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Onde investir

Onde investir em abril?

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Leitura6 minutos

Atualizado em

03/05/2024 às 14:22


Enquanto está todo mundo falando de Bitcoin e inteligência artificial, uma commodity muito conhecida dos brasileiros, mas pouco lembrada no mercado, está superando (e muito!) outros investimentos mais da moda. Não é à toa que o ovo de Páscoa estava tão caro esse ano: o preço do cacau já subiu mais de 130% desde janeiro. Para comparação: o Bitcoin está na casa dos 65% de retorno no ano, e a NVIDIA, a “queridinha” do boom da Inteligência Artificial, está perto dos 90%.

O preço de um ativo pode variar de acordo com as pressões da oferta e da demanda. Nesse caso, por conta de problemas climáticos na Costa do Marfim e em Gana, 2 dos maiores exportadores da commodity, a oferta caiu fortemente, levando a uma grande aumento no preço do cacau.

Podemos observar eventos parecidos, mas em menor escala, em outros mercados, como o S&P 500, que teve mais um forte mês em março, subindo 3,10% e atingindo sua máxima histórica, acima dos 5.200 pontos, nesse caso muito por conta da forte demanda dos investidores pelas empresas americanas, em especial as de tecnologia. No ano, o S&P já acumula um retorno de mais de 10%.

Isso tudo mesmo em um cenário de aperto monetário, com o FED mantendo, mais uma vez, a taxa de juros americanas no patamar entre 5,25 e 5,50% no ano, um nível considerado restritivo, que poderia ter um impacto negativo nos preços das ações.

As bolsas europeias também registraram um mês positivo, apesar da intensificação do conflito no leste Europeu e da manutenção da taxa de juros pelo Banco Central Europeu. E, falando de política monetária, a grande surpresa ficou com o Banco Central do Japão que subiu suas taxas de juros pela primeira vez desde 2007, encerrando um período de 8 anos de taxas negativas.

Por aqui, em território nacional, estamos vendo um movimento diferente. Tivemos em março mais uma decisão do Copom, e um novo corte de 50 pontos na Selic, chegando agora à 10,75% ao ano. Mesmo com esse incentivo monetário e a sinalização de mais um corte de 50 pontos em maio, o Ibovespa fechou mais um mês com retorno aquém do esperado.

Ibovespa em março

Em março, o Ibovespa caiu mais 0,71%, para 128.106 pontos. No ano, já acumula uma queda de 4,53%. Aqui, novamente, fica clara a lei da oferta e demanda, e dessa vez estamos falando da demanda externa. Março foi mais um mês de saída de capital estrangeiro da bolsa, que já acumula mais de R$ 20 bilhões de saídas no ano.

Esse capital tem buscado retorno tantos nas bolsas dos países desenvolvidos como também na renda fixa, com a taxa de 10 anos dos títulos americanos se mantendo acima dos 4% ao ano. Outro fator que impactou o índice foi a queda do preço do minério de ferro no mercado internacional, que refletiu na cotação das empresas de mineração que representam grande parte do IBOV.

Renda Fixa em março

Na renda fixa, apesar do corte na Selic, tivemos mais um mês de abertura da curva de juros, que impactou os papéis de vencimentos mais longos, principalmente os indexados à inflação.

O destaque ficou mais uma vez com os títulos privados. O IDA-Geral, Índice de Debêntures ANBIMA, que reflete o comportamento desses ativos, se valorizou 0,91% em março, com destaque para o IDA-DI, que subiu 1,17%, acima dos 0,83% do CDI.

Onde investir em abril

Em abril, não teremos decisões de política monetária no Brasil nem nas principais economias, mas é importante manter no radar alguns indicadores de inflação e de emprego.

Por aqui, embora as perspectivas de inflação estejam ancoradas na meta neste ano e no próximo, o Banco Central deixou em aberto a intensidade dos cortes nas reuniões após maio, sinalizando que pode reduzir a velocidade caso o cenário não esteja favorável.

Nos Estados Unidos e na Europa, as expectativas estão em torno de quando irão começar o ciclo de cortes, sendo as principais apostas entre junho e setembro. Esta decisão é amplamente aguardada pelos investidores pois tende a movimentar muito os mercados, especialmente os de maior risco, como os emergentes.

A intensificação dos conflitos no Leste Europeu e no Oriente Médio podem trazer eventualmente algum impacto para os mercados, assim como surpresas nos dados de inflação podem fazer com que tenhamos que mudar de curso. Mas, por enquanto, a diversificação das carteiras está adequada para o cenário atual.

Para abril, portanto, não realizamos nenhuma alteração nas carteiras sugeridas, mantendo os mesmos percentuais sugeridos em março.

Acesse abaixo o relatório completo e detalhado com todas as nossas recomendações.

Aqui na nossa editoria Onde Investir você confere também as recomendações para ações e fundos imobiliários.

Bons investimentos!

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