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Mercado

M Dias Branco (MDIA3) Resultado 1T24: forte crescimento de rentabilidade

Companhia segue com evolução consistente de margens

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Leitura4 minutos

Atualizado em

13/05/2024 às 12:03


A M. Dias Branco reportou bons resultados no 1T24. Apesar da redução da receita, observamos evolução da rentabilidade da companhia, fruto, principalmente, da redução dos custos das principais matérias-primas (trigo e óleo de palma). Além disso, observamos uma forte geração de caixa neste e nos trimestres anteriores, o que permitiu a melhoria do resultado financeiro e da alavancagem financeira. Vale pontuar também que a companhia ganhou, pelo 2º trimestre consecutivo, market share na categoria biscoitos (em valor e volume) e massas (em volume).

tabela de evolução e variação de preço mdias3

Desempenho das Ações e Perspectivas

As ações MDIA3 vêm apresentando performance inferior à do Ibovespa em 2024, o que pode ser reflexo, ao nosso ver, do fim da dedutibilidade das subvenções governamentais na apuração do IR/CSLL, o que impacta negativamente a rentabilidade da companhia. Contudo, mantemos uma visão positiva em relação à tese de investimento da M. Dias Branco, diante da consistente recuperação de margens, continuidade da disciplina na gestão de custos e despesas e redução da alavancagem financeira. Esses aspectos, combinados ao desconto que a companhia vem negociando frente ao nosso preço-alvo e à média de 5 anos no múltiplo EV/EBITDA (27%), mantemos nossa recomendação de Compra e preço-alvo para o final de 2024 em R$ 48,00.

MDIA3 vs. IBOV (Gráfico Base 100)

gráfico comparativo mdias3 e ibov

Desempenho Econômico-financeiro

A receita líquida somou R$ 2,1 bilhões, queda de 14% a/a e 23% t/t. Na comparação anual, a retração da receita deveu-se, principalmente, da redução do preço médio (R$/kg) em 13%, já que a volume se manteve praticamente estável (-1,4% a/a). Essa redução no preço médio refletiu (i) a queda dos preços das commodities, como farinha e farelo de trigo e margarinas e gorduras; (ii) diminuição dos preços de itens de menor valor agregado, como massa comum, e (iii) maior desempenho das subcategorias com menor preço médio.

Já o lucro bruto veio em R$ 784 milhões, crescimento de 16% a/a, o que implicou em elevação da margem de 9,5 p.p. a/a, atingindo 36,6% no 1T24. A majoração da margem bruta deveu-se à retração dos preços do trigo e do óleo de palma, além da elevação do nível de utilização da capacidade de produção para 60,5%, ante 55,5% no 1T23.

Parte da elevação da margem bruta foi consumida pelo crescimento das despesas com vendas, gerais e administrativas como percentual da receita líquida em 3,3 p.p. a/a, refletindo a menor atividade operacional no mês de janeiro, período em que houve a implantação do SAP, bem como pela retração do preço médio. Com isso, o EBITDA nominal foi de R$ 277 milhões (+60% a/a), enquanto a margem EBITDA atingiu 13,0%, +6,0 p.p. a/a. A melhora no resultado operacional, combinada com menores despesas financeiras em função da redução da dívida bruta, levou a companhia a reportar lucro líquido de R$ 155 milhões, crescimento de 122% a/a.

No que se refere à alavancagem financeira, o endividamento bruto teve redução de R$ 300 milhões a/a e atingiu R$ 2,0 bilhões neste trimestre. Diante da redução da dívida bruta e elevação do caixa, a companhia reportou caixa líquido pelo 2º trimestre consecutivo, equivalente a 0,1x o EBITDA dos últimos 12 meses, em comparação a uma dívida líquida de 1,6x o EBITDA no 1T23.

Por fim, vale pontuar que os investimentos do trimestre totalizaram R$ 52 milhões, dos quais cerca de 88% foram direcionados para manutenção, enquanto o restante foi encaminhado para expansão.

Destaques 1T24

tabela descritiva de destaques mdias3
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