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CRIs e CRAs: conheça esse títulos de renda fixa isentos de IR

Certificados de recebíveis se destacaram nas captações de recursos em 2022, segundo a Anbima

Publicado por: Broadcast Exclusivo

conteúdo de tipo Leitura3 minutos

Atualizado em

11/08/2023 às 15:04

Por: Gustavo Boldrini, do Broadcast

Títulos de renda fixa isentos de Imposto de Renda (IR) têm sido alvo de grande procura pelos investidores brasileiros. Dois deles, os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) se destacaram em 2022, com uma captação recorde de R$ 91,1 bilhões, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

No ano passado, os CRIs e CRAs tiveram os crescimentos mais acentuados de captação na renda fixa em relação a 2021, diante da sua maior atratividade em meio ao ciclo de alta da taxa básica de juros (Selic).

A seguir, entenda o que são os CRIs e CRAs, o conceito de securitização e como investir nesses títulos:

O que são CRIs e CRAs?

Os CRIs e CRAs são títulos securitizados de renda fixa. Securitização é a transformação de créditos a receber em títulos que podem ser comprados por investidores no mercado.

No caso dos CRIs, uma construtora ou incorporadora transforma os pagamentos que tem a receber dos compradores de seus imóveis em títulos. Com isso, ela consegue adiantar os recebimentos que teria a fim de aumentar seu fluxo de caixa. Em troca, paga uma taxa de juros ao investidor que comprou esses títulos.

A mesma coisa acontece nos CRAs. Porém, ao invés de imóveis, aqui o recebimento envolve um fluxo futuro de pagamento de safras agrícolas. O produtor emite os títulos, recebe os pagamentos futuros de forma adiantada e paga juros ao investidor.
É nesse ponto que entra a diferença entre CRIs e CRAs e os títulos de LCI e LCA. Enquanto as letras financeiras (LCI e LCA) são emitidas por instituições financeiras, os CRIs e CRAs são emitidos por securitizadoras, e o maior risco está atrelado à empresa que o emitiu para se financiar. Ou seja, o maior risco neste caso é o de a empresa dar um calote na securitizadora. Mas atenção: por não terem o risco atrelado a uma instituição financeira, o CRI e o CRA não contam com cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

CRIs e CRAs são isentos de IR

O investidor tem isenção de Imposto de Renda ao investir nos CRIs e CRAs. Assim como acontece com o LCI e a LCA, esses títulos ajudam a financiar dois setores importantes da economia brasileira, o imobiliário e o agrícola, e a isenção de impostos é utilizada como uma maneira de incentivar esses investimentos.

Como é a rentabilidade de CRIs e CRAs?

Assim como os títulos de renda fixa em geral, os CRIs e CRAs podem ser prefixados, com uma taxa definida no momento da compra; pós-fixados, sendo atrelados a um indicador macroeconômico como a taxa de Depósito Interfinanceiro (DI) ou a inflação (IPCA); ou híbridos, com uma parte de remuneração variável e outra fixa (por exemplo, IPCA + 2%).

Os CRIs e CRAs são considerados títulos de baixa liquidez. Portanto, o investidor corre risco de não conseguir vender os seus papéis antes do prazo de vencimento se não encontrar um comprador. Por isso, o recomendado é que esse título seja mantido até a data de vencimento, a fim de evitar prejuízos e receber a remuneração que foi prometida no momento da compra.

Leia também: Entenda o funcionamento da curva de juros

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