Onde investir em novembro
Publicado por: Análise BB
6 minutos
Atualizado em
08/11/2024 às 17:43
Todo mês, a partir dos acontecimentos na economia, o BB apresenta as carteiras sugeridas de investimentos para diferentes perfis de investidores. Elas combinam diferentes aplicações em proporções de risco e oportunidade adequadas para investidores que vão desde os mais conservadores até os mais arrojados.
A nossa Carteira de Alocação é estrategicamente pensada com base no seu perfil de investidor e, por meio de uma curadoria mensal realizada pelos nossos especialistas, te dá acesso a diferentes soluções de investimento. Acesse o relatório detalhado com todas as sugestões.
Confira o video em: https://www.youtube.com/watch?v=Q0kLov4WU7g
R$ 421.149,00. Esse foi o valor alcançado em outubro pela cotação de um Bitcoin em reais. Esse valor histórico tem muita relação com o dólar e as eleições nos Estados Unidos.
Apesar de ter valorizado mais de 13% no mês, o preço oficial do Bitcoin não renovou seu recorde histórico atingido em março.
Mas, no Brasil, podemos dizer que a cripto atingiu um novo recorde no dia 30 de outubro, já que a cotação em reais chegou ao maior valor já registrado.
A marca aconteceu devido à alta do dólar, que chegou a tocar os R$ 5,79 no mesmo dia, sendo negociado no maior nível ante o real desde o início de agosto.
E como o preço do Bitcoin no Brasil está diretamente ligado à moeda americana: se o dólar sobe, a criptomoeda também sobe.
Nesse ano, o dólar já subiu mais de 19%, e tem sido um dos ativos que mais se valorizaram em 2024. Disputando as primeiras colocações com os investimentos no exterior.
E por falar neles, para o mês de novembro ampliamos a participação desses ativos em todas as nossas carteiras sugeridas, exceto para o perfil conservador.
Para este perfil concentramos as recomendações em ativos de renda fixa devido a menor volatilidade e incertezas atuais.
A proximidade das eleições americanas foi outro ponto que contribuiu ainda para a alta do Bitcoin.
Como o candidato republicano Donald Trump vem se destacando nas pesquisas eleitorais, a sua simpatia pelo mercado cripto cria uma expectativa de alta para esse mercado. Eleição americana é um tema de alta influencia para os mercados em geral.
As propostas de ambos os candidatos, apesar das proporções diferentes, podem gerar um efeito inflacionário nos Estados Unidos, o que não é favorável para países emergentes como o Brasil.
Além da corrida eleitoral, os balanços das empresas estão sendo divulgados. Alguns números vieram robustos, mas Microsoft e Meta frustraram expectativas de boa parte dos analistas, o que contribuiu para derrubar as bolsas no último dia do mês.
- O S&P 500 acumulava valorização de 0,89% e com a queda no último dia de -1,86% motivada pelo balanço de 2 das chamas ’7 magníficas” , Meta e Microsoft, fechou em queda de quase 1% em outubro, enquanto o Nasdaq teve queda de 0,86%.
A carteira de investimentos elaborada para o perfil moderado, sugere uma fatia desses ativos no exterior. Para este mês, sugerimos uma participação de 5%. Um percentual pequeno, mas adequado para o nível de risco tolerado por esse perfil.
No Brasil a temporada de balanços está a todo vapor. Empresas como Vale e Weg já divulgaram seus resultados por aqui, considerados positivos pelo BB-BI. As divulgações seguirão ao longo do mês de novembro.
Falando em renda variável, o Ibovespa encerrou o mês com queda de -1,60%, mesmo após a agência Moody’s elevar o Rating brasileiro.
Na carteira indicada para o perfil arrojado, sugerimos o percentual de 18% desses ativos. É um percentual significativo que, combinado com investimentos de renda fixa, trazem relação ideal entre risco e retorno para o nível de volatilidade aceita por esse perfil, focado no crescimento a médio e longo prazo.
Na renda fixa, o CDI encerrou o mês com valorização de 0,93%, mas o destaque no mercado de juros doméstico é negativo e impactou os títulos prefixados e relacionados a inflação. O IMA-B, índice da Anbima que mede a variação média desses papéis caiu 0,65%.
Diante do aumento de volatilidade desses ativos e os riscos relacionados as eleições americanas e o pacote fiscal aqui no Brasil, reduzimos a quantidade deles nas carteiras para novembro.
Para o perfil Agressivo, o percentual sugerido para novembro é de 11%. Estes investidores possuem uma tolerância maior para volatilidade, e um horizonte de tempo mais longo para utilização dos seus recursos.
- Por isso, ativos mais voláteis são recomendados em maior proporção. Em contrapartida ao risco, possuem maior expectativa de retorno.
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