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Bons ou ruins? Como serão os resultados do 1T24

Confira as perspectivas para a temporada 1T24

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Leitura4 minutos

Atualizado em

26/04/2024 às 10:46


Viés neutro predomina entre os setores

A semana que antecede o início da temporada de balanços do 1T24 no Brasil foi marcada pela disparada dos treasuries americanos, como reflexo dos dados de inflação mais altos que o esperado nos EUA e reforçado pelos dados de vendas no varejo também acima das expectativas, que ratificaram a força da economia americana e colocaram em dúvida a trajetória de política monetária a ser adotada pelo FED. Além disso, o cenário externo ainda contou com o recente agravamento dos conflitos geopolíticos entre Irã e Israel, interferindo no viés de propensão ao risco por parte dos investidores, com reflexo nas bolsas globais.

Em meio a um ambiente bastante sensível, o anúncio da mudança nas metas fiscais para o Brasil nos próximos anos, em especial a de 2025, que foi reduzida de superávit de 0,5% do PIB para zero, trouxe mais um fator de aversão ao risco à bolsa doméstica, que passou a precificar uma elevação no prêmio de risco com possível impacto na âncora monetária.

Nesse cenário, observamos as empresas mais cíclicas e alavancadas, sensíveis à trajetória dos juros no Brasil, sofrendo fortes desvalorizações. Enquanto isso, as companhias produtoras de commodities – em especial as do setor de siderurgia e mineração –, seguraram o ímpeto de queda da bolsa em função da recuperação no preço do minério. Outra grande companhia com peso relevante no Ibovespa, a Petrobras, também seguiu em trajetória ascendente na expectativa em relação à definição da distribuição dos dividendos extraordinários.

Durante as próximas semanas, o mercado volta as atenções para a temporada de balanços do 1T24, tanto das empresas nos EUA, cujos resultados já começaram a ser divulgados há alguns dias, como das empresas locais, cujos números serão conhecidos pelos investidores até o final da primeira quinzena de maio.

Como todo trimestre, os resultados servem como um importante balizador não apenas em relação à evolução da atividade operacional das companhias e o cumprimento de suas estratégias, mas também em relação ao que esperar para o restante do ano.

De acordo com nossos analistas, a melhoria gradual no ambiente doméstico, com o avanço em determinados indicadores de atividade, traz um viés positivo para os setores mais cíclicos e voltados ao mercado local, em linha com o incremento já apresentado nos resultados dos últimos meses do ano passado. No entanto, vale mencionar que a falta de homogeneidade entre as diferentes teses do mesmo setor nos faz adotar um viés majoritariamente neutro na avaliação.

Para as companhias produtoras de commodities, a redução nos preços deve trazer algum impacto negativo nos balanços em relação ao 4T23 (em especial minério de ferro e petróleo), fator parcialmente compensado pela melhora operacional em alguns casos, ou pelo aumento nos volumes exportados.

De qualquer forma, a desvalorização recente da bolsa abre oportunidade para alocação em teses de qualidade, que seguem como nossa preferência, à medida que as expectativas positivas se confirmem ao longo da temporada. Confira nossa mais recente Carteira Fundamentalista divulgada com as respectivas recomendações.

Em nosso universo de cobertura, a visão agregada que compartilhamos é de um 1T24 neutro, com poucos destaques setoriais positivos, mas sem grandes surpresas negativas. Caso nossas expectativas se concretizem, é mais provável que o viés de revisão das estimativas de lucros permaneça estável, o que não deve fornecer direcionadores, sob a ótica da análise bottom up, para elevar o potencial da bolsa para o ano. Em outras palavras, continuamos dependentes dos sinais emitidos pelo Fed e da calibragem de risco dos mercados globais dentro de um contexto cada dia mais complexo.

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Este é um relatório público e foi produzido pelo BB-Banco de Investimento S.A. (“BB-BI”). As informações e opiniões aqui contidas foram consolidadas ou elaboradas com base em informações obtidas de fontes fidedignas e de boa-fé, tendo sido tomadas medidas razoáveis para assegurar sua exatidão no momento de publicação. Contudo, o BB-BI não garante que tais dados sejam totalmente isentos de distorções e não se compromete com a veracidade dessas informações. Todas as opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data presente e derivam do julgamento de nossos analistas de valores mobiliários (“analistas’), podendo ser alteradas a qualquer momento sem aviso prévio. O BB-BI não garante o lucro e não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas nesse material, que tem por finalidade apenas informar e servir como instrumento que auxilie a tomada de decisão de investimento, não devendo ser interpretado como material promocional, recomendação, oferta ou solicitação de oferta para comprar ou vender quaisquer títulos e valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros. Investimentos nos mercados financeiros e de capitais estão sujeitos a riscos de perda superior ao capital investido. A rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura. Nos termos do art. 22 da Resolução CVM 20/2021, o BB-BI, em conjunto com o Conglomerado Banco do Brasil S.A. (“Grupo”), declaram que (i) podem ser remunerados por serviços prestados ou possuir relações comerciais com a(s) empresa(s) analisada(s) neste relatório ou com pessoa natural ou jurídica, fundo ou universalidade de direitos, que atue representando o mesmo interesse dessa(s) empresa(s); (ii) podem possuir participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% do capital social da(s) empresa(s) analisada(s), e poderão adquirir, alienar ou intermediar valores mobiliários da(s) empresa(s) no mercado.

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