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Mercado

Neoenergia 1T24: misto com dinâmicas distintas entre os segmentos

BB faz análise de resultados da Neoenergia no 1T24

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Leitura3 minutos

Atualizado em

25/04/2024 às 15:26


A Neoenergia divulgou ontem (23/4), após o fechamento do mercado, seu resultado referente ao 1T24, que consideramos misto, com dinâmicas positivas e negativas sobre os diferentes segmentos de negócios, sobre os custos e com alterações na consolidação de ativos após as alterações societárias em Geração e Transmissão no segundo semestre de 2023.

Resultado Neoenergia

Expansão na Distribuição e bom momento de demanda é limitado por venda de ativos de Transmissão nos negócios de Redes, e maior resultado de hidrelétricas com a consolidação de Dardanelos é limitada por menor geração eólica. Dinâmica das despesas muda em relação a 2023, desta vez com alívio em PCLD e pressão em PMSO.

Recomendação de ações

As ações da Neoenergia apresentam forte alta nos últimos 12 meses, após ficarem excessivamente descontadas até meados do ano passado, quando surgiram melhores expectativas de alocação de capital com lances mais prudentes nos leilões desde então. Apesar de ainda enxergarmos potencial de valorização para as ações, mantemos recomendação Neutra, no aguardo de detalhes sobre o processo de renovação das concessões de Distribuição que vencem nos próximos anos.

Receitas e despesas

A receita líquida consolidada no 1T24 somou R$ 11,6 bilhões (-2,5% a/a) e R$ 9,7 bilhões excluindo-se a receita de construção (-0,7% a/a), em linha com o reportado um ano antes, apesar do aumento do número de consumidores em 2% a/a e do volume distribuído em 6,3% a/a ao lado dos reajustes tarifários em suas Distribuidoras. No segmento de redes, essa dinâmica na Distribuição foi suavizada pela não consolidação, a partir do 4T23, dos ativos de Transmissão vendidos para o GIC. Já no segmento de Geração houve impacto positivo da consolidação integral da UHE Dardanelos a partir de setembro de 2023, que também foi compensada por menor geração eólica.

Sobre o desempenho operacional, houve aumento de perdas de energia em todas as DisCos na comparação anual, enquanto houve melhora no índice de arrecadação e redução de inadimplência na maioria das Distribuidoras, porém com este item ainda acima do limite regulatório em todas elas. Já em relação à qualidade do serviço houve melhora geral e todas estão enquadradas nos limites de DEC e FEC.

Os custos não gerenciáveis apesentaram estabilidade na comparação anual, somando R$ 4,9 bilhões no 1T24, tendo a principal linha de custos – energia elétrica comprada para revenda – apresentado queda de 1,9% a/a, mas sendo compensada pelos aumentos dos custos com transporte de energia (+5,8% a/a) e combustível para geração térmica (+4,2% a/a).

Entre as despesas operacionais gerenciáveis, a dinâmica veio diferente de 2023, quando houve maior pressão da inadimplência e alívio em PMSO.

As despesas gerenciáveis (ex-depreciação e construção) somaram R$ 1,37 bilhão no 1T24 (+4,4% a/a), com aumento de despesas com pessoal (+6,5% a/a) e serviços de terceiros (+7,8% a/a) em ritmo acima da inflação do período, parcialmente compensadas pela redução de 10,2% a/a nos custos com PCLD. As despesas de PMSO apresentaram alta de 6,9% no 1T24 na comparação anual.

Margem EBITDA

O EBITDA veio em R$ 3,4 bilhões no 1T24 (-4,1 % a/a), correspondendo à margem EBITDA de 29,8%, sofrendo impacto do crescimento das despesas gerenciáveis frente à estabilidade de receita, anulando inclusive a contribuição da boa performance em inadimplência (PCLD).

O resultado financeiro foi pressionado por maior saldo médio da dívida bruta, mas foi quase totalmente compensado por menores CDI e IPCA apurados no período, vindo negativo em R$ 1,29 bilhão no 1T24, ante o resultado negativo de R$ 1,27 bilhão no 1T23.

O lucro líquido destinado aos acionistas (ex-minoritários) veio em R$ 1,1 bilhão no 1T24, 7,2% abaixo do reportado um ano antes.

DIscalimer

 Este é um relatório público e foi produzido pelo BB-Banco de Investimento S.A. (“BB-BI”). As informações e opiniões aqui contidas foram consolidadas ou elaboradas com base em informações obtidas de fontes fidedignas e de boa-fé, tendo sido tomadas medidas razoáveis para assegurar sua exatidão no momento de publicação. Contudo, o BB-BI não garante que tais dados sejam totalmente isentos de distorções e não se compromete com a veracidade dessas informações. Todas as opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data presente e derivam do julgamento de nossos analistas de valores mobiliários (“analistas’), podendo ser alteradas a qualquer momento sem aviso prévio. O BB-BI não garante o lucro e não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas nesse material, que tem por finalidade apenas informar e servir como instrumento que auxilie a tomada de decisão de investimento, não devendo ser  interpretado como material promocional, recomendação, oferta ou solicitação de oferta para comprar ou vender quaisquer títulos e valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros. Investimentos nos mercados financeiros e de capitais estão sujeitos a riscos de perda superior ao capital investido. A rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura. Nos termos do art. 22 da Resolução CVM 20/2021, o BB-BI, em conjunto com o Conglomerado Banco do Brasil S.A. (“Grupo”), declaram que (i) podem ser remunerados por serviços prestados ou possuir relações comerciais com a(s) empresa(s) analisada(s) neste relatório ou com pessoa natural ou jurídica, fundo ou universalidade de direitos, que atue representando o mesmo interesse dessa(s) empresa(s); (ii) podem possuir participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% do capital social da(s) empresa(s) analisada(s), e poderão adquirir, alienar ou intermediar valores mobiliários da(s) empresa(s) no mercado. 

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