caminhão amarelo carregando resíduos de mineração

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CSN Mineração (CMIN3) 1T24: BB-BI analisa resultado, veja preço-alvo e recomendação

Empresa apresentou queda de rentabilidade operacional no 1T24, em linha com a fraca sazonalidade do período

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Leitura4 minutos

Atualizado em

10/05/2024 às 17:06


A CSN Mineração reportou um resultado fraco no 1T24, com as linhas de volume, preços médios e receita líquida alinhados às nossas projeções, mas a rentabilidade operacional ficando abaixo de nossas estimativas – que já previam margens mais fracas em razão da sazonalidade desfavorável e da queda das cotações de minério no período.

O volume de vendas foi de 9,1 milhões de toneladas (-11,7% t/t) e representou recorde de comercialização para um primeiro trimestre. O **preço médio realizado ficou em US$ 61,76/tonelada (ante US$ 91,37/tonelada no 4T23) **refletindo a queda nas cotações da commodity e os efeitos negativos de preços provisórios entre o 4T23 e 1T24. Como resultado, a receita líquida retraiu 44,1% t/t para R$ 2,8 bilhões. Além disso, o custo caixa C1 teve incremento de 4,4% t/t para US$ 23,50/tonelada, refletindo a menor diluição de custo fixo e a elevação nos custos de logística ferroviária, e o frete marítimo continuou avançando (+3,2% t/t), impulsionado pela necessidade de desvios de rotas em razão de conflitos geopolíticos no Oriente Médio e pela elevação dos preços de combustíveis. Assim, o EBITDA ajustado teve queda de 59,1% t/t e ficou em R$ 1,1 bilhão, representando uma margem EBITDA ajustada de 40% (queda de 14,9 p.p. t/t), e o lucro líquido recuou 58,9% t/t para R$ 558 milhões.

Empresa reportou margens operacionais mais fracas refletindo a sazonalidade desfavorável e a queda das cotações de minério no período

Junto com o resultado, a empresa anunciou a aprovação de distribuição de dividendos, no montante de R$ 1,0 bilhão, que equivalem a R$ 0,1868 por ação, e representam um yield de 3,5% sobre a cotação média de CMIN3 dos últimos 12 meses. O valor será pago em 28/05, junto com o juro sobre capital próprio de R$ 435 milhões (R$ 0,0674 por ação, após impostos) declarado em dezembro/23 e cuja data de pagamento estava pendente de definição.

Papéis CMIN3 aceleraram a trajetória de correção nas últimas semanas

Os papéis da CSN Mineração seguem se desvalorizando desde o início do ano, acompanhando a correção nos preços de minério durante o 1T24 e refletindo a expectativa de um resultado mais fraco no primeiro trimestre deste ano, corroborada também pela elevação nos preços de fretes marítimos, que usualmente impactam significativamente a rentabilidade operacional da companhia, já que a CMIN é bastante exposta à modalidade spot de fretes. Entendemos que tais preocupações – que se confirmaram – podem ter contribuído para distanciar as ações CMIN3 da performance recente do minério, que apresentou uma firme recuperação desde meados de abril refletindo a elevação da demanda em razão do forte ritmo de produção de aço na China no período. Como resultado, o papel acumula a maior desvalorização do setor em 2024 (-34,6% até 09/05, ante -4,4% do Ibovespa).

Além disso, conforme comentamos em nossos relatórios anteriores, incluindo o relatório de revisão de preço da CMIN3, reforçamos que o avanço nos projetos de expansão é um ponto fundamental na tese de investimento da companhia, e segue em ritmo muito mais lento mesmo em relação às revisões de cronograma com postergação de prazos. Em teleconferência para apresentação do resultado do 1T24, a companhia afirmou que os desembolsos deverão acelerar a partir do segundo semestre e a expectativa é chegar a um capex total de R$ 2 bilhões neste ano, sendo parte destinada aos projetos de expansão.

Por fim, considerando a forte oscilação do desempenho operacional da companhia entre os trimestres, mantemos nosso preço-alvo 2024e de R$ 5,40, bem como a recomendação Neutra.

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