tubos de gás amarelo com válvula

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Análise Setorial | Petróleo e Distribuição de combustíveis | Maio 2024

BB apresenta dados setoriais de petróleo e distribuição de combustíveis.

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Leitura6 minutos

13/05/2024 às 11:07

Atualizado em

17/05/2024 às 17:16


Divulgamos no final de abril uma revisão de preço da Petrobras, com análise detalhada sobre três temas centrais para compreender a companhia: “Financeiro, petróleo e dividendos”, “Operacional e investimentos” e, por fim, “Novas fronteiras exploratórias e interesses dos stakeholders”. O novo preço alvo é de R$ 47,00 para 2024, mantendo a recomendação compra e você pode ler o texto na íntegra aqui.

Dentro desse contexto, nossa projeção de preços de petróleo foi estabelecida em US$ 82,20 para 2024, US$ 76,80 para 2025 e US$ 77,40 para 2026, com um Brent de longo prazo em US$ 61,17/barril.

Os preços de petróleo voltaram a subir, após várias semanas de quedas. A redução dos estoques de petróleo dos EUA e o aumento nas importações pela China contribuíram para que o primeiro ganho semanal na semana passada desde o início de abril. Olhando para nossa projeção anual, entendemos que a OPEP+ deve começar a reduzir seus cortes na produção a partir do segundo semestre, o que deverá moderar tal pressão altista. Um eventual adiamento no início dos cortes da OPEP+ pode trazer um cenário de persistência de alta para o 2S24, em especial se persistirem os riscos geopolíticos e a melhora na demanda global.

O Mubadala Capital, de Abu Dhabi, controlador da Acelen, pretende investir cerca de US$ 13,5 bilhões (~R$ 68,3 bi) em um grande projeto de biocombustíveis no Brasil ao longo da próxima década. Entre os objetivos está a fabricação de diesel renovável e de combustível sustentável de aviação (SAF) com o uso de matérias-primas vegetais não alimentares.

Vale destacar que, no final de abril, a Acelen fez o plantio experimental de 1,3 mil mudas de macaúba, uma planta nativa brasileira não domesticada, cujo óleo está sendo estudado como matéria-prima para fabricação de SAF e diesel verde (HVO). Acelen e Petrobras já vem negociando, desde o ano passado, um acordo que envolva o retorno da estatal à refinaria de Mataripe (na Bahia, adquirida pelo grupo em 2022) e um projeto de biorefino.

A Adnoc anunciou não ter mais interesse em prosseguir com a negociação para compra de fatia na Braskem. Entre os motivos, pesou a falta de acordo definitivo sobre os passivos ambientais em Maceió, mas também tem ocorrido um recente interesse em outros ativos de óleo e gás, incluindo a BP, de acordo com apuração do Valor. A PIC (Petrochemical Industries Company), segue conduzindo uma “due diligence”, em processo ainda inicial, e recebeu representantes da Novonor no Kuwait, no final de abril. Como já temos alertado em nossos relatórios, tais situações de M&A trazem excesso de volatilidade, devendo ser encaradas com cautela pelos minoritários. A Petrobras vem sinalizando que pode fazer a aquisição de fatia na Braskem, usando de seu direito de preferência. A estatal aponta que o comprador tem que ter capacidade financeira para sustentar investimentos e experiência no setor petroquímico igual ou superior à da estatal. Clique aqui para ler nosso último relatório sobre a Braskem.

No final de abril houve a criação de dois convênios pelo Consefaz para coibir a importação de diesel com vantagens tributárias. A situação envolvia a entrada de combustíveis e derivados de petróleo com diferimento do ICMS-Importação e aplicação de crédito presumido, e fez com que o Estado do Amapá se beneficiasse, entre agosto de 2023 e abril de 2024, de recurso para facilitar a importação com desembaraço em alto mar, o que fez com que os demais estados perdessem arrecadação. Em nosso entendimento, a interrupção desse conflito tributário sugere que as companhias listadas devam recuperar competitividade na disputa de market share com os postos não embandeirados, que foram fortes compradores de diesel russo.

A Petrobras aprovou na semana passada novas modalidades comerciais nas vendas de gás natural para distribuidoras estaduais e para os consumidores livres. Com o novo mecanismo, a depender dos contratos e volumes movimentados, as distribuidoras podem ter uma redução adicional de até 10% nos preços da molécula de gás.

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