vista inferior de avião com rastro de percurso ao céu

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Azul 1T24: Custos caem e EBITDA decola. Confira análise do BB-BI

Segundo o BB-BI, a Azul divulgou resultados positivos no 1T24.

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Leitura4 minutos

Atualizado em

13/05/2024 às 16:45


A Azul apresentou um resultado positivo no 1T24, em nossa opinião, impulsionado principalmente pela queda nos preços dos combustíveis em relação ao 1T23. Os destaques foram o EBITDA de R$ 1,4 bilhão (+37% a/a), o avanço das margens operacional e EBITDA (+6,8 p.p. a/a e +7,2 p.p. a/a, respectivamente) e a alavancagem de 3,7x Dívida Líquida/EBITDA UDM (-1,4x a/a). A companhia reforçou a intenção de atingir alavancagem de 3,0x até o final de 2024.

Merecem destaque também o RASK (receita operacional por assentos-quilômetro) e o PRASK (receita de passageiros por assentos-quilômetro) de R$ 42,23 centavos (+1,8% a/a) e R$ 39,33 centavos (+1,9% a/a), respectivamente, níveis recordes para um primeiro trimestre, impulsionados pela demanda no mercado doméstico, e pelas unidades auxiliares de negócio, como a Azul Fidelidade, a Azul Viagens e o transporte de cargas, que vêm se mostrando importantes diferenciais competitivos e alavancas de resultado.

Pelo lado negativo, destacamos as despesas nas linhas de salários e benefícios, e de manutenção e reparos, que cresceram 26% e 25% a/a, respectivamente, devido principalmente a acordos coletivos, internalização de atividades e contratações feitas no 4T23. Vale mencionar também o resultado financeiro negativo de R$ 2,0 bilhões, impactado em R$ ~850 milhões por variações cambiais no trimestre.

No bottom line, a companhia entregou prejuízo líquido de R$ 1,1 bilhão (vs prejuízo líquido de R$ 322 milhões no 1T23). Excluindo efeitos não-caixa referentes a direitos de conversão de debêntures e resultados de derivativos e moeda estrangeira, a Azul entregou prejuízo líquido de ajustado de R$ 324 milhões (vs prejuízo líquido ajustado de R$ 728 milhões no 1T23).

Estado de calamidade pública no RS. Segundo relatório de 12/05, do Ministério de Portos e Aeroportos, dos 7 aeroportos operados pela Azul no RS, apenas o de Porto Alegre – responsável por ~3,95% do RPK total da companhia – permanece fechado por tempo indeterminado. Os 6 demais estão operacionais.

**Preço-alvo e recomendação**

Os dados do 1T24 indicam boas tendências para a Azul, impulsionadas pela recuperação da demanda e pela expectativa de crescimento da frota. Além disso, até 2025, a companhia espera receber 13 novos jatos E2, da Embraer, que possuem custo por assento ~26% menor e que devem ajudar a alavancar os resultados. Entretanto, em nossa leitura, a gestão do endividamento continua sendo ponto-chave para o futuro da companhia e, até incorporamos os resultados do 1T24 em nosso valuation, mantemos recomendação neutra para as ações AZUL4, com preço-alvo de R$ 16,50 para o final de 2024.

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