Onde investir em maio
Publicado por: Análise BB
6 minutos
Atualizado em
03/05/2025 às 18:46
Sumário do conteúdo a seguir:
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Confira o video em: https://www.youtube.com/watch?v=U3b3zS4rPiM
As tarifas vieram... e pior do que o mercado esperava
No ranking dos principais investimentos, o mais rentável nesse ano de 2025 até o momento é a bolsa brasileira. Isso mesmo, o Ibovespa já acumula mais de 12% de alta em 2025, em dólar mais de 23%. Quem diria?Me arrisco a dizer que nenhuma análise divulgada no início do ano projetou o que está acontecendo.
Muito se falava no excepcionalismo americano, e não uma bolsa americana performando abaixo de diversas regiões, como Brasil, México e Europa. Os mesmos investidores que só queriam ativos americanos, agora buscam diversificação e mitigação de riscos.
As tarifas vieram piores do que o mercado esperava, sem fundamentos conhecidos, afetando inclusive a popularidade do presidente Donald Trump. As incertezas seguem presentes e nossas projeções permaneceram inalteradas:
Renda Fixa Brasil
Atualmente, a taxa Selic é de 14,25% e esperamos mais uma alta de 0,5% para o Copom de 7 de maio. No comunicado anterior, o Banco Central informou sobre a continuidade do ciclo de aperto monetário com movimentos de menor magnitude. Há um consenso de mercado sobre a decisão de maio, já para junho há bastante divergências. Em nossas projeções, a Selic encerra 2025 em 15,25%.
As curvas de juros fecharam em praticamente todos os prazos, beneficiando o IRF-M e IMA-B, que ficaram acima do CDI. O IRF-M subiu 2,99% e o IMA-B 2,09%.
Renda Variável Brasil
Na renda variável, a bolsa brasileira subiu forte, com alta de 3,69%. Apesar do fluxo de entrada de estrangeiro negativo no mês, a alta foi puxada pelo investidor institucional saindo de posições vendidas.
Apesar de ser a estrela de 2025 até o momento, os riscos em relação ao cenário externo podem afetar todos os ativos de risco. Além disso, temos uma Selic alta que deve ser refletida na atividade econômica nesse segundo trimestre. Dessa forma, apesar de alguns indicadores de momentum apontarem uma tendência de alta para maio, optamos por seguir neutros na classe.
Moedas
O dólar fechou o mês a R$5,67, queda de 0,57%. Globalmente, a moeda se desvalorizou mais de 4% influenciando o real a se fortalecer, sem grandes ruídos internos para afetar o mercado. O movimento do real foi menor em relação a cesta de moedas globais DXY, amplamente afetado pela queda da confiança global.
No mercado cripto, o bitcoin subiu 14,75%, seguindo o Nasdaq e possivelmente refletindo também os avanços regulatórios que ocorreram nos Estados Unidos.
Global
Nos Estados Unidos, os dados de emprego e inflação seguem estáveis, o que demonstra uma economia ainda resiliente. A decisão do Fed para maio é consenso de mercado, com mais de 90% esperando que ele mantenha a taxa de juros americana entre 4,25% e 4,5%.
Já para junho, assim como para o Copom, há bastante divergência e o mercado ficará atento a ata e ao comunicado, que podem esclarecer os próximos passos do Banco Central americano.
Apesar da economia ainda resiliente, quando olhamos os chamados “soft datas”, dados baseados em pesquisas, eles seguem negativos, com queda na confiança do consumidor pelo 4º mês consecutivo e expectativas maiores de inflação. O Fed também acompanha esses dados para monitorar a desancoragem das expectativas de inflação, que também são consideradas em suas decisões.
Acesse aqui o relatório completo com as Carteiras de Alocação do BB para Pessoas Jurídicas
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