Onde investir em julho
Publicado por: Análise BB
6 minutos
Atualizado em
03/07/2025 às 19:00
Sumário do conteúdo a seguir:
Confira o video em: https://www.youtube.com/watch?v=oavIj5LdNOc
Acesse aqui o relatório completo com as Carteiras de Alocação do BB
Hoje vamos começar com o ranking das maiores rentabilidades em junho entre os principais ativos, e já aviso que não necessariamente são ativos que vem com boa performance no ano de 2025: Petróleo WTI e Brent tiveram um ótimo mês, mas permanecem bem negativos em 2025, Nasdaq e S&P 500 concentraram praticamente toda sua rentabilidade do ano nesse mês.
Já os índices de investimentos no exterior MSC da América Latina, Asia ex Japão, Emergentes e “All Country” também tiveram um mês muito positivo para agregar ainda mais as suas performances em 2025.
Para julho, temos o fim do prazo de adiamento das tarifas em 9/07, com notícias até o momento de um bom andamento nos principais acordos. O cenário macro volta a dar o tom, com a pergunta “quando o Fed corta juros?” – é a pergunta de 1 milhão de dólares.
O Fed segue ratificando a visão higher for longer (alto por mais tempo) e o modo “esperar pra ver” em relação ao impacto das tarifas, ainda não refletido nos números. No entanto, a curva de juros americana precifica 3 cortes de juros em 2025. Aqui no BB, a projeção é de 1 corte de juros para dezembro, finalizando o ano com Fed funds entre 4% e 4,25%.
Abaixo as as projeções da área de Assessoramento econômico do BB, com alteração no cambio e Selic:

Renda Fixa Brasil
Atualmente, a taxa Selic é de 15% e a decisão de junho foi uma surpresa para o mercado, que pelo comunicado e ata da reunião anterior, acreditaram que Copom não elevaria mais os juros, o que provocou uma abertura de curva nos prazos mais curtos.
Com o aperto monetário mais forte nesse ano, esperamos que o Banco Central mantenha essa taxa até abril de 2026, onde começariam os cortes finalizando 2026 em 12,5%.
As curvas de juros fecharam nos prazos médios entre 4,5 e 10 anos, devido ao tom da ata do Copom e falas do Fed, além do cessar fogo entre Israel e Irã, e se mantiveram estáveis nos vértices mais longos. O IRF-M rendeu 1,78% e o IMA-B 1,30%, ambos acima do CDI no mês.
Renda Variável Brasil
Na renda variável, a bolsa brasileira vinha tendo um mês de baixa, mas iniciou a reação após a divulgação da prévia de inflação, o IPCA-15, que desacelerou. Além das questões macro, também observamos fatores micros fazendo preço, como em Embraer, que valorizou mais de 16%.
Com a reação no fim do mês, o Ibovespa conseguiu reverter as perdas e encerrar em campo positivo, 1,33%, superando o CDI. No ano, o índice acumula alta acima de 15%. Em dólar essa valorização é superior a 31%.
Moedas
O dólar fechou o mês a R$5,43, queda de 5,09%, no ano a desvalorização já supera os 12%. Globalmente, a moeda também se desvalorizou, observado pelo DXY, mas em menor proporção.
No mercado cripto, o bitcoin subiu 2,88%, motivado pela melhora no ambiente macroeconômico e geopolítico, com cessar fogo entre Israel e Irá. já o Ethereum caiu -2,86%.
Global
Nos Estados Unidos, os dados de emprego demonstram um mercado de trabalho ainda robusto, sem sinais de uma recessão por enquanto. O índice de inflação preferido do Fed, o PCE, acelerou levemente em maio, mas veio em linha com as expectativas, já o núcleo ficou acima das expectativas, em 2,7%.
Os dados ainda não foram influenciados pelas tarifas e o Fed afirmou que irá atuar com cautela no modo “esperar pra ver”, ao invés de atuar em cima de projeções de impacto.
Os “soft datas”, dados baseados em pesquisas, mostram que as expectativas de inflação caíram para o curto, médio e longo prazo, mas permanecem acima da meta. O Fed também acompanha esses dados para monitorar a desancoragem das expectativas de inflação, que são consideradas em suas decisões.
Além disso, Donald Trump tem dito que está avaliando nomes para substituir o presidente do Fed, Jerome Powell. Uma nomeação antecipada pode trazer mais um fator de risco para influencias os mercados.
Acesse aqui o relatório completo com as Carteiras de Alocação do BB para Pessoas Jurídicas
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