a maior concentração de papéis com prazo médio de até 5 anos na composição do índice. Neste contexto, o IDA IPCA também se destaca no acumulado do mês, com avanço de 1,29%.

Nos últimos 12 meses, todos os Índices de Debêntures da Anbima superam o desempenho dos índices atrelados aos títulos públicos, reforçando nossa opinião de que o carregamento de uma cesta de papéis privados segue atrativa, desde que considerado a melhor avaliação de risco vs retorno na seleção de emissores.

Vale a pena mencionar que o IDA e seus subíndices são compostos por debêntures que possuam (i) volume igual ou superior a R$ 100 milhões, (ii) classificação de risco (rating) mínima de BBB (investment grade), e (ii) que estejam em dia com os pagamentos das parcelas de fluxo de caixa.

O IDA-DI, que espelha uma carteira composta de debêntures indexadas ao CDI, permanece com o melhor retorno ajustado ao risco no acumulado do ano e nos últimos 12 meses, enquanto as carteiras de maior duration, como o IMA-B 5+, seguem pressionadas pela volatilidade da curva de juros.

Disclaimer

Este é um relatório público e foi produzido pelo BB-Banco de Investimento S.A. (“BB-BI”). As informações e opiniões aqui contidas foram consolidadas ou elaboradas com base em informações obtidas de fontes fidedignas e de boa-fé, tendo sido tomadas medidas razoáveis para assegurar sua exatidão no momento de publicação. Contudo, o BB-BI não garante que tais dados sejam totalmente isentos de distorções e não se compromete com a veracidade dessas informações. Todas as opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data presente e derivam do julgamento de nossos analistas de valores mobiliários (“analistas’), podendo ser alteradas a qualquer momento sem aviso prévio. O BB-BI não garante o lucro e não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas nesse material, que tem por finalidade apenas informar e servir como instrumento que auxilie a tomada de decisão de investimento, não devendo ser interpretado como material promocional, recomendação, oferta ou solicitação de oferta para comprar ou vender quaisquer títulos e valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros. Investimentos nos mercados financeiros e de capitais estão sujeitos a riscos de perda superior ao capital investido. A rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura. Nos termos do art. 22 da Resolução CVM 20/2021, o BB-BI, em conjunto com o Conglomerado Banco do Brasil S.A. (“Grupo”), declaram que (i) podem ser remunerados por serviços prestados ou possuir relações comerciais com a(s) empresa(s) analisada(s) neste relatório ou com pessoa natural ou jurídica, fundo ou universalidade de direitos, que atue representando o mesmo interesse dessa(s) empresa(s); (ii) podem possuir participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% do capital social da(s) empresa(s) analisada(s), e poderão adquirir, alienar ou intermediar valores mobiliários da(s) empresa(s) no mercado.

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