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Rede D'Or (RDOR3) 1T24: resultados fortes e tendências positivas

Maior faturamento histórico trimestral na unidade de negócios hospitalares e melhora na sinistralidade da SulAmérica

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Leitura5 minutos

Atualizado em

07/05/2024 às 14:26


A Rede D’Or apresentou, em nossa opinião, um resultado positivo no 1T24. Reportando o maior faturamento histórico trimestral na unidade de negócios hospitalares e uma melhora sucessiva na sinistralidade da SulAmérica, o lucro líquido consolidado de R$ 840,3 milhões foi 176,6% superior ao mesmo trimestre do ano anterior. O prazo médio de recebimento, que apontamos como alerta no último trimestre, recuou para 124 dias (6 dias a menos t/t), quebrando a sequência de elevações e aliviando a pressão sobre o capital de giro, junto com a redução no prazo médio de estoque e um pequeno aumento no prazo médio de pagamento.

No segmento de hospitais, oncologia e outros serviços, o EBITDA e a margem EBITDA apresentaram evolução de 13,7% e 1,3 p.p., respectivamente, em relação ao mesmo período do ano anterior. A taxa média de ocupação de 79,7% no 1T24 representa um aumento de 1,2 p.p. no comparativo anual, mesmo com o incremento de 267 leitos no período.

Na SulAmérica, os ajustes de preços das carteiras refletiram no avanço da receita líquida, que totalizou R$ 7,2 bilhões (+12,0% a/a), e na queda sequencial de 2,6 p.p. na sinistralidade, que atingiu 82,5%.

Reiteramos nossa recomendação de compra para RDOR3 e o preço-alvo de R$ 34,00 para o final de 2024, baseada na (i) apresentação de resultados operacionais consistentes, com perspectivas positivas, (ii) validada capacidade de crescimento inorgânico na integração de aquisições e (iii) sua posição de liderança de mercado no setor hospitalar privado, com ampla infraestrutura e em constante expansão.

Destaques operacionais e financeiros

Rede D´Or

SulAmérica

Consolidado

A Rede D’Or ampliou o número de leitos operacionais, que ao final do 1T24 totalizavam 9.729, com 267 leitos a mais que o registrado no final do mesmo período do ano anterior, e incremento de 131 em relação ao final de 2023. O volume de atendimentos também avançou, com aumento de 4,7% nas diárias de internação (paciente-dia) e pequeno incremento na quantidade de cirurgias e infusões de tratamentos oncológicos. A taxa de ocupação atingiu 79,7% (+1,2 p.p. a/a e +3,3 p.p. t/t).

Na esteira do maior faturamento trimestral da companhia, a receita líquida da operação de hospitais, oncologia e outros serviços atingiu R$ 6,6 bilhões no trimestre, crescimento de 7,6% a/a, impulsionada pelo avanço de 3,5% do ticket médio. O aumento de custos com serviço hospitalar abaixo da receita líquida permitiu o ganho de 0,9 p.p. a/a na margem bruta, que foi de 23,9%. Em relação às despesas gerais e administrativas, a reversão de provisões judicias, em decorrência da revisão da probabilidade de perda, resultou em uma redução de 5,2% na comparação anual, que se excluída, teria registrado uma alta de 19,2%.

Como resultado, o EBITDA das operações de serviços hospitalares totalizou R$ 1,6 bilhão, crescimento de 13,7% a/a, com margem de 25,1% (+1,3 p.p. a/a).

Com relação à SulAmérica, a receita líquida alcançou R$ 7,2 bilhões no trimestre (+12 % a/a), e avanços significativos foram observados no EBITDA, que chegou a R$ 252 milhões, revertendo o resultado negativo de R$ 111,9 milhões no 1T23. O EBITDA ajustado pelo resultado financeiro dos ativos vinculados totalizou R$ 477,8 milhões, ante R$ 118,2 milhões no 1T23.

Em razão da continuidade do processo de aplicação de reajustes de preços, o total de beneficiários de saúde e odonto teve uma pequena redução de 0,9% na comparação anual, e nova evolução sequencial da sinistralidade consolidada foi observada, registrando 82,5% (-6,1 p.p. a/a e -2,6 p.p. t/t), em virtude também da intensificação de esforços na gestão de sinistros.

Em relação aos números consolidados (Rede D’Or + SulAmérica), a receita líquida totalizou R$ 12,4 bilhões, o EBITDA ajustado atingiu R$ 2,2 bilhões, com margem de 17,6%, e o lucro líquido foi de R$ 840,3 milhões.

A companhia encerrou o trimestre com uma dívida líquida (excluindo as provisões técnicas de seguros) de R$ 17,5 bilhões e alavancagem financeira, medida pelo indicador dívida líquida/EBITDA ajustado, em 2,2x, redução de 0,5x em relação ao 1T23, e 0,1x em relação ao trimestre anterior. O prazo médio e o custo da dívida permaneceram estáveis em 5,4 anos e CDI+1,1 % a.a., respectivamente.

Desempenho das ações

Após o impacto das elevações nas taxas de juros de longo prazo no início de abril, assim como observado nas demais empresas mais alavancadas e com perfil de crescimento no longo prazo, as ações RDOR3 se recuperaram na segunda quinzena, também beneficiadas pela elevação de recomendação de outros analistas do mercado, com expectativas de expansão das margens e melhora de rentabilidade na SulAmérica.

No pregão de hoje (7), após a divulgação do resultado, as ações chegaram a apresentar alta superior a 10% diante da percepção positiva do mercado em relação aos dados apresentados, revertendo o retorno negativo que acumulava no ano.

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