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Cyrela (CYRE3) 1T24: mesmo sobre uma base forte, a companhia continua apresentando resultados pujantes

A Cyrela divulgou seus resultados referentes ao 1T24 contendo números sólidos

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Leitura4 minutos

10/05/2024 às 15:26

Atualizado em

27/05/2024 às 16:52


O primeiro trimestre do ano é sazonalmente um pouco mais fraco para o setor de construção civil, dentre outros fatores, pelos efeitos do período de chuvas mais intensas no país, que tende a atrasar obras e, por consequência, alguns lançamentos. No entanto, A Cyrela divulgou seus resultados referentes ao 1T24 contendo números sólidos, com as vendas líquidas chegando a R$ 1,7 bilhão (+47,2% a/a, -8,3% t/t), contando ainda com uma Receita Líquida a apropriar (REF) que ultrapassa os R$ 7,1 bilhões (+23% a/a, +7% t/t), além de um incremento na Margem REF aos 36,1% (+1,1 p.p a/a, +0,2 p.p. t/t), que demonstram que os ciclos operacionais da Cyrela seguem bastante fluídos.

Além disso, com uma maior diluição de despesas em relação à Receita Líquida na comparação anual, a companhia entregou um lucro líquido de R$ 267 milhões, (+63,2% a/a, +7,7% t/t), com um incremento de Margem Líquida, que atingiu 17% (+4,2 p.p. a/a, +2,5 p.p. t/t).

Desempenho das ações e perspectivas. As ações da CYRE3 recuam quase 9% em 2024 (até ontem, 9), movimento puxado por uma abertura na curva de juros doméstica nas últimas semanas, mas ainda assim acumulam alta superior a 30% nos últimos 12 meses, bem acima do índice Imob, que avança ~13% em igual período. Mesmo com taxas médias de financiamento imobiliário em níveis elevados, ainda que em trajetória de queda acompanhando os sucessivos cortes na Selic, a Cyrela vem demonstrando que há demanda para produtos no padrão de qualidade que oferece, cultivando níveis de velocidade de vendas acima do mercado. Isso, somado aos resilientes resultados operacionais apresentados nos últimos exercícios, contribui para uma perspectiva de comportamento positivo para seus papéis negociados no mercado.

Tudo considerado, seguimos com recomendação de Compra para a Cyrela e nosso preço-alvo em R$ 29,00 para final de 2024.

Destaques Operacionais e financeiros

A Cyrela (%CBR) lançou 9 empreendimentos no 1T24, somando R$ 1,3 bilhão (+41,7% a/a, -24,4% t/t). A companhia destacou o lançamento do projeto La Isla, na cidade do Rio de Janeiro, que sozinho respondeu por R$ 501 milhões, além de ter impactado positivamente na velocidade de vendas, uma vez que o empreendimento já se encontra 90% vendido.

As vendas líquidas também merecem atenção, alcançando R$ 1,7 bilhão no trimestre, (+47,2% a/a, -8,3% t/t), puxado por uma evolução do preço médio do m², que atingiu R$ 11.269 no trimestre, (+17% a/a, +5% t/t), influenciado especialmente por uma melhora nos preços nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, ambos subindo acima de 20% na comparação anual. Mesmo com incremento de lançamentos e nos preços médios, a Cyrela reportou uma velocidade de vendas de 50,5% nos últimos 12 meses (+1,5 p.p. a/a, +3,3 p.p. t/t), nível bastante elevado na comparação com outros pares de mercado, e a maior dentro de nosso universo de cobertura.

A Receita Líquida cresceu para R$ 1,57 bilhão (+22,6% a/a e -8% t/t), enquanto os custos apresentaram um comportamento misto, ampliando o Lucro Bruto (R$ 494 milhões) na comparação anual, mas pesando um pouco em relação ao trimestre anterior (+25% a/a, -14% t/t). Vale a pena citar que, embora a inflação de materiais esteja relativamente comportada (<1% nos últimos 12 meses, segundo o INCC), a inflação de mão de obra vem se mostrando mais pressionada (próxima de 7% na comparação anual, segundo o mesmo índice), e sendo constantemente citada como um fator de acompanhamento especialmente na região metropolitana de São Paulo, onde a Cyrela concentra a maior parte de suas operações (em torno de 50% de vendas e lançamentos no 1T24). Tal fato contribuiu para uma margem bruta de 31,4% (+0,7 p.p. a/a, -2,3% t/t), ainda assim, em níveis bastante saudáveis.

A geração de caixa ficou positiva em R$ 130 milhões, o que contrasta com a queima de caixa de R$ 94 milhões no trimestre anterior, mesmo que no 1T24 em questão tenha havido um evento não recorrente da venda de uma pequena parte da posição acionária na Cury (CURY3), na ordem de R$ 35 milhões.

Por fim, o Resultado Financeiro apresentou mais um período no campo positivo, contribuindo com R$ 13 milhões, porém mais modesto que o apresentado nas bases de comparação (-61% t/t, -71% a/a). Ainda assim, a companhia registrou um lucro líquido de R$ 267 milhões (+7,7% t/t, +63% a/a), gerando uma margem líquida de 17% no trimestre, o que se traduz em um ROE de 14,2% nos últimos 12 meses (+1,1p.p. t/t, +1,9 p.p. a/a) e mantendo boas perspectivas para os resultados futuros da Cyrela.

Disclaimer

Este é um relatório público e foi produzido pelo BB-Banco de Investimento S.A. (“BB-BI”). As informações e opiniões aqui contidas foram consolidadas ou elaboradas com base em informações obtidas de fontes fidedignas e de boa-fé, tendo sido tomadas medidas razoáveis para assegurar sua exatidão no momento de publicação. Contudo, o BB-BI não garante que tais dados sejam totalmente isentos de distorções e não se compromete com a veracidade dessas informações. Todas as opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data presente e derivam do julgamento de nossos analistas de valores mobiliários (“analistas’), podendo ser alteradas a qualquer momento sem aviso prévio. O BB-BI não garante o lucro e não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas nesse material, que tem por finalidade apenas informar e servir como instrumento que auxilie a tomada de decisão de investimento, não devendo ser interpretado como material promocional, recomendação, oferta ou solicitação de oferta para comprar ou vender quaisquer títulos e valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros. Investimentos nos mercados financeiros e de capitais estão sujeitos a riscos de perda superior ao capital investido. A rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura. Nos termos do art. 22 da Resolução CVM 20/2021, o BB-BI, em conjunto com o Conglomerado Banco do Brasil S.A. (“Grupo”), declaram que (i) podem ser remunerados por serviços prestados ou possuir relações comerciais com a(s) empresa(s) analisada(s) neste relatório ou com pessoa natural ou jurídica, fundo ou universalidade de direitos, que atue representando o mesmo interesse dessa(s) empresa(s); (ii) podem possuir participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% do capital social da(s) empresa(s) analisada(s), e poderão adquirir, alienar ou intermediar valores mobiliários da(s) empresa(s) no mercado.

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