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Petrobras (PETR4): Sem surpresas nos dados de Produção e Vendas 1T24
Especialista Daniel Cobucci, do BB Investimentos, analisa os dados de produção e vendas da Petrobras no 1o trimestre 2024
Publicado por: Análise BB
5 minutos
Atualizado em
13/05/2024 às 14:30
O desempenho operacional da Petrobras no 1T24 não trouxe grandes surpresas, com crescimento na produção e no aumento da capacidade de utilização do refino em bases anuais, mas com números mais fracos na comparação trimestral, devido à sazonalidade e paradas programadas de manutenção. O destaque negativo ficou por conta dos números do segmento de gás e energia, segmento usualmente mais volátil e afetado por condições climáticas e de demanda no segmento energético.
O resultado financeiro do 1T24, a ser divulgado no dia 13/05, deve vir sem grandes oscilações, vide os dados operacionais em linha com as expectativas e pequenas variações no 1T24 em câmbio (+0,9% t/t) e no petróleo do tipo Brent (-1,5% t/t).
Divulgamos ontem (29) uma revisão de preço com análise detalhada sobre três temas centrais para compreender a Petrobras: “Financeiro, petróleo e dividendos”, “Operacional e investimentos” e, por fim, “Novas fronteiras exploratórias e interesses dos stakeholders”. O novo preço alvo é de R$ 47,00 para 2024, mantendo a recomendação compra e você pode ler o texto na íntegra aqui
A produção total de óleo e gás natural atingiu 2,742 MMboed,+3,9% a/a, puxada pelo aumento de 9,1% a/a na produção no pré-sal. Colaborou para o crescimento o ramp up das novas plataformas, FPSOs Almirante Barroso, Anna Nery, Anita Garibaldi e Sepetiba, além de novos poços complementares nas Bacias de Campos e Santos. Na comparação trimestral, houve queda de 5,5%, em função de paradas programadas e manutenções, além do declínio natural de campos maduros.
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No segmento RTC (refino, transporte e comercialização), houve redução de 2 p.b. no fator de utilização das refinarias ante o 4T23, mas se mantendo em ritmo forte, em 92%, 7 p.b. acima do mesmo período no ano anterior. Com isso, vemos aumento de 6,1% a/a na produção de derivados e redução de 2,5% na comparação trimestral, dada a sazonalidade no consumo, com o quarto trimestre sendo usualmente mais forte. Em relação às vendas, houve um declínio de 4,9% t/t e de 2,9% a/a, com destaque para reduções nas vendas de diesel e de gasolina, impactados pela demanda e pela competividade de alternativas: produto importado no caso do diesel e etanol no caso da gasolina. Os preços do biocombustível no mercado doméstico têm favorecido seu consumo e vêm afetando a demanda por gasolina, conforme apontamos em nossos relatórios setoriais.
No segmento de Gás e Energias de Baixo Carbono, houve redução de 28,3% a/a na venda de disponibilidade térmica em leilão, dado o encerramento de contratos. Já a venda de energia elétrica recuou 41,8%, devido à recuperação do nível dos reservatórios durante o período de chuvas. A de intervenção programada na Rota 1 (Plataforma de Mexilhão) realizada ao longo do mês de março impactou negativamente a entrega de gás nacional, reduzido em 2 milhões de m³/dia t/t, compensada com importação de gás da Bolívia e de GNL.
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PETR3 vs PETR4 vs IBOV
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