carrinho de compras em miniatura em frente computador

Mercado

Magazine Luiza (MGLU3) 4T23: incremento de rentabilidade foi a tônica do trimestre

BB analisa resultado do 4o TRI 2023 como positivo, com reversão de prejuízo em lucro.

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Leitura7 minutos

Atualizado em

09/05/2024 às 14:47


A Magazine Luiza reportou resultados do 4T23 positivos, em nossa visão. Além do crescimento das vendas no marketplace, a companhia entregou elevação da rentabilidade, revertendo o prejuízo observado no mesmo período do ano anterior, além de geração de caixa nas atividades operacionais.

A companhia pontuou que, em 2024, irá acelerar os investimentos em tecnologia para suportar a evolução de sua plataforma. Nesse sentido, concentrará esforços para evoluir na logística, com expansão do fulfillment, no MagaluAds, na Fintech, na experiência do usuário na plataforma e no Magalu Cloud.

tabela descritiva de informações MGLU

Desempenho das Ações e Perspectivas

As ações MGLU3 tem performado praticamente de lado desde o início deste ano, em linha com a performance de boa parte dos papéis mais cíclicos do Ibovespa. No entanto, olhando para frente, enxergamos perspectivas positivas para a Magazine Luiza. Além de se beneficiar da melhoria das condições macroeconômicas para venda de bens discricionários, a companhia vem investindo na evolução de sua plataforma, sem perder de vista rentabilidade e a geração de caixa. Nesse sentido, mantemos nosso preço-alvo para o final de 2024 em R$ 3,68 e a recomendação de Compra.

gráfico comparativo MGLU3 e Ibov

Desempenho Econômico-financeiro

As vendas totais atingiram R$ 17,9 bilhões, estável na comparação anual (-0,1% a/a) e em linha com as nossas estimativas (-3,7% r/e). Enquanto as vendas em lojas físicas contribuíram com um crescimento de 3,5% a/a (-0,6% r/e), as vendas on-line retraíram 1,5% a/a, em decorrência da performance do canal 1P (vendas on-line com estoque próprio), cuja queda foi de 7,8% a/a, em oposição ao desempenho das vendas do canal 3P (marketplace), que cresceram 9,9% a/a (-6,3% r/e).

Dada essa dinâmica de vendas entre os canais, em especial pela elevação da participação do marketplace nas vendas totais para 28,2% (+2,6 p.p. a/a), a receita líquida somou R$ 10,5 bilhões, retração de 5,5% a/a e 1,7% abaixo das nossas estimativas.

Mesmo diante de uma queda da receita líquida, a companhia foi capaz de elevar suas margens operacionais. O lucro bruto cresceu 3,0% a/a, atingindo uma margem bruta de 30,3% no trimestre, alta de 2,5 p.p. a/a e +0,4 p.p. r/e. A elevação da margem deveu-se à conclusão do repasse do Difal pela estratégia focada em rentabilidade e à contribuição da receita de serviços, cuja margem bruta é mais elevada.

Já a margem EBITDA Ajustada trouxe uma dinâmica um pouco diferente. Quando consideramos as despesas como percentual da receita líquida, houve uma elevação de 1,6 p.p. a/a das despesas operacionais. Já ao analisarmos as despesas como percentual das vendas totais – de forma a expurgar a menor contribuição que as vendas do marketplace dão à receita à medida em que são registradas como receitas apenas as comissões relacionadas às vendas do sellers nesse canal –, as despesas tiveram uma leve elevação de 0,2 p.p. a/a. Com isso, a margem EBITDA Ajustada atingiu 7,2%, alta de 1,1 p.p. a/a e 1,3 p.p. acima das nossas projeções. Vale pontuar que, essa margem exclui eventos não recorrentes de ambos os períodos. Se considerarmos os impactos de eventos não recorrentes, a margem EBITDA Ajustada do 4T23 teria atingindo 6,8%, +1,0 p.p. a/a e r/e.

Acompanhando a melhora observada em margens operacionais, o lucro líquido ajustado (ex-não recorrentes) veio em R$ 102 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 15 milhões reportado no 4T22 e em linha com as nossas projeções (-1,4% r/e). Considerando os eventos não recorrentes, o lucro líquido registrou R$ 212 milhões, equivalente a uma margem líquida de 2,0%.

Quanto à alavancagem financeira da companhia, pontuamos que a dívida líquida (ex cartões de crédito não antecipados) somou R$ 4,0 bilhões, equivalente a 2,0x o EBITDA Ajustado dos últimos 12 meses. Se considerarmos os recebíveis de cartão de crédito, a companhia fica em uma posição de caixa líquido equivalente a 0,9x o EBITDA Ajustado dos últimos 12 meses.

No que se refere ao fluxo de caixa livre do período, as atividades operacionais contribuíram com uma geração de R$ 757 milhões, mais que suficiente para fazer frente aos investimentos de R$ 6 milhões. O capex do trimestre foi de R$ 173 milhões, equivalente a 1,6% da receita líquida ou 1,0% do GMV (vendas totais). Os recursos foram distribuídos entre abertura e reforma de lojas (7%), tecnologia (75%), logística (10%) e outros (7%).

Destaques 4T23

tabela descritiva de informações MGLU
Disclaimer

Este é um relatório público e foi produzido pelo BB-Banco de Investimento S.A. (“BB-BI”). As informações e opiniões aqui contidas foram consolidadas ou elaboradas com base em informações obtidas de fontes fidedignas e de boa-fé, tendo sido tomadas medidas razoáveis para assegurar sua exatidão no momento de publicação. Contudo, o BB-BI não garante que tais dados sejam totalmente isentos de distorções e não se compromete com a veracidade dessas informações. Todas as opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data presente e derivam do julgamento de nossos analistas de valores mobiliários (“analistas’), podendo ser alteradas a qualquer momento sem aviso prévio. O BB-BI não garante o lucro e não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas nesse material, que tem por finalidade apenas informar e servir como instrumento que auxilie a tomada de decisão de investimento, não devendo ser  interpretado como material promocional, recomendação, oferta ou solicitação de oferta para comprar ou vender quaisquer títulos e valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros. Investimentos nos mercados financeiros e de capitais estão sujeitos a riscos de perda superior ao capital investido. A rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura. Nos termos do art. 22 da Resolução CVM 20/2021, o BB-BI, em conjunto com o Conglomerado Banco do Brasil S.A. (“Grupo”), declaram que (i) podem ser remunerados por serviços prestados ou possuir relações comerciais com a(s) empresa(s) analisada(s) neste relatório ou com pessoa natural ou jurídica, fundo ou universalidade de direitos, que atue representando o mesmo interesse dessa(s) empresa(s); (ii) podem possuir participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% do capital social da(s) empresa(s) analisada(s), e poderão adquirir, alienar ou intermediar valores mobiliários da(s) empresa(s) no mercado.

Quer dar uma nota para este conteúdo?

Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência e personalizar os conteúdos de acordo com a nossa

Política de Privacidade.