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XRP desbanca Solana nas carteiras em meio a expectativa por ETF, mostra Bybit

Publicado por: Broadcast Exclusivo

conteúdo de tipo Leitura6 minutos

Atualizado em

03/07/2025 às 11:07

Por Gustavo Boldrini, da Broadcast

São Paulo, 03/07/2025 - A XRP, criptomoeda criada pela Ripple, desbancou a Solana (SOL) e tornou-se a terceira criptomoeda mais presente nas carteiras dos investidores até o final de maio deste ano, de acordo com dados da Bybit, segunda maior exchange de criptomoedas do mundo por volume de negociação.

Conforme o levantamento, a XRP possuía uma fatia de 2,42% na alocação dos clientes da Bybit em maio, contra 1,76% da Solana. O Bitcoin (BTC) manteve a liderança entre os criptoativos (excluindo stablecoins), com 30,95%, seguido do Ethereum (ETH), com 8,43%. As stablecoins terminaram o mês com 32,97% da alocação total.

O apetite pela XRP

O aumento da exposição dos investidores à XRP decorre da expectativa sobre uma futura aprovação de um fundo negociado em bolsa (ETF) da criptomoeda nos Estados Unidos. De acordo com a plataforma de derivativos Polymarket, há uma probabilidade de 90% de aprovação do ETF spot (à vista) da XRP ainda em 2025.

"Caso confirmado, isso representa um avanço significativo no processo de institucionalização do ativo e tende a ampliar sua demanda global", afirma Israel Buzaym, country manager da Bybit no Brasil.

O que é a XRP?

A XRP é uma criptomoeda desenvolvida pela Ripple, companhia especializada em soluções de pagamentos internacionais via blockchain. Ela foi projetada para otimizar transferências financeiras internacionais, oferecendo alta velocidade de liquidação e custos reduzidos.

"Enquanto a maior parte do mercado de criptos se concentra em ativos voltados à reserva de valor, como o Bitcoin, ou contratos inteligentes, como o Ethereum, a XRP destaca-se como uma solução de infraestrutura para o sistema financeiro global", explica Israel Buzaym, da Bybit.

Pouca diversificação

O estudo da Bybit aponta que BTC e ETH totalizam 58,8% dos investimentos em criptoativos não lastreados em stablecoins. De acordo com os especialistas da exchange, isso mostra a concentração de capital em poucos ativos e o impacto de fatores regulatórios e institucionais nas estratégias de investimento.

"Para o investidor que acompanha o setor com viés estratégico, o cenário atual reforça a importância de diversificação criteriosa e monitoramento constante dos movimentos regulatórios globais", afirma Buzaym.

Quais são as perspectivas para o mercado cripto?

O especialista vê a possível aprovação do ETF de XRP como um dos temas mais relevantes para o mercado cripto neste segundo semestre, "podendo gerar impactos significativos na alocação de recursos e no comportamento do mercado".

Segundo Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, uma das maiores plataformas de criptoativos da América Latina, há otimismo em torno do ambiente regulatório do setor, após a Securities and Exchange Commission (SEC), órgão que regula o mercado de capitais dos EUA, encerrar processos contra grandes exchanges.

"Pela primeira vez em anos, investidores institucionais enxergam um ambiente regulatório mais estável e previsível nos EUA", afirma Mattos.

Qual a tendência para o Bitcoin?

Segundo a trader, a tendência atual para o Bitcoin, principal criptomoeda do mundo, é de consolidação na faixa de US$ 105 mil a US$ 110 mil. Para ela, fluxos de investidores institucionais seguem positivos, "mas o mercado precisa de novos gatilhos para retomar a aceleração do preço".

Para Israel Buzaym, da Bybit, o BTC segue com fundamentos sólidos, "sustentado pela entrada contínua de capital via ETFs e pelo papel de reserva de valor em um ambiente macroeconômico ainda incerto".

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