carrinho de compras em miniatura em frente computador

Mercado

Magazine Luiza 1T24: positivo; crescimento de margens e aumento na posição de caixa

BB analisa resultado do 1o TRI 2024 como positivo, com crescimento de margens e aumento na posição de caixa.

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Leitura7 minutos

Atualizado em

10/05/2024 às 15:14


A Magazine Luiza reportou resultados positivos no 1T24, ao nosso ver, com aumento de margem bruta e margem EBITDA, além de apresentar resultado líquido positivo, revertendo prejuízos apresentados nos últimos anos, mesmo em um trimestre sazonalmente mais fraco. A empresa mostrou crescimento de vendas mesmas lojas físicas acima da inflação e geração de caixa relevante. Apesar de um incremento tímido de receita e da retração nas vendas do canal 1P (on-line com estoque próprio), a companhia está seguindo sua estratégia de foco em rentabilidade e apresentando resultados aderentes. O pagamento antecipado de dívidas de curto prazo entre os meses de janeiro e abril também cooperam para bons ventos futuros, dada a melhoria na atual estrutura de capital.

Em decorrência das enchentes que acometem o Rio Grande do Sul, a empresa informou que possui 6 lojas fechadas no momento. No entanto, a companhia não deu maiores informações acerca dos impactos financeiros em seus próximos resultados.

Desempenho das Ações e Perspectivas

As ações MGLU3 apresentam queda superior a 20% desde o início do ano, seguindo o mesmo movimento que outros papéis mais cíclicos do Ibovespa, que foram afetados pela abertura da curva de juros doméstica. Entretando, em nossa opinião, entendemos que a companhia tem apresentado bons números e uma estratégia consistente com foco no aumento de lucratividade e margens, não apenas de vendas. Nesse contexto, mantemos nosso preço-alvo para o final de 2024 em R$ 3,68 e a recomendação de Compra.

Desempenho Econômico-financeiro

As vendas totais atingiram R$ 16 bilhões, 3,0% superior na comparação anual e levemente abaixo das nossas expectativas (-1,5% r/e). Enquanto as vendas do 1P (on-line com estoque próprio) retraíram 2,0% a/a (-1,7% r/e a/a), os destaques ficaram com as vendas do canal 3P (marketplace), que cresceram 6,4% a/a (-2,7% r/e) e, especialmente das lojas físicas, que apresentaram um incremento ainda maior, chegando a +8,0% a/a, em linha com nossas projeções. Vale mencionar que o crescimento das vendas mesmas lojas nas estruturas físicas da companhia foi de 9%. Com isso, a receita líquida consolidada somou R$ 9,2 bilhões, número 1,9% superior ao mesmo período do ano passado.

As margens operacionais também merecem destaque neste 1T24. O lucro bruto cresceu 11,5% a/a e a margem bruta atingiu o patamar de 29,9%, valor 2,6 p.p. superior ao mesmo período do ano passado e em linha com nossas estimativas. Seguindo o mesmo movimento da margem bruta, a margem EBITDA Ajustada teve um incremento de 2,9 p.p. a/a, em linha com nossas projeções (-0,3% r/e). Segundo a companhia, ambos os indicadores tiveram seus aumentos ligados aos seguintes itens: (i) crescimento da receita de serviços; (ii) aumento da margem bruta, principalmente de mercadorias; (iii) repasse do Difal na operação do 1P; (iv) sucesso da liquidação feita no início do ano; (v) ganho de market share; e (vi) recuperação da rentabilidade da loja física.

Acompanhando a melhora observada em margens operacionais, o lucro líquido ajustado (ex-não recorrentes) veio em R$ 28 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 391 milhões reportado no 1T23, equivalente a uma margem líquida de 0,3%.

Quanto à alavancagem financeira, a companhia informou que já pagou R$ 3 bilhões em dívidas neste ano, o que liquidou toda sua dívida de curto prazo, com o endividamento remanescente possuindo vencimento apenas ao final de 2025 e de 2026. Houve um pagamento em janeiro, referente à 9ª emissão de debêntures simples no montante de aproximadamente R$ 900 milhões, incluindo juros, e outro pagamento efetuado em abril – que afetará o resultado do 2T24 –, referente a notas promissórias no montante total de cerca de R$ 2,1 bilhões, incluindo juros. Com isso, a companhia fica em uma posição de caixa líquido equivalente a 1x o EBITDA Ajustado dos últimos 12 meses.

Outro destaque se refere ao fluxo de caixa livre do período, onde as atividades operacionais contribuíram com uma geração de R$ 2,7 bilhões, terminando o trimestre com um caixa total de R$ 9 bilhões. O capex do trimestre foi de R$ 183 milhões, tendo seus recursos distribuídos entre tecnologia (89%), logística (5%), reforma de lojas (4%) e outros (2%).

É relevante citar que o aumento de capital concluído em março, no montante de R$ 1,25 bilhão, terá como destino a aceleração dos investimentos em tecnologia, incluindo a expansão do Luizalabs, e a evolução da plataforma de marketplace, entre outros.

Destaques 1T24

Disclaimer

Este é um relatório público e foi produzido pelo BB-Banco de Investimento S.A. (“BB-BI”). As informações e opiniões aqui contidas foram consolidadas ou elaboradas com base em informações obtidas de fontes fidedignas e de boa-fé, tendo sido tomadas medidas razoáveis para assegurar sua exatidão no momento de publicação. Contudo, o BB-BI não garante que tais dados sejam totalmente isentos de distorções e não se compromete com a veracidade dessas informações. Todas as opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data presente e derivam do julgamento de nossos analistas de valores mobiliários (“analistas’), podendo ser alteradas a qualquer momento sem aviso prévio. O BB-BI não garante o lucro e não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas nesse material, que tem por finalidade apenas informar e servir como instrumento que auxilie a tomada de decisão de investimento, não devendo ser  interpretado como material promocional, recomendação, oferta ou solicitação de oferta para comprar ou vender quaisquer títulos e valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros. Investimentos nos mercados financeiros e de capitais estão sujeitos a riscos de perda superior ao capital investido. A rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura. Nos termos do art. 22 da Resolução CVM 20/2021, o BB-BI, em conjunto com o Conglomerado Banco do Brasil S.A. (“Grupo”), declaram que (i) podem ser remunerados por serviços prestados ou possuir relações comerciais com a(s) empresa(s) analisada(s) neste relatório ou com pessoa natural ou jurídica, fundo ou universalidade de direitos, que atue representando o mesmo interesse dessa(s) empresa(s); (ii) podem possuir participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% do capital social da(s) empresa(s) analisada(s), e poderão adquirir, alienar ou intermediar valores mobiliários da(s) empresa(s) no mercado.

Quer dar uma nota para este conteúdo?

Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência e personalizar os conteúdos de acordo com a nossa

Política de Privacidade.