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Como investir no Ibovespa e como funciona a composição do índice

Entenda como funciona o índice de referência da bolsa brasileira  

Publicado por: Broadcast Exclusivo

conteúdo de tipo Leitura8 minutos

Atualizado em

04/06/2024 às 14:14

Por Gustavo Boldrini, do Broadcast  

O Ibovespa é o índice que o mercado financeiro utiliza como referência para acompanhar o desempenho da bolsa de valores brasileira. Ou seja, se o Ibovespa está em alta, significa que a bolsa brasileira está valorizada, e vice-versa. Mas, afinal, o que é o Ibovespa, quem compõe esse índice e como investir diretamente nele?  

Antes de tudo, vale entender o conceito de índice. No mercado de renda variável, os índices são compostos por um conjunto de ações, também chamado de carteira. A ideia é que uma carteira contenha as ações de empresas mais representativas daquela atividade. Pode ser um índice imobiliário, com ações de construtoras, um índice de varejo, com as empresas que têm capital aberto e estão no ramo do comércio, entre outras possibilidades. No caso do Ibovespa, o objetivo é formar uma carteira que seja representativa de toda a bolsa brasileira.  

O Ibovespa foi criado em 1968 para ser o principal indicador de desempenho das ações da bolsa, reunindo as empresas mais importantes do mercado, segundo a própria B3, companhia que administra o mercado de ações no Brasil. O Ibovespa também pode ser chamado de "índice Bovespa", ou seja, o índice de ações da bolsa de valores de São Paulo.  

Dentro dele, cada papel tem um peso, definido pelo valor de mercado - a metodologia do Ibovespa não permite que uma ação tenha participação maior do que 20% na carteira. As ações ou units (certificado de depósito de ações, que agrupa ações) que têm peso maior na carteira indicam alta liquidez, ou seja, com maior facilidade de comprar ou vender, e são também conhecidas no mercado pelo jargão em inglês "blue chips".  

A alta ou queda de cada ação vai influir sobre o desempenho do índice. Para medi-lo, usa-se um sistema de pontos. Cada ponto equivale a 1 real, de modo que se o índice está em 100 mil pontos, a carteira do Ibovespa representa um portfólio com valor de R$ 100 mil.  

Quais empresas compõem o Ibovespa?

A composição das ações e units (modelo de ativo que agrupa uma ou mais ações de uma empresa listada) que formam o Ibovespa passa por uma revisão, conhecida como rebalanceamento, a cada quatro meses. Para definir quem entra ou quem sai do índice, a B3 utiliza uma metodologia que leva em conta a relevância daquele papel para o mercado como um todo, considerando a liquidez da ação, o volume de dinheiro que movimenta e frequência de negociação (pelo menos 95% de presença em pregão).  

Já que se propõe a simular o mercado todo de companhias de capital aberto, a B3 faz a seleção de empresas também pensando em setores variados como varejo, commodities, serviços, indústrias, entre outros.  

Os rebalanceamentos entram em vigor na primeira segunda-feira de janeiro, maio e setembro, com duração de quatro meses. Antes de promover as mudanças no índice, a B3 divulga duas prévias, a fim de preparar os investidores e gestores de fundos que são baseados no Ibovespa. A primeira prévia ocorre no primeiro pregão do último mês de vigência da carteira atualmente em vigor; a segunda prévia vem no pregão seguinte ao dia 15; e a terceira prévia, que é a definitiva, no penúltimo pregão de vigência da carteira em vigor.  

Veja a atual composição do Ibovespa aqui.

Como investir no Ibovespa?

Investir em bolsa pode ter vários significados, como comprar uma ou mais ações de empresas, fazer aportes em fundos de ação, operar com derivativos e muitas outras possibilidades. Já investir no Ibovespa pode ser replicar a carteira em vigor e se tornar acionista de cada empresa participante do índice. São mais de 80 papéis no momento, e a cada prévia a carteira pode mudar. Por isso, a maneira mais comum de investir diretamente no Ibovespa é por meio dos fundos de índice (ETFs, na sigla em inglês).  

Esse veículo de investimento nada mais é que um reflexo do desempenho do Ibovespa, destinado para o investidor que quer apostar na bolsa brasileira sem precisar escolher empresas específicas. Para isso, o Banco do Brasil oferece, por exemplo, um ETF chamado BBOV11, gerido pela BB Asset.

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