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Que tipo de investidor é você

Profissional ou varejo? Moderado ou arriscado? Conheça as diferentes categorias de investidor

Publicado por: Broadcast Exclusivo

conteúdo de tipo Leitura8 minutos

Atualizado em

14/06/2024 às 13:16

Por Luana Pavani, do Broadcast

Varejo, qualificado, profissional, institucional, vinculado: estes são os tipos de investidores que as empresas procuram atrair para suas ofertas de ações, debêntures ou outros títulos de dívida corporativa. Já os bancos e corretoras distribuem seus fundos de investimentos e outros produtos conforme o perfil dos clientes, se conservador, moderado ou arrojado. Todas essas classificações ajudam a tornar o mercado financeiro mais seguro, com ofertas mais adequadas à renda disponível para aplicações e ao tipo de risco que o investidor está disposto a correr.

Quando um ativo é colocado no mercado, seus emissores têm já desenhado o tipo de investidor que esperam atrair. As instituições financeiras selecionadas para distribuir esse produto também vão selecionar os clientes que possam ter interesse naquela oferta. Essa análise envolve o patrimônio do investidor, sua propensão a risco e sua relação com a empresa emissora - se já é acionista ou funcionário, por exemplo.

Vamos às classificações mais comuns de investidor:

Investidor de varejo

Varejo é um jargão no mercado financeiro para se referir à pessoa física. Por exemplo, tem banco de varejo, que lida com correntistas, e banco de atacado, que atende somente empresas.

Nos prospectos de ofertas de ações, normalmente aparece a menção a "oferta de varejo". É uma parte das ações destinadas ao público pessoa física, o investidor individual, que pode fazer sua reserva a partir de um determinado valor, ali na casa de alguns mil reais.

Investidor qualificado

Quem já tem um patrimônio investido de R$ 1 milhão muda de categoria: é o investidor qualificado.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) define, na Instrução 554, que pode ser pessoa natural ou jurídica, que possua investimento em valor superior a
R$ 1.000.000,00. Mas não é só isso. O investidor qualificado precisa atestar por escrito sua condição, ou seja, assinar uma declaração como tal.

Também estão contemplados nessa categoria pessoas que possuam qualificação técnica ou certificações aprovadas pela CVM como agente autônomo de investimento, administrador de carteira, analista ou consultores financeiro em relação a seus recursos próprios; e clubes de investimento geridos por investidores qualificados.

Investidor profissional

Um investidor, pessoa física ou jurídica, que possua mais de R$ 10 milhões em investimentos pode ser chamado de profissional. Porém, essa categoria é mais relacionada a instituições financeiras. São bancos, corretoras, fundos de investimento, seguradoras, entidades de previdência complementar.

Muitas ofertas de ações e debêntures vão a mercado exclusivamente para investidores profissionais, em distribuições denominadas de "esforços restritos". Nestas, não há participação de varejo.

Investidor vinculado

Outro tipo de investidor para o qual é reservada uma determinada quantia de títulos nas ofertas de dívida corporativa é para pessoas vinculadas. São funcionários da empresa patrocinadora ou de outra empresa integrante do mesmo grupo econômico, bem como uma pessoa ligada às instituições intermediárias. Por exemplo, um diretor que queira participar do quadro societário tem direito a fazer sua reserva de ações antes dos demais.

Perfis de risco

Seja qual for o volume que você está disposto a investir, o aplicativo do seu banco ou corretora vai te pedir para preencher um questionário de perfil de risco. É o chamado suitability , termo em inglês que se refere ao processo de adequação do investimento ao perfil de cada investidor.

Conservador, moderado, arrojado ou agressivo? Descubra seu perfil de investidor

O preenchimento é livre, de modo que a pessoa pode eventualmente dizer que aceita tomar mais risco do que efetivamente consegue lidar. Não há punição determinada pela CVM para um investidor que preencha a declaração como "qualificado" mas não tenha efetivamente R$ 1 milhão aplicados. A questão é que qualquer recomendação de investimento realizada a um cliente específico sem a adequada identificação do seu perfil ou em desacordo com ele pode ser caracterizada como uma irregularidade.

Os intermediários não podem recomendar produtos ou serviços que não sejam adequados ao perfil do cliente. No entanto, todo investidor é livre aplicar como quiser. "Nesse processo é fundamental que o investidor sempre exija a identificação do seu perfil e responda ao formulário de identificação do perfil com seriedade e franqueza, de maneira que as informações representem adequadamente a sua realidade em termos de objetivos, conhecimento e situação financeira", recomenda o Guia CVM Suitability.

Do lado do banco, é preciso alertar sobre todos os riscos, mas se o investidor, após tomar conhecimento deles, ainda quiser seguir com a operação, terá que firmar declaração junto ao intermediário de que está ciente que o produto não é adequado ao seu perfil.

Vale lembrar que a avaliação de perfil de investimento envolve não apenas o montante, mas outros aspectos importantes como objetivos de investimento, sua situação financeira e seu conhecimento sobre os riscos relacionados aos produtos e operações.

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